A imprensa foi até o barracão da Vila Isabel conversar com Rosa Magalhães, carnavalesca da escola pelo segundo ano consecutivo, que desenvolve o enredo "Você semba lá! Que eu sambo cá... O canto livre de Angola", sobre o processo de construção do Carnaval da azul e branca. Rosa detalhou como foi feita a compra dos tecidos que estão sendo utilizados para fazer a confecção das fantasias, que ela escolheu cuidadosamente, e afastou a hipótese de que todos não passariam de uma "reprodução".
"Antigamente, os países conquistados eram proibidos de fabricar tecidos. Então, o Brasil importava tecidos, mesmo sabendo que o algodão tinha saído daqui, que eram feitos na India e revendidos. São tecidos africanos de Angola com tradição de serem fabricados desde 1.600", lembrou.
"O que temos aqui no barracão são tecidos de primeira linha, 100% algodão, chamado 'super wax'. É claro que com a expansão das máquinas industriais foram surgindo tecidos sintéticos que barateiam a produção, não são feitos na Holanda e a fibra não é vegetal, é derivada do petróleo, além de terem menos detalhes de texturas. Mas são tão bonitos quanto o tradicional", completou.
Rosa ainda ressaltou que define cada fantasia pela estampa.
"Eu defino como serão as fantasias pelos desenhos dos tecidos. A roupa da cultura angolana vem de uma beleza colorida, das paisagens, teremos também o cinza muito presente, mas tudo dentro dessa mistura com um "ar fashion".
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