quinta-feira, 30 de junho de 2011

GRANDES ENREDOS, GRANDES CARNAVAIS (MOCIDADE 85)



ZIRIGUIDUM 2001, CARNAVAL NAS ESTRELAS

Depois de apresentar dois enredos espetaculares na Mocidade, ambos elogiados pelo público e pela crítica especializada, Fernando Pinto ousaria mais uma vez no carnaval de 1985. E “desse mundo louco, de tudo um pouco a Mocidade levou pra 2001. Avançou no tempo” e apresentou o seu magistral enredo “Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas”.

Desfilando na manhã de segunda-feira, em um lindo dia de carnaval, a escola de Padre Miguel iniciou sua jornada a 2001 com “Um Corso nos Mares da Lua”, um conjunto de cinco carretas que antecediam o abre-alas, que mostrava o sistema solar. Do delírio de Fernando Pinto, surgiram alas vestidas como “Beija-Flores de Vênus”, “Caboclinhos Marcianos”, “Baianas Siderais”, “Guerreiros de Saturno”, “Maracatu Solar”, entre tantas outras. Os ritmistas, com capacetes dourados e fazendo um som de tirar o fôlego, precederam o carro do “Rei Robô de Saturno”, uma espécie de bumba-meu-boi sideral, com três cabeças em movimento.




 Beth Andrade e cascatas da primavera de Vênus


Com um tema tão fora do comum, a escola despertou a atenção do público durante toda a sua passagem, deixando para o final uma de suas maiores surpresas, o carro da nave mãe, alegoria acoplada que trazia de volta os sambistas de 2001.




Ritmista




 Detalhes da nave mãe



Do júri oficial, a Mocidade recebeu apenas duas notas diferentes de 10, ficando classificada em 1º lugar. E na comemoração pela vitória, “ao som dos versos escritos na luz do luar, até os astros irradiaram mais fulgor e a própria vida de alegria se enfeitou.”



Desfile das Campeãs - Caboclinhos Marcianos



Até o próximo grande enredo!

matéria: OS MAIORES INTÉRPRETES DO CARNAVAL CARIOCA.

                                           NÊGO




Nome completo: Edson Feliciano Marcondes


   Ano de nascimento: 1955






No início, ele era apenas o irmão de Neguinho da Beija-Flor. No entanto, graças ao seu trabalho e talento, lutou e conseguiu o seu lugar ao sol com brilho próprio. É um puxador de primeira linha e importante compositor nas escolas.
Nêgo começou na Beija-Flor, em 1976, auxiliando seu irmão na condução da escola de Nilópolis. Em seguida, sempre junto com o mano mais velho, vieram as primeiras parcerias e composições. Nêgo resolveu alçar vôo sozinho logo após o carnaval de 1985, ao receber um convite do presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta. “Se eu permanecesse na BF, meu nome sempre ficaria atrelado ao de Neguinho, então resolvi ir atrás do meu próprio caminho”, afirmou.
O primeiro samba puxado na escola do Morro do Borel foi alvo de controvérsias. Muita gente torceu o nariz para “Cama, mesa e banho de gato”, de 1986, uma visão carioca e bem-humorada dos sete pecados capitais. Nego acredita que a escola foi vítima de preconceito. “A Tijuca já era dada como rebaixada antes mesmo de desfilar”, revela. No ano seguinte, ao invés de apresentar novamente um enredo irreverente, a escola preferiu contar a história do dinheiro com “As três faces da moeda”. Para dizer que o tema era sério, Nêgo criou o grito de guerra "Alô, povão! Agora é sério! Canta, Borel!". A escola fez um belo desfile e retornou para o Grupo Especial. Nêgo permaneceu oito anos na Unidos da Tijuca, só trocados após um convite irresistível de Laíla, que passou a dirigir o carnaval da emergente Acadêmicos da Grande Rio, em 1992. Na escola de Duque de Caxias, foram dez anos. O intérprete ainda teve duas passagens pelo Grupo A nos anos de 1992, quando defendeu o Arranco, e em 1999, quando foi o intérprete oficial da Villa Rica.
Nêgo trocou Caxias pelo Salgueiro em 2001. Ele vinha defendendo o samba de autoria de Augusto, José Carlos da Saara e Rocco Filho durante as eliminatórias. Ao vencer a disputa, Nêgo foi convidado pela diretoria da escola a permanecer na agremiação e cantar “Salgueiro no Mar de Xarayés, é Pantanal, é carnaval”. Repetiu a dose em 2002 até retornar à Unidos da Tijuca em 2003. Suas elogiadas performances renderam o convite para puxar “Aquarela Brasileira”, que o Império Serrano resolveu reeditar em 2004. Nêgo não pensou duas vezes e agarrou a preciosa chance com as duas mãos. Manteve-se no Império Serrano até o carnaval de 2007, deixando a escola em função de desacertos financeiros. Após defender a Viradouro em 2008, foi demitido da escola por não comparecer na gravação do samba-enredo para o CD oficial de 2009. Poucos dias depois, Nêgo acertou seu retorno ao Império Serrano, onde defendeu a reedição do samba "Lendas das Sereias, Mistérios do Mar". A escola foi rebaixada no Grupo Especial e o intérprete se desligou novamente da agremiação. Em 2010, dividiu com David do Pandeiro o microfone oficial da Mocidade. Também em 2010, fez expedientes nos carnavais da Região Sul, defendendo a União da Ilha da Magia em Florianópolis e integrando o carro de som da União da Vila do IAPI em Porto Alegre. Com a saída de David do Pandeiro, foi o titular no carro de som da Mocidade a partir de 2011, ao lado de Rixxa. Após o desfile, deixou Padre Miguel e acertou com a Unidos de Vila Maria, em São Paulo. Poderia defender também o Império Serrano no Acesso, mas a escola paulistana não o liberou por coincidência na data da apresentação das duas agremiações.
        Tem um CD gravado, com a produção de Milton Manhães. Seu estilo é vibrante na avenida, Nego ganhou cinco Estandartes de Ouro e conciliando uma correta condução do samba com a empolgação do público e dos componentes da escola.
 
 
INÍCIO: Beija-Flor de Nilópolis. Até 1985, foi apoio de Neguinho.
Primeiro ano como intérprete oficial: 1986, na Unidos da Tijuca
1986 a 1992 – Unidos da Tijuca
1992 - Arranco 
1993 a 2000 – Grande Rio
1999 - Villa Rica
2001 e 2002 – Salgueiro 
2003 – Unidos da Tijuca 
2004 a 2007 – Império Serrano
2008 - Viradouro
2009 - Império Serrano
2010 e 2011 - Mocidade (junto com David do Pandeiro e Rixxa)
2006 e 2007 - Ilha da Marduque (Uruguaiana-RS)
2010 - União da Ilha da Magia (Florianópolis-SC)
2010 - União da Vila do IAPI (Porto Alegre-RS - apoio de Kaubi)
2010 - Bambas da Alegria (Uruguaiana-RS, junto com Renan Ludwig)
2012 - Unidos de Vila Maria (São Paulo-SP)
2011 - Camarões dos Pampas (carnaval virtual)
GRITO DE GUERRA: Alô, povão agora é sério! Canta (nome do bairro da escola), seguura!
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO:quem sabe diz”; “olha o balanço”; “no gogó”; “alegria, alegria, alegria”; “repete!”; “burugudú”, "na palma da mão", "olha aqui, é o Império", "pim, pim", "isso é comunidade!".
Sambas de sua autoria: “Carnaval do Brasil, a oitava das Sete Maravilhas do Mundo” (81, com Dicró, Neguinho da Beija-Flor e Picolé); “A grande constelação das estrelas negras” (83, com Neguinho); “O gigante em berço esplêndido” (84, com Neguinho); “Templo do absurdo” (88, com Beto do Pandeiro, Carlos do Pagode, Ivar Silva, Monteiro e Vaguinho); “De Portugal à Bienal no país do carnaval” (89, com Beto do Pandeiro, Gilmar L. Silva, Vaguinho e Vicente das Neves); “E o Borel descobriu... navegar foi preciso” (90, com Azeitona, Beto, Ditão, Gilmar L. Silva, Ivan, Vaguinho, Valtinho e Vicente das Neves); “Tá na mesa, Brasil” (91, com Antônio Conceição e Carlinhos Melodia); “No mundo da Lua” (93, com Adão Conceição, Carlinhos P2, Dicró, G. Martins, Jacy Inspiração, Juarez Dy Galvoza, Mais Velho, Rocco Filho e Ronaldo), “Ei, ei, ei, Chateau é o nosso rei” (99, com Barbeirinho e Derê), “Salgueiro no Mar de Xarayés, é pantanal, é carnaval” (2001, com Augusto, José Carlos da Saara e Rocco Filho), “Asas de um sonho viajando com o Salgueiro, o orgulho de ser brasileiro” (2002, com Claudinho, Leonel, Luizinho Professor, Serginho 20 e Sidney Sã).
Estandartes de Ouro: 5 (1991, 1994, 1999, 2004 e 2006, como intérprete)


MAIS FOTOS DE NÊGO





Começo de carreira, na Unidos da Tijuca, nos anos 80

Contracapa do LP de 1981, com Nêgo no time de compositores do samba da Beija-Flor daquele ano (composto também por Neguinho, Picolé e o não menos famoso Dicró)


Durante o desfile da Unidos da Tijuca, em 1992 (fotos cedidas por Fred Sabino)

Em 2009, no Império Serrano

Nêgo no "Xou da Xuxa"

Em 1991
 
 

Noca da Portela anima feijoada da escola neste sábado



Foto: DivulgaçãoPortela realiza no próximo sábado, a tradicional feijoada da família Portelense. Grande compositor da agremiação de Oswaldo Cruz e Madureira, Noca da Portela, abrirá o evento lançando seu novo trabalho "A cor da raça". A festa será no River Futebol Clube, a partir das 13h.

Também estarão presentes o grupo Pegada di Preto, o grupo Gilsinho e seus Capangas, além de compositores consagrados como Ciraninho e Wanderlei Monteiro.

Para encerrar a feijoada, haverá apresentação da bateria "Tabajara do Samba" comandada pelo Mestre Nilo Sérgio, show de passistas, do intérprete Gilsinho e também casais de mestre-sala e porta-bandeira da escola.

O River Futebol Clube fica na rua João Pinheiro, número 426, Piedade. A entrada custará R$10 e a feijoada R$15.

Imperatriz: disputa de sambas-enredo para 2012 começa em julho



Foto: DivulgaçãoO diretor de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense, contou ao SRZD-Carnaval que dia 31 de julho a partir das 10h será feita, na quadra da escola, uma gravação dos sambas-enredo que irão concorrer. No dia 7 de agosto haverá a apresentação dos sambas, já sujeito a cortes.

Wagner informou também que a agremiação está em processo de desenvolvimento do enredo.

"Nesse momento nosso carnavalesco Max Lopes está desenhando os carros e as fantasias. Ainda não temos números definidos. Estamos em período de trabalho e desenvolvimento", afirmou.

Ele também afirmou, que é da vontade de todos da diretoria que artistas envolvidos nas obras de Jorge Amado participem do desfile do ano que vem. A verde e branca de Ramos levará para a Sapucaí em 2012 o enredo "Jorge, Amado Jorge", desenvolvido pelo carnavalesco Max Lopes.

classificados para concurso

A Estação Primeira de Mangueira recebeu inscrições de 224 sambas para participar do concurso para o Carnaval 2012.
A verde e rosa inicia, neste sábado, a escolha do samba-enredo, na quadra. No domingo, a escolha será no Cacique de Ramos.

Sábado
Quadra: Rua Visconde de Niterói, 1072, Mangueira. Horário: 22h. Preço: 20

Domingo
Cacique de Ramos: Rua Uranos, 1326, Olaria. Horário: 14h. Grátis
Veja a lista dos sambas-enredo classificados:
Foto: Divulgação

Cahê celebra seus 35 anos de vida rumo à superação



Foto: DivulgaçãoCahê Rodrigues, carnavalesco da Acadêmicos do Grande Rio, completa 35 anos nesta quinta-feira. Nesse dia tão especial, o SRZD-Carnaval conta um pouco mais da sua história profissional e mostra um outro lado do carnavalesco.
Início da carreira nos anos 90

Cahê iniciou sua carreira na Beija-Flor como ajudante de Joãzinho Trinta no ano de 1989. Em 1998, pela Acadêmicos do Sossego, escola do Grupo de Acesso C, levou para a Sapucaí junto com Max Lopes o enredo "Em busca do Destino". Também assinou o enredo "Conto Dourado de um Povo Sonhador" na Acadêmicos do Vigário Geral. Em 1999 assinou o enredo "Vigário, um Sonho de Liberdade".

Seu primeiro título foi pela Porto da Pedra com o enredo "Um sonho possível: crescer e viver agora é lei". A escola passou então, para o Grupo Especial.
Trajetória nos anos 2000
No ano de 2003, na Acadêmicos de Santa Cruz, desenvolveu o enredo "Do Universo Teatral à Ribalta do Carnaval". Já no ano seguinte, na Caprichosos de Pilares entrou na avenida com o enredo "Xuxa e Seu reino Encantado no Carnaval da Imaginação".

Em 2006 voltou para Porto da Pedra com "Bendita És Tu Entre as Mulheres do Brasil. Na Portela, em 2007, assinou com Amarildo de Mello "Os deuses do Olimpo na terra do carnaval: uma festa dos esportes, da saúde e da beleza". Em 2008 levou a azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira ao quarto lugar, retornando a escola ao desfile das campeães, com o enredo "Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: O Sonho Vira Realidade".

Foi para a Acadêmicos do Grande Rio em 2009 para falar sobre a França, com o enredo "Voila, Caxias! Liberté, egalité, fraternité, merci beaucoup, Brésil! Não tem de quê!". Em 2010 levou a escola de Caxias ao segundo lugar desenvolvendo o enredo "Das arquibancadas ao camarote número 1, um Grande Rio de emoção, na Apoteose do seu coração". No Carnaval deste ano, após um incêndio na cidade do samba, no qual o barracão da Grande Rio foi um dos mais atingidos, Cahê perdeu grande parte de seu trabalho já pronto. Precisou refazer em 26 dias alegorias e adereços que contavam a história de Florianópolis com o enredo "Y-Jurerê Mirim - A Encantadora Ilha das Bruxas (Um conto de Cascaes)".

Ele já foi homenageado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e recebeu a Medalha Tiradentes. Nesta quinta-feira, dia de seu aniversário, receberá o troféu Plumas e Paetês na categoria Profissionais do Carnaval. Em 2012 levará para Sapucaí o enredo " Eu acredito em você. E você?", pela tricolor de Caxias.

Foto: Divulgação

Conheça mais sobre Cahê Rodrigues:

Palavra que te define: amizade

Livro de Cabeceira: "Sobrevivi...Posso contar"

Um medo: Do escuro

O que detesta: Mentira

Virtude que mais aprecia: A amizade também. Ser amigo, se preocupar com quem se gosta

Sonho ainda não realizado: Ser campeão no Grupo Especial

Uma personalidade do Carnaval: Vilma Nascimento, eterno cisne da passarela

Momento mais marcante na avenida: Sem dúvida o desfile deste ano pela Grande Rio

O significado do Carnaval: Alegria

Uma superstição: Deus

Participe das promoções do SRZD-Carnaval!



Olá pessoal!

Vamos iniciar, neste dia 30 de junho, as promoções no SRZD-Carnaval, em parceria com as escolas de samba. Você, leitor, apaixonado pelo mundo do samba, poderá concorrer a produtos das escolas de samba, cedidos ao SRZD especialmente para premiar vocês!

Para concorrer, basta ser cadastrado no site e deixar seu comentário. Quem escrever a frase mais original, demonstrando amor pela escola de coração em questão na promoção, levará o brinde.

O vencedor deverá retirar o prêmio na redação do SRZD, cujo endereço será informado por e-mail. O ganhador também deverá apresentar a identidade (constando o número do CPF), no momento da retirada. Esta medida é apenas para garantir a veracidade do concurso, premiando, de fato, o leitor que enviou a melhor frase.
A primeira promoção será lançada em breve!

Participe!    

Demonstre seu amor pelo Salgueiro e ganhe uma camisa da escola!



Foto: SRZDO SRZD-Carnaval, em sua primeira promoção, vai sortear 3 camisas do Salgueiro, cedidas pela escola especialmente para serem sorteadas aos nossos leitores.

Aproveitando o clima da Copa América, que começa nesta sexta-feira, 1 de julho, a camisa é uma mistura da vermelha e branca com a seleção brasileira, como mostra a foto.

Para concorrer, escreva uma frase original, no espaço destinado para comentários, transmitindo seu amor pelo Salgueiro. As frases devem ser curtas e têm de fazer referência, obrigatoriamente, à escola em questão.

Foto: SRZDOs autores das três frases mais criativas levarão uma camisa cada, que deverá ser retirada na redação do SRZD, cujo endereço será informado aos vencedores por e-mail. Lembrando que, no momento da retirada do prêmio, o ganhador deve apresentar a identidade, constando, também, o número de seu CPF.

Esta promoção será encerrada na próxima segunda-feira.
Não deixe de participar!

Babadinhos do Samba II



O JCN mantém o velho e bom estilo da época dos BADINHOS DO SAMBA. Ofereço vez e espaço para escolas de sambas, blocos carnavalescos, agremiações e entidades que não tem vez na chamada mídia teleguiada. Aqui, no espaço do JCN todos terão vez, basta então enviar o bom e farto noticiário. Mas, se isso não acontecer, eu próprio vou atrás das notícias. Entendido?

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Trombetas ecoam em Padre Miguel.  É o anúncio que foi formado uma SUPER DIREÇÃO DE BATERIA para o próximo tríduo momesco. São quatro os novos super heróis: Mestre e Professor Odilon, Andrezinho, Mestre Dudu (primogênito do saudoso Mestre Coé) e o Bereco, que gosta mais é de jogar futebol.

Quando comecei minha estrada pelos caminhos do samba, Seu Xangô da Mangueira me disse certa ocasião: "A BATERIA É TUDO num desfile de escola de samba. Quanto menos gente mandando por lá, melhor! Lá só deve dar ORDENS um MESTRE. Os demais só como diretores auxiliares".

É claro que não tenho nada contra essa seleção, formada agora pela Mocidade. Estou aplaudindo e esperando pelo sucesso do quarteto de heróis. É uma novidade, não? 

Aproveitando o momento, narro algumas historinhas das maiores BATERIAS, que este JCN viu atuar, ganhando ou perdendo nos Desfiles Oficiais. Muitos de vocês, blogueiros jamais ouviram falar em tais nomes, mas hoje, são considerados como percussores desse show andante, que ano após ano, assistimos na Passarela.

Lembro que nos bons tempos das boas e grandes BATERIAS era gostoso ver e ouvir um Waldemiro Thomé Pimenta, popular Pimentão, sozinho no comando do já famoso SURDO UM da Mangueira. E ainda encontrou tempo para criar a famosa BATERIA MIRIM DA MANGUEIRA, que com o tempo relevou talentos mil, que hoje ainda estão na bateria adulta.                    

Na Portela, aparecia o Mestre Betinho, apesar de ser mais do que ranzinza chegou a fazer de sua bateria a famosa TABAJARA DO SAMBA. Isso depois de brigas homéricas com o grande Natal da Portela. Com o Betinho chegou haver até greve de BATERIA na Portela!

Sem o Betinho  e  Oscar Bigode,  que  havia assumido no lugar do Betinho,   Natal foi à Padre Miguel e contratou Mestre Cinco, um mestre nascido e criado, nas fraudas da famosa Vila Vintém (Unidos de Padre Miguel). Mestre Cinco chegou fazer  relativo  sucesso, à frente dos couros da azul - e - branca de Osvaldo Cruz.

Na Serrinha, Mestre Gregório (pai do Mestre Faísca), ajudou criar e sustentar um  poderoso e vibrante naipe de agogôs integrado, em sua maioria, por damas, que produz um ritmo tão alucinante dentro da BATERIA da Império Serrano, que até hoje, faz a escola vibrar e o turista chorar.

Em Parada de Lucas, na Escola de Samba Unidos da Capela, existiu tal de Lobinho, que pegou uma garotada da localidade das CINCO BOCAS, a inesquecível  ESQUINA DE OLARIA e a transformou na senhora BATERIA DO PECADO DO SAMBA. Anos mais tarde, seu Natal da Portela não resistiu e levou aquela nova TABAJARA DE LUCAS,  a peso de ouro, para compor o novo ritmo do samba de Osvaldo Cruz.

Agora é a verde e branca da Zona Oeste que surge com essa novidade e prometendo "mundos e fundos" e fazer até o chão tremer no desfile da Sapucaí. Acredito que tudo possa realmente acontecer, se depender dos conhecimentos do Professor Odilon.  Até porque, ele já garantiu que as famigeradas paradinhas serão o ponto alto da nova bateria. Tudo, portanto  para acontecer  supimpa.

O grande problema é o eterno POÇO DAS VAIDADES, que fatalmente surgirá entre os quatro novos maestros da BATERIA. Vai ser  tal de um querer engolir o outro para aparecer na mídia! Se a diretoria não agir rápido a SUPER BATERIA entrará em rota de colisão!

Devendo escapar apenas o garotão Dudu, que ainda por causa da tenra idade, está em fase de aprendizado.

Há anos a Mocidade não abiscoita uma nota máxima (cinco jurados) em BATERIA! Isso é realmente muito pouco para uma escola de samba que só batia dez na avenida! Foram com os Mestres Coé  e Jorjão que campeonatos foram ganhos só com as notas da BATERIA.

Até o saudoso Mestre André beliscava suas notas máximas, apesar dos exageros das famigeradas paradinhas. Mestre André só perdeu a pose quando apareceu no corpo de julgadores, o Maestro Abigail Moura, que lhe sapecou uma humilhante nota 5 (cinco).

Agora o garotão Andrezinho, que conheci bebezinho ainda de fraldas, no colo do Mestre André, entra em cena. Em minha opinião ele deveria optar qual a carreira seguir: Pagodeiro ou Diretor de Bateria?

Como pagodeiro já mostrou seu valor e talento nos áureos tempos do Grupo Molejo. Como Diretor de Bateria, quando o amigo Paulo Tenente, o fez comandante e chefe da BATERIA da Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu fracassou redondamente. A BATERIA, sob o seu comando, se esborrachou na passarela obtendo notas ridículas.

Se  o Andrezinho tivesse, pelo menos, a metade, do talento do seu pai, Mestre André, bem que poderia comandar sozinho os couros da BATERIA da               popular  DP.

No mais, desejo boa sorte para o samba de Padre Miguel, localidade onde ainda cultivo uma legião de amigos. Como disse o Professor Odilon "Quem deixou de ser Mocidade vai voltar ser". O problema é convencer o Paulinho do Gogó e o Marinho  e outros banidos  da escola,  que isso vale  para eles também.

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O samba de SÃO PAULO vai exaltar gente daqui do samba carioca. É a LECI  BRANDÃO, mangueirense de primeira linha, mas hoje, radicada na Paulicéia Desvairada.  O competente carnavalesco Xuxa, com 31 anos de estrada, decidiu contar no Sambódromo Paulistano  todas  as peripécias da vida da nossa LB.

O enredo será sustentado pela Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé, com o pomposo título "DA ARTE, DO SAMBA, NASCI PARA COMUNIDADE DESEFA E ESSÊNCIA. SOU GUERREIRA" A entrega das letras para quem desejar avaliação,  começa agora dias 6 e 7 de julho e vai até o 13/08, data da realização da primeira eliminatória.

Meu primeiro contanto com a nossa LB foi à quadra da Mangueira. Pequerrucha ainda ela já gostava de riscar umas coisinhas. Foi admitida na ALA DE COMPOSITORES da escola, pois riscava direitinho. Se não estou enganado foi á primeira dama fazer parte da ala.

Leci Brandão  ainda trabalhava e estudava DIREITO  na Faculdade Gama Filho  e dava plantão na Piedade. Mas, ganhou as veias do samba que tomou conta do corpinho, acabando de vez com a funcionária e também com a estudante. Para ser sincero nem sei informar aos nossos fieis blogueiros, se ela teve tempo para se formar ou não em DIREITO.

Sei apenas que ganhou espaço. Na  Mangueira chegou até riscar samba enredo, de parceira com o atual presidente da escola, Ivo Meirelles chegando à final no carnaval de 1985. Leci fez a sua história! Cantou aqui e acolá sempre defendo a nossa Mangueira como também as composições que ela própria escrevia.

Uma delas TIVE SIM de parceria com o saudoso Darcy da Mangueira ganhou o Festival Nacional de Músicas em 1972. Depois dessa vitória foram shows e  mais shows com apresentações nos quatro cantos do mundo

Ao promover essa  bela e sincera homenagem, o samba  paulista  rende tributo a  essa carioquinha de Madureira,  mas sambista de fato e  de direito. 

Cerro fileiras como já veterano carnavalesco Xuxa. Se a grande LECI  BRANDÃO ainda não teve o devido reconhecimento aqui na mui leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, que São Paulo faça o Sambódromo de lá de  bater  palmas de pé, em  honra a essa mangueirense  dona de um talento sem par.

Titia ELZA SOARES, no topo dos seus 80 e lá vai fumaça vai entrar no rol dos  famosos finalmente. La Elza será tema do enredo da pequena, mas que no passado já foi grande, Unidos do Cabuçu, fundada em 1947, lá pelas bandas dos Lins de Vasconcelos.

Cabuçu vai descer trazendo Elza Soares em cima de um belo carro naval. Mas a titia gosta mesmo é  de aparecer na pista dizendo nos pés. O enredo leva o título de "CABUÇU DÁ A ELZA NA AVENIDA". A dupla é de carnavalescos Marcyo de Oliveira e Marcos Aranha.  Parabéns bela idéia!

Sobre a Titia Elza Soares pouca coisa tem para riscar. Apenas citar que um desfile que apresenta à popular "crioula" com enredo principal até porque ela só merece.

Não venha a Unidos do Cabuçu com esses enredos capengas e cheio de furos.  O nome ELZA SOARES em si  merece respeito de todos nós, do samba ou não.  Será a maior falta de respeito e pura sacanagem se fizer de algo errado com a cantante ELZA SOARES, sem dúvida alguma a maior delas todas. ELZA SOARES,  hoje, está bem dodói, será  que o pessoal da Cabuçu sabe disso?

Nem sei em que "sambódromo" a Unidos do Cabuçu desfila. Mas quero estar por lá para assistir a essa bela homenagem para a Titia ELZA SOARES.  Ela  merece!

Essa historinha é bem particular, que me desculpem os honrados blogueiros. Leiam se assim o desejarem. No último Carnaval, a convite do velhote jornalista/radialista José Carlos Machado (JCM), agora intrujado no samba paulistano, aceitou trabalhar num tal Rádio Digital de Campinas 106,1, JCN e mais uma patota de profissionais aqui do Rio.

O JCM nos garantiu um bom salário, camisas da rádio, material didático do desfile e a farto lanche, durante toda transmissão. Trabalhamos com afinco e amor durante todo o período de Carnaval, sem pregar os olhos.

Pois bem: no final, o José Carlos Machado, junto com tal de Róbson Teixeira, que chegou a ser presidente de uma entidade fajuta de samba lá em São Paulo, nos logrou as pernas sumindo com a nossa verbinha!

Aqui no Rio, durante a transmissão, o tal de Róbson Teixeira se apresentava como Diretor - Presidente da Rádio Digital de Campinas freqüência 106.1. O resultado final dessa historinha é a seguinte: Ambos, em parceria, surrupiariam  o dinheiro que seria destinado ao nosso pagamento e ainda informam que entraram na Justiça do Trabalho de SP visando nos pagarem. Quem acredita?

Só que é uma deslavada mentira bem ao estilo do JCM, pois não é a primeira vez que costuma aplicar tal tipo de falcatrua em gente do samba. Só que desta vez apareceu com um sócio-parceiro. Que a RIOTUR, no ano vindouro, abra bem olho no momento de conceder as credenciais para rádios fajutas, principalmente às de São Paulo e dirigidas por dirigentes mais fajutos ainda!!!

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Tia Surica,  da toda  poderosa  Velha Guarda da nossa querida Portela também, vai  virar enredo em 2012. Será através do Bloco Carnavalesco Campeões da Vida. O popular Índio, presidente da agremiação, garante que será mais de 3000 componentes cantando e sambando na Avenida Rio Branco em homenagem a mais famosa pastora portelense. Isso é bom.

Desta maneira é bom a Tia Surica começar a preparar a sua famosa coleção de perucas - nacionais e importadas - pois será longo e cansativo o desfile. Tia Surica, vai poder exibir a sua famosa coleção de perucas e  ainda  tirar onda na Avenida.  Muitas dessas perucas o JCN conhece!

O "Zé Maria" implacável como de hábito, praticou duas sentidas baixas no mundo do samba. Primeiro a do jornalista Paulo Francisco Magalhães, o popular PF,  um apaixonado pela ES Unidos de Vila Isabel. Abandonado por aqueles que ele considerava como amigos, desde os tempos que mandava e desmandava em Vila Isabel, o PF lascou pobre.

Jornalista de mão cheia trabalhou anos a fio na centenária Gazeta de Notícias e Diário de Noticias.  Em início de carreira o JCN teve lições de jornalismo com o PF na GN. Ele foi responsável ainda por alguns dos melhores carnavais apresentados pela Vila Isabel, entre eles " Sonho, Sonhado" 1980. O PF foi  o braço-direito da então presidente, saudosa Pildes Pereira, por ocasião da  construção da cobertura da antiga quadra da escola na Rua Theodoro da Silva, novidade na época.

Ainda foi realizador de grandes eventos no recreativismo carioca. O maior deles foi a "Garota Real Chique", que em 1964 lotou as dependências do Ginásio do América F.C.  Ultimamente era o Diretor Social da AVGESRJ e também coordenador geral da Associação dos Barraqueiros do Terreirão do Samba. Descanse em paz,  Paulo Francisco!

Foi-se também o jornalista e empresário Roberto Paulino. que, em vida foi  Presidente da linha de frente da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Jovem ( tinha apenas 19 anos de idade).  Ainda ao assumir o cargo promoveu uma série de novidades e mudanças na escola. Uma das novidade foi criar o que hoje, LIESA, diz ser sua invenção: os ensaios técnicos.  A Mangueira já nas décadas, 59/60 promovia seus ensaios técnicos, primeiro no Buraco Quente encerrando na Visconde de Niterói, graças a criação do Dr. Robertinho, como gostava de ser chamado..  

Outra delas foi  tirar escola dos ensaios do Buraco Quente e levá-la para o Clube Cerâmico de propriedade da sua família. Na Cerâmica foi campeão 1960, com o enredo "Glória Samba".

Em 1962 apresentou o enredo Casa & Grande e Senzala, baseado  na obra do escritor Gilberto  Freire e obteve o quarto- lugar, quando na verdade foi o campeão moral daquele desfile, diante da impecabilidade do seu carnaval. Roberto Paulino foi embora como PRESIDENTE DE HONRA da Mangueira.  Descanse em paz. Roberto Paulino!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

matéria: OS MAIORES INTÉRPRETES DO CARNAVAL CARIOCA.

                                  NADINHO DA ILHA






Nome completo: Aguinaldo Caldeira



    Ano de nascimento: 1934



   Ano de falecimento: 2009









Nadinho da Ilha foi um homenzarrão de 1,90m de altura e um intérprete da linhagem dos cantores negros de voz encorpada, como Jamelão, Abílio Martins e Monsueto Menezes, com quem, aliás, já foi diversas vezes comparado, graças à impressionante semelhança física. Cantor e compositor, consegue brincar e usar sua voz, indo da nota mais alta a mais baixa com muita facilidade.
Iniciou na música muito cedo, sob influência familiar, já que seu tio, Nilo Chagas, foi integrante do famoso Trio de Ouro, ao lado de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Criado no Morro do Borel, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Nadinho começou na música aos 12 anos, através do mítico compositor Geraldo Pereira, que o levou para tocar tamborim em seu programa de radio. O contato com os sambas sincopados de Geraldo ajudou-o a desenvolver um apurado senso rítmico.
Ainda jovem, atuou como cantor no grupo de Heitor dos Prazeres, ao lado de nomes ilustres do samba como Mestre Marçal. Logo em seguida, ingressou na ala de compositores da Unidos da Tijuca. Antes de viver de música, Nadinho trabalhou também como soldador elétrico e serralheiro na White Martins.
Além do vozeirão intenso, Nadinho da Ilha teve outras qualidades que o tornaram um artista completo, como eloqüência, presença de palco marcante, elegância e suingue, além de uma maneira muito particular e bem humorada de interpretar o samba. Graças a estas várias performances, logo foi convidado para fazer trabalhos como ator e humorista no teatro e na televisão.
Nos anos 70, atuou no programa Buzina do Chacrinha. Como ator, esteve nos espetáculos teatrais “Deus lhe pague”, de Procópio Ferreira, e “Ópera do malandro”, de Chico Buarque. Na televisão, participou do programa “Tem criança no samba”, de Augusto Cesar Vannucci, com Chico Anísio e Agildo Ribeiro, e do humorístico “Balança mas não cai”. No cinema, atuou no filme “Loucuras cariocas”, de Carlos Imperial.
Em sua discografia, Nadinho da Ilha possui dez compactos e onze LPs gravados e diversas participações em discos e shows de bambas como Monarco, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Delcio Carvalho, entre muitos outros. Em 1977, com produção do mago do violão afro João de Aquino, Nadinho grava a obra-prima “Cabeça feita”, elogiadíssimo trabalho relançado em CD em 2003, na série Odeon 100 anos de música no Brasil. No carnaval, pôs sua voz num disco de samba enredo pela primeira vez em 1980, ao gravar o samba “Delmiro Gouveia”, pela sua escola do coração Unidos da Tijuca. Na avenida, o mesmo samba foi defendido por Neguinho da Beija-Flor e a escola se tornou campeã do Grupo 1B, conquistando o direito de desfilar pelo Grupo Especial no ano seguinte. Em 1984, também pelo Grupo 1B só que desta vez pela Lins Imperial, gravou o samba “Só vale quem tem dinheiro”.
Aos poucos, inexplicavelmente, Nadinho da Ilha foi se afastando da música e suas gravações tornam-se bissextas. Em 1999, com produção de Henrique Cazes, grava o CD “O Samba bem humorado de Nadinho da Ilha” (RGE), com arranjos de Paulão 7 Cordas e Henrique Cazes. No repertorio, clássicos e inéditos de Geraldo Pereira, Ismael Silva, e um samba feito especialmente para o disco por Aldir Blanc “Volante de contenção”. No mesmo ano, interpreta junto com a cantora Maria Carolina, a parte cantada no livro com CD “Mestre Pixinguinha para Crianças”, organizado por Carlos Alberto Rabaça e produzido por Henrique Cazes.
Em 2005, Nadinho da Ilha presta uma homenagem a seu mentor Geraldo Pereira ao lançar o CD “Meu amigo Geraldo Pereira”. Apesar de ter sofrido de problemas de saúde, o artista continuou fazendo shows. Faleceu em 4 de agosto de 2009, vítima de complicações com diabetes e um câncer no abdômen.



Início: Na década de 50 ingressou na ala de compositores da Unidos da Tijuca.
1980 – Unidos da Tijuca
1984 – Lins Imperial
GRITO DE GUERRA: Não tinha.
DISCOGRAFIA:
- Paulistana (1974)
- O samba serestou (1975)
- Deus lhe pague (1976) EMI/Odeon LP
- Cabeça feita (1977) EMI/Odeon LP
- O samba sabe o que quer (1998) Independente CD
- Casa da Mãe Joana (1998) (vários) CD
- O samba bem humorado de Nadinho da Ilha (1999) RGE CD
- Meu amigo Geraldo Pereira (2005) Rob Digital CD
- Mestre Pixinguinha para crianças
- LP Sambas enredo do Grupo 1B (“Delmiro Gouvêa, de Adalto Magalha, Adriano, Clomar e Ronaldo – Unidos da Tijuca) (1980) Top Tape
- LP Sambas enredo do Grupo 1B (“Só vale quem tem dinheiro, de Antero, João Banana e Edivaldo Sargento – Lins Imperial) (1984) Top Tape



MAIS FOTOS DE NADINHO DA ILHA

Ouça sambas concorrentes da Mangueira para o Carnaval 2012

Clique no link abaixo para ouvir o samba concorrente da Mangueira 2012

* Samba 107-E
* Samba 67-D
* Samba 104-A
* Samba 4
* Samba 5
* Samba 88-C
* Samba 7
* Samba 63-A
* Samba 62-D
* Samba 81-C
* Samba 82-B
* Samba 65-A


- Vale lembrar que na disputa da Mangueira não é permitido a divulgação dos nomes dos compositores

Renascer de Jacarepaguá continua sem barracão definido para trabalhar

Foto: DivulgaçãoO presidente da Rensacer de Jacarepaguá, Antônio Carlos Salomão, confidenciou ao SRZD- Carnaval que está triste e preocupado com a demora na entrega da documentação que daria continuidade as obras nos barracões da recém chegada ao Grupo Especial e de duas agremiações atingidas pelo incêncdio no início do ano que foram Portela e União da Ilha.
Afirmou que tem recebido atenção da Liesa, mas vem da prefeitura o aval principal.
Segundo Salomão, a diretoria da escola já se adiantou na organização para contratar bons profissionais para trabalhar no barracão e uso dos materiais para confecção de fantasias, lembrando alguns itens já foram comprados.
"Nos preparamos para competir no Carnaval e estamos sem espaço para trabalhar. Tentei sair na frente, mas já estou me sentindo prejudicado", lamentou.
O departamento de alegorias, fantasias e adereços da escola é famoso por sua competência na organização e cumprimento de prazos em seu cronograma.

Gilsinho Portela: 'Nasci Portelense'



Foto: Acervo PessoalGilsinho conversou com o SRZD-Carnaval e contou que sua carreira começou quando apoiou o samba
do amigo e compositor Ronaldinho (Fundo de Quintal), que concorria na escola paulistana Vai Vai no ano de 2000. Seu talento despertou o interesse do presidente da escola e ele foi convidado para cantar na Avenida estreando como campeão do Carnaval em 2001. Depois disso, marcou presença em São Paulo na Barroca Zona Sul em 2004, na Unidos de Vila Maria em 2005.
O intéprete é filho de Jorge do Violão, músico oficial da Velha Guarda Show da Portela na época em que as apresentações tinha as participações especiais de Zé Ketti, Clara Nunes e Roberto Ribeiro. Disse, também, que seu pai fazia parte da banda do "Grupo Mensageiros do Samba" com o saudoso Candeia, já sua mãe, era cantora e imperiana de fé. Por causa da relação familiar com a música, estudou e é contra baixista há mais de 20 anos, além de tocar banjo, cavaco, violão e bateria.
"Sempre frequentei as feijoadas de madureira nas duas quadras, mas nasci portelense" confessou.
Em 2006 a feijoada da azul e branca ganhou um tempero diferente, ele foi convidado para dar uma canja no ensaio semanal da escola, bem quisto pelo presidente Nilo Figueiredo, ele recebeu mais dois convites para cantar e entrou para a equipe de intérpretes como 2º puxador da Águia de Madureira, com a saída de Bruno Ribas, ele foi nomeado Intéprete Oficial.
Foto: Acervo Pessoal
"Nunca vou esquecer a emoção que senti na estréia no Grupo Especial do Rio de Janeiro, como a voz da Portela que é minha escola do coração", disse.
Gilsinho contou ao SRZD-Carnaval os seus projetos musicais


"Sou diretor artístico da roda de samba que estréia em agosto no G.R Pau-Ferro de Irajá, com minha banda, vou cantar sambas de raiz, sucessos da mpb e minhas composições", anunciou, feliz com os preparativos para o lançamento de seu cd em breve.

Mocidade divulga sinopse para o Carnaval 2012. Confira!



Foto: Divulgação
A Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou, na tarde desta quarta-feira, o enredo da escola para o Carnaval 2012, que vai levar as obras de Candido Portinari para a avenida.
O título escolhido foi: "Por ti, Portinari, rompendo a tela, a realidade", de autoria do carnavalesco Alexandre Louzada.
Confira abaixo a justificativa e a sinopse:
Ao escolher Candido Portinari como tema, a Mocidade Independente vem celebrar um dos maiores nomes da pintura brasileira no cinquentenário de seu desaparecimento.
Através de suas mais importantes obras, mostraremos a trajetória deste artista que acima de tudo retratou em seus quadros e murais, a história, o povo e a vida dos brasileiros, através dos traços fortes e vigorosos carregados de dramaticidade e expressão.
Esta homenagem escrita em forma de poema é a maneira mais digna encontrada para festejar este mestre que além de pintar também foi poeta e que entre outras manifestações artísticas soube tão bem ilustrar com seus desenhos os poemas de Carlos Drummond de Andrade, seu grande amigo e parceiro na versão do livro "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes.
Por fim é a Mocidade Independente que se orgulha em levar para o desfile um pouco da obra imortal de Portinari ao conhecimento do grande povo, aquele que sempre foi a sua grande fonte de inspiração.

Num voo mágico, viaja o samba,
a conduzir meu povo feliz
em seu viajante sonho.

Solto no universo garboso, prosa em verso,
na fantasia a se tornar realidade,
leva os tambores da felicidade,
para despertar o artista na morada celestial.

Ó mestre, ergueis do sono esse quadro vazio.
Sua obra vive no cantar de nossa gente.

Põe nas tuas mãos o teu instrumento,
tua tela hoje é o firmamento,
que a arte se deixa tingir o breu da noite,
com um colorido de festa,
a aquarela do carnaval.

Vai, reinventa mais um lúdico céu.
Pinta por nós a nossa estrela,
tu que pintaste tanto a Mocidade,
deixa a tua mão deslizar Independente.

Hoje, somos as tintas que envolvem
as cerdas do teu pincel, e que,
na mistura das cores, por ti, Portinari,
rompem a tela para a realidade
e brilham no samba de Padre Miguel.

Hoje, uma moldura viva e humana
enquadra a tua história na pista,
e teu traço se refaz nos pés,
no passo do sambista,
que vai riscar murais de sonhos
e estampar retratos,
cena dos Brasis que tu desenhastes.

À luz da inspiração, vem fazer reluzir em nossa mente
a cândida infância de tua Brodowski querida,
e reflorescer os campos com suor da lida,
dos mestiços viris a lavrar a ampla terra.

"Entre o cafezal e o sonho",
vem reunir retalhos e as lembranças coloridas,
como as dos espantalhos a oscilar na brisa,
serenos sobre as plantações.

Hoje, é um tempo que não passa.
Um turbilhão, um vento que sopra,
que varre e traz recordações,
e que vem devolver a ti a meninice.

Somos nós os teus meninos,
sem rosto, anônimos na multidão,
que fazem girar o teu mundo
num rodopio frenético,
como se fossem um pião,
tal como um caleidoscópio
a transmutar em formas a tua imaginação.

Somos a quimera límpida,
que balança livre num céu pontilhado,
às vezes, de pequenas pipas e balões.

Viemos abrir o teu coração
e revelar esse tal sentimento,
que subjugou a estética,
ao adulterar a técnica pela arte livre,
carregada de emoção.

Nessa força da cor que se imprime,
se diluem teus nativos,
descobridores, heróis desbravadores,
fauna e flora a percorrer paredes
como ciclos, desvendando a história,
o caminhar dessa nação.
Nesta hora, trazemos a alegria
pintada em nossas caras.

O suor que transpira
sob as luzes deste palco
é a nossa emoção que transborda,
ainda que exale de nós
a têmpera do mesmo povo sofrido,
do caminhar errante,
em busca da terra prometida, a vitória.

Imagina nós, os retirantes,
embora a esconder a face dura da vida,
como tão pungente retrataste,
dando o tom da cor às palavras
de "Guimarães" e "Graciliano",
a cor da dor, escassa,
como a secura da terra do cangaço,
por vez, na força do traço,
a bravura sertaneja.

A nossa odisséia e a nossa missão
é cantar-te, nosso estandarte, a glória,
como quem procura buscar nas alturas a prova.

Somos cenas bíblicas,
tal qual as que interpretastes,
nos vemos Santos,
Anjos olhados por Deus,
a voar nos céus azulejados.

Viemos aqui à luta,
contra o inimigo invisível,
os moinhos de vento
de uma aventura inventada.

À sorte, nos imaginamos fortes,
como o arauto sonhador
a rabiscar no papel uma estrada escrita
num poema de "Drummond".

Somos "Dom Quixote De La Mancha",
a empunhar a lança feita de lápis de cor.

Enfim, somos todos iguais esta noite,
como aqueles tantos que tua mão desenhou.

Somos o samba, o morro,
a favela, a dança, a música,
o contraste social,
trabalhadores do sonho,
assim como os da vida real.

Vamos à luta,
temos as caras das tuas caras,
o autorretrato da tua alma.

Somos todos em um,
a tua lembrança viva,
a eterna Mocidade,
modernista, revolucionária e guerreira
que, aqui neste momento,
ergue a ti um monumento,
um imenso mural,
pintado com a nossa alegria,
na batalha feliz deste dia,
"Guerra e Paz" do carnaval.
 Carnavalesco Alexandre Louzada

segunda-feira, 27 de junho de 2011

matéria: OS MAIORES INTÉRPRETES DO CARNAVAL CARIOCA.

                                 MAURÍCIO MAIA


















 Ano de nascimento: 1971
























O cantor, compositor e músico Maurício Maia é oriundo da comunidade da Ilha do Governador. Começou a cantar muito cedo, com 14, 15 anos de idade, no bloco carnavalesco Boi da Freguesia, que mais tarde se transformou na Escola de Samba Boi da Ilha do Governador. Naquela época e até bem pouco tempo, era conhecido como Maurício 100.
Aliás, Maurício foi o primeiro puxador oficial da história do Boi – permaneceu neste posto por mais de dez anos – e foi autor de seis sambas na escola, todos em parceria com dois compositores bem populares na Ilha: Carlinhos Fuzil (seu cunhado) e Marquinhos do Banjo. A partir de 1990, começou a compor também para a União da Ilha, onde venceu sua primeira disputa em 1992, no enredo “Sou mais minha Ilha”. 
Entre os anos de 1988 e 1992, na escola de cores azul, vermelha e branca, foi apoio de Quinho e de Aroldo Melodia. Com a saída de Aroldo, após o carnaval de 92, Maurício Maia foi convidado pela direção da escola a assumir o microfone no ano seguinte. Com “Os maiores espetáculos da Terra”, conduziu, pela primeira vez, um samba enredo no Grupo Especial. No ano seguinte, o cantor defendeu na disputa da Beija-Flor de Nilópolis o samba vencedor para o enredo “Margareth Mee, a dama das bromélias”, mas na avenida, foi apoio de Preto Jóia quando a Imperatriz Leopoldinense foi campeã com o enredo “Catarina de Médicis na corte dos Tupinambós e Tabajeres”. Em 96, além de cantar no Boi e ser apoio na União da Ilha, o cantor também puxou samba no carnaval de São Paulo, pela Pérola Negra, que havia subido para o Grupo Especial paulistano. O samba “Navegar é preciso” também foi de sua autoria, com seus parceiros Carlinhos e Marquinhos. 
Um momento importante na carreira de Maurício Maia foi em 1999, quando soube que iria conduzir a União da Ilha semanas antes do carnaval, após a saída de Rixxa. O cantor não estava freqüentando a quadra por causa de problemas de saúde de seu filho. Mesmo assim, o presidente da escola, Jorge Tauffie Gazelle, o Peixinho, lhe convocou para assumir o microfone no desfile, junto com Roger Linhares. A experiência, segundo Maurício Maia, foi boa, mas também complicada, mas ele e Roger se superaram na condução do samba “Barbosa Lima, 101 anos do Sobrinho do Brasil”.
Maurício Maia confessa que suas maiores influências musicais foram Neguinho da Beija-Flor e Aroldo Melodia. A convivência com Quinho também lhe foi importante, pois aprendeu também a se soltar e a vencer a timidez. Recentemente, Maurício Maia lançou seu primeiro CD solo, intitulado “Que saudade amor”, que traz um repertório em que mistura sambas românticos com pagodes de raiz. O cantor se apresenta em bares e casas noturnas no Rio de Janeiro acompanhado pelo grupo Maurício Maia & Cia.



Início: Bloco Boi da Freguesia (atual Escola de Samba Boi da Ilha do Governador), na década de 80)
Primeiro ano como intérprete oficial: 1989 (Boi da Ilha)
1989 a 2000 – cantor oficial do Boi da Ilha
1988 a 1990 – apoio de Quinho, na União da Ilha
1993 – União da Ilha
1994 – apoio de Preto Jóia, na Imperatriz Leopoldinense
1995 a 1998 – apoio de Aroldo Melodia, Ito Melodia e Rixxa, na União da Ilha
1996 – Pérola Negra (SP)
1999 – União da Ilha, com Roger Linhares
Desde 2000 – apoio de Serginho do Porto, Wander Pires e Ito Melodia, na União da Ilha 
GRITO DE GUERRA: Alô, minha Ilha! Faz a festa... faz a festa, meu povo! 
CACOS DE EMPOLGAÇÃO: “alô, vocês”; “se liga, se liga”; “tá bonito demais”, “vamos sacodir, bateria”; “gira, baiana”, “canta, minha escola”. 
SAMBAS DE SUA AUTORIA: “Diz no pé, Brasil” (Boi da Ilha/91, com Carlinhos Fuzil e Marquinhos do Banjo); “Sou mais minha Ilha” (União da Ilha/92, com Carlinhos Fuzil e Marquinhos do Banjo); Rio de Janeiro, Paraíba sim senhor” (Boi da Ilha/96, com Carlinhos Fuzil e Marquinhos do Banjo); “Navegar é preciso” (Pérola Negra/96, com Carlinhos Fuzil e Marquinhos do Banjo); “Fatumbi, a Ilha de todos os santos” (União da Ilha/98, com Almir da Ilha e Márcio André); “A saga de Kananciuê na aurora do mundo Carajá” (Boi da Ilha/99, com Carlinhos Fuzil, Grilo e Marquinhos do Banjo); “Folias de Caxias – De João a João... É o carnaval da União!” (União da Ilha/2002, com Carlinhos Fuzil, Muca, Régis, Ronaldo Maiato e Ronald, Niva); "As Minas Del Rei São João" (União da llha/2006, com Alberto Varjão, Carlinhos Danoninho, Muca, Adilson Cobra Criada, Bebeto do Arrastão, Pinto, Carlinhos Fuzil, Ricardo Grassano e Niva) e "Ripa na Tulipa, Ilha" (União da Ilha/2007, com Alberto Varjão, Carlinhos Fuzil, Jorginho e Niva). 
Discografia:
Que saudade amor (2004)



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