sexta-feira, 24 de junho de 2011

Turco: 'Paulino sempre lutou pela Mangueira, é uma perda imensa'



Foto: DivulgaçãoO compositor Hélio Turco disse, com exclusividade ao SRZD-Carnaval, que vive um dia muito triste da sua vida. Além de perder sua esposa na última quinta-feira, acordou com mais uma notícia de falecimento. Hélio, um dos maiores compositores da história da Estação Primeira, relembra como o amigo Roberto Paulino, que atualmente era presidente de honra da agremiação, foi importante para a verde e rosa. A causa da morte não foi informada.

"O Paulino que tirou a Mangueira do buraco quente e trouxe aqui para baixo. Sempre lutou muito por essa escola. No ano de 1960 fomos campeões com ele na presidência e com meu samba 'Carnaval de todos os Tempos'. Em 1961 a mesma coisa, Mangueira bicampeã com meu samba 'Recordações do Rio Antigo'. A Mangueira perdeu mais uma pessoa muito importante, que vai fazer muita falta. Enquanto presidente sempre fez grandes Carnavais. Ele falava que eu era um dos poucos amigos que ele ainda tinha, ajudou muita gente, deu emprego pra muita gente. Era muito humilde, muito inteligente, um poliglota. Graças à ele a zona sul chegou até o samba. Ele foi criado lá, conhecia muitas pessoas da alta sociedade e trazia todo mundo pra cá. É uma perda muito grande. Estou muito triste. Perdi minha esposa ontem, e,o Paulino hoje. Mas Deus sabe o que faz, ele sabe todas as coisas", concluiu muito emocionado.

O baluarte Roberto Paulino Ludolf Soares de Souza, foi eleito presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira no ano de 2009. Ocupando o lugar de José Bispo Clementino,  intérprete conhecido como Jamelão que recebeu este cargo após ter passado pelo compositor Carlos Cachaça.

Foi presidente da escola aos 24 anos de idade nos anos de 1959, 1960, 1961 e 1962. Conquistou dois títulos, em 1960 e 1961. Junto com Dona Neuma criou a ala das baianas, a primeira comissão de frente feminina e a ala das crianças. Há seis anos lançou o livro "Do Country Club à Mangueira", pela editora Letra Capital, onde conta sua relação de amor com a escola e a convivência com pessoas da alta sociedade carioca.
f
Jornalista e escritor, participou da criação do prêmio Estandarte de Ouro em 1972. Trabalhou nos jornais Estado de São Paulo e O Globo. Vindo de uma família rica, dona da Companhia Brasileira de Cerâmica localizada na Mangueira, empregava muitas pessoas da comunidade.

Seu corpo está sendo velado nesta sexta-feira, das 13h às 17h, no cemitério São João Batista, capela 3, em Botafogo. Neste sábado ele será cremado no cemitério do Caju às 14h.
Leia também:
- Ivo Meirelles lamenta morte de Paulino

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR