segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mangueira reina com o maior número de troféus no Estandarte


Braguinha desfila na Mangueira, que o homenageou

RIO - Se o Salgueiro detém o maior número de Estandartes de melhor escola, é da Mangueira o recorde de prêmios quando se somam todos os quesitos. A verde e rosa é dona de um acervo de 69 Estandartes. O Salgueiro, no entanto, está em seu encalço, com 68. As outras escolas que podem se orgulhar de ter uma coleção de troféus são Império Serrano (60) e Beija-Flor (57). A Mocidade soma 47; a Portela, 46; e Imperatriz, 44.
A Mangueira foi eleita melhor escola cinco vezes: em 1975 (“Imagens Poéticas de Jorge de Lima”); em 1984, na inauguração do Sambódromo, com “Yes, nós temos Braguinha”; em 1990 (“E deu a louca no Barroco); em 1998 (“Chico Buarque da Mangueira“) e em 2002 (“Brazil com Z é pra cabra da peste; Brasil com S é nação do Nordeste”).
— O desfile em homenagem a Braguinha foi inesquecível — diz Ricardo Cravo Albin, pesquisador de música popular brasileira e ex-integrante do júri do Estandarte. — Como era o primeiro ano da Passarela do Samba, e as regras não eram tão rígidas, ao chegar à Praça da Apoteose, a Mangueira fez a volta e desfilou de novo. Foi emocionante, uma coisa única.
A farta colheita de troféus da Mangueira é fruto do talento de seus sambistas. Jamelão levou seis, um recorde absoluto. A porta-bandeira Neide conseguiu um feito jamais alcançado: ganhou cinco vezes seguidas, de 1972, na estreia do prêmio, a 1976. A porta-bandeira Mocinha, outro ícone da verde e rosa, ganhou três Estandartes (em 1980, quando ainda era a segunda da escola; em 1981 e em 1984). O mestre-sala Delegado também inscreveu por duas vezes seu nome na galeria da fama: em 1978 e em 1982.
Outros grandes nomes da Estação Primeira foram homenageados pelo Estandarte: Dona Neuma (destaque feminino em 1975); Dona Zica (personalidade feminina em 1978); Zinha (destaque feminino em 1979), Lecy Brandão (personalidade em 1996) e Xangô (personalidade em 1997).
Primeira escola a criar uma ala de compositores, a Mangueira conquistou quatro Estandartes de Ouro com seus sambas-enredos: em 1990 (”E deu a louca no Barroco“), em 2000 (”Dom Obá II“), em 2002 (”Brazil com Z é pra cabra da peste...”) e em 2009 (A formação do povo brasileiro).

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