- O enredo continua com a mesma abordagem, que é uma homenagem à Florianópolis sob a ótica de Franklin Cascaes. A proposta é manter os setores dentro do organograma desenvolvido. Após o incêndio, as alegorias e fantasias foram repensadas, ficando mais simples, por conta do tempo, falta de material e dinheiro. Nem com todo dinheiro do mundo conseguiríamos reproduzir o espetáculo que a Grande Rio tinha dentro do barracão, um trabalho de nove meses, impossível de ser reconstruído em 25 dias - afirmou Cahe Rodrigues.
Conhecida como Ilha da Magia e Ilha das Bruxas, a capital catarinense ganha uma homenagem que aborda o misticismo do seu folclore. A Grande Rio prepara quatro alegorias e o mesmo número de tripés para mostrar isso.
- Mantemos os seis setores. A escola está refazendo as três mil fantasias perdidas no incêndio. O luxo ficará para 2012. A preocupação inicial era vestir toda a comunidade. Serão roupas coloridas e leves. Levaremos oito carros, sendo que quatro alegorias e quatro tripés. O abre-alas trás a encantadora Ilha das Bruxas, o segundo carro é a Nação Carijó, o quinto mostra As Profundezas do Mar e o último aborda a Fonte. A única estrutura de ferro que não foi atingida pelas chamas é a da última alegoria. Nos tripés estarão o Navio Pirata (segundo setor), Boi tatá e as Bruxas Amarrando Crinas de Cavalo (Contos de Cascaes), e uma homenagem ao tenista Gustavo Kuerten, onde estará Guga, com a taça de Roland Garros, e o Boi de Mamão, importante expressão cultural de Floripa - explicou o carnavalesco.
Um dos xodós de Cahe Rodrigues era o antigo abre-alas, perdido no incêndio. Com formatos impactantes, a alegoria tinha vários efeitos especiais. O prejuízo estimado da agremiação é de aproximadamente R$ 10 milhões, já que 98% do carnaval estava pronto e estocado no barracão.
- O abre-alas tinha 60 metros e um contexto lúdico e fantasioso da Ilha das Bruxas. Ele teria quase 150 figurantes, com bruxas sobrevoando a alegoria, suspensas em cabos de aço e em sistema hidráulico. Isso tudo se perdeu. Agora produzimos uma nova leitura plástica, com cores mais cítricas, morcegos multicoloridos e uma grande bruxa prepara a porção de amor em um caldeirão. Mas a alegoria é bem menor do que o projeto original - lamentou.
Segundo ele, a comunidade da Grande Rio não precisa se preocupar, pois todas as três mil roupas prometidas ficarão prontas a tempo do desfile.
- As fantasias também estão mais simples, sem resplendores. A escola não teria condições de colocar plumas em todas as roupas. Estamos usando espumas e tecidos com mais volumes e cores cítricas, respeitando a leitura do que foi planejado - disse.
Confira o organograma da Grande Rio:
Comissão de frente: Clima lúdico e fantasioso da Ilha da Magia. Apenas uma roupa, que estava sendo feita fora do barracão, não foi perdida. As fantasias dos outros 14 integrantes estão sendo refeitas de forma mais simples.
Mestre-sala e porta-bandeira: Luís Felipe e Squel estarão cercados por guardiões, ainda nesta fase lúdica do enredo;
Um grupo de pessoas levará o nome da escola à frente do desfile;
Balé com bruxas protetoras da natureza e as belezas de Floripa;
Abre-alas: Apresenta a Ilha das Bruxas, um dos apelidos de Florianópolis;
Primeiro setor: "A Encantadora Ilha as Bruxas" - Fantasias como "O Mágico Mar Azul", "Beleza dos Mares", "Piratas Aventureiros" e "Os Negros da Ilha" estarão neste setor;
Segundo setor: "Os Filhos da Terra" - Fantasias como "Mago Verde", "Mago Ouro", "Mago Vermelho", "Mago Preto" e "Mago Roxo" fazem parte desta fase do desfile;
Baianas (segundo setor): "A Magia das Profundezas" - Contexto do mar azul que cerca Florianópolis, com efeito nas saias;
Terceiro setor: "Arreda, Arreda, Assombração" - As alas representam a "Festa da Tainha", "A Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes", "Os Açorianos", "Pau de Fita" e "O Boi de Mamão";
Quarto setor: "Uma Ilha entre Fitas, Cantos e Danças" - Alas em alusão aos pescadores, caranguejos, belezas naturais da ilha, pássaros, peixes e a dança das águas;
Quinto setor: "Santuário Ecológico do Atlântico Sul" - setor sobre os turistas, o carnaval da ilha, azulejaria portuguesa, fios das rendeiras e ao tenista Guga;
Sexto setor: "A Floripa de Todos Nós".
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