terça-feira, 6 de agosto de 2013

Dominguinhos é apresentado na Estácio de Sá



“A saudade apertou e eu voltei”, ao som do verso do samba exaltação “Tú és o pavilhão do amor”, Dominguinhos entrou na quadra entoando a letra e ovacionado pelos sambistas e apaixonados pela vermelha e branca estaciana, o intérprete que há 18 carnavais não defendia as cores da escola, se rendeu a emoção e veio às lágrimas. O retorno do cantor para a Estácio de Sá aconteceu durante a edição do mês de agosto Feijoada do Leão e estava sendo aguardada por todos na quadra da escola, onde o artista iniciou sua militância no carnaval, atuando como intérprete e compositor que marcou época, com composições que se confundem com a história da agremiação. Dominguinhos foi recepcionado pelo presidente Leziário Nascimento e Leandro Santos, com quem terá a responsabilidade de defender o samba na avenida, tendo a missão de ser a principal voz e colaborar para o retorno da Estácio à elite do carnaval carioca.

Após a calorosa recepção Dominguinhos relembrou os clássicos sambas de enredo “O ti-ti-ti do sapoti”, “Arte Negra na legendária Bahia” e “Paulicéia Desvairada”, entre outros, levando os presentes no Berço do Samba, ao delírio. O bom filho que a casa retorna declarou estar feliz com a volta a escola de coração: “A Estácio é e sempre será a minha casa. Aqui eu comecei minha trajetória no samba. Ser recebido de maneira tão calorosa não é pra qualquer um, só o estaciano sabe fazer isso”. Dominguinhos foi agraciado com o Troféu Leão de Ouro, condecoração ofertada aos sambistas pelos longos serviços prestados a agremiação. O cantor que aniversariou na última semana ganhou da diretoria e admiradores da escola um bolo para comemorar mais um ano de vida.

A tarde festiva ainda contou com as apresentações dos grupos de pagode Medalha de Ouro, Balangandã e Família Samba na Veia, além do cantor Luis Camilo que levou o público ao delírio relembrando sucessos. O evento foi encerrado com integrantes de todos os segmentos da Estácio de Sá festejando o retorno do cantor ao som dos sambas antológicos da escola, sendo embalados pela Bateria Medalha de Ouro, comandada por Mestre Chuvisco.
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