terça-feira, 9 de julho de 2013

Entrevista Passista World “Samba no Pé”: Nathalia Fernandes


A bela Nathália Fernandes, passista de Niterói, vencedora da categoria “Samba no Pé”, da I Edição do Passista World, conversou com a gente. Ela deu dicas para meninas que sonham em brilhar como passistas, contou como conquistou a vitória e ainda falou da timidez e do ensaio fotográfico.

Passista World: Além de passista “Vencedora da Categoria”, você obteve uma votação impressionante, com mais de 33 mil votos. Ao que você atribui essa grande votação? Você tem fã-clube, teve apoio de sua comunidade, amigos?

Nathália Fernandes: Atribuo essa quantidade de votos realmente expressiva ao esforço e união de todas as agremiações do qual faço parte, principalmente a qual atualmente me escolheu para ser “Rainha das Passistas”, posto que orgulho muito em representar. Tive também um grande apoio da minha família, amigos, assim como amigos das redes sociais. Confesso que também fiquei bastante surpresa com pessoas que não conhecia pessoalmente e vieram a público revelar que votaram em mim.  Realmente, a repercussão tomou uma dimensão muito maior que eu imaginava.

Passista World: Como você faz para praticar e aprimorar seu samba? Você assiste a ensaios, presta atenção nos movimentos de outras passistas ou rainhas famosas?   Você tem alguma “musa” inspiradora, no qual admira o gingado ou forma de se apresentar na Avenida, na Marques de Sapucaí?

Nathália Fernandes: Ensaio bastante nas quadras de samba e sempre observo os passistas e as passistas mais experientes para aprender algo a mais. E não só nas agremiações do qual faço parte. Sempre procuro interagir nos ensaios em nossas agremiações coirmãs, quando somos convidados. Tenho também como grande aliado, o meu marido, que por sorte, também é passista. Ele sempre me dá conselhos e dicas de como posso melhorar o meu samba e gingado. Com relação a uma passista no qual vejo com muita atenção, admiro muito a Soninha Capeta.  Gosto do estilo de samba dela, que possui muito vigor, assim como a energia que ela emana.

Passista World: Na sessão de fotos, percebemos que você realmente é um pouco tímida. Mas na hora do ensaio, pareceu até você já conhecia a fotógrafa, sabendo fazer movimentos, poses. Você se gosta de ser fotografada, já demonstrou tanta naturalidade? Qual das partes do ensaio você achou mais difícil, a entrevista, ou a sessão de fotos mesmo?
Nathália Fernandes: Sim, adoro ser fotografada. Penso ser uma das formas que tenho para me expressar. A fotografia é uma bela forma de conhecermos um pouco mais de si mesma, assim como o arte do sambar. O momento mais difícil do ensaio para mim foi na hora da entrevista pessoal. Apesar de não aparentar como eu já disse, no fundo sou tímida, e especialmente com relação a uma gravação. Deu realmente aquele “frio na barriga”, mas foi interessante.

Passista World: Como você sentiu como um todo no processo da sessão de fotos, sendo consagrada vencedora da categoria Samba no Pé? Como foi colocar a faixa, ser maquiada, clicada?  Conte-nos um pouco de sua experiência desse dia?

Nathália Fernandes: Adorei, me senti como uma “Diva” de verdade, por todo carinho que recebi de todos. Posso afirmar que foi um dos melhores momentos que já tive.   Uma sensação indescritível. A equipe toda foi maravilhosa. Penso que a equipe ajudou a fazer a “ficha cair” e me deixou bastante à vontade para as fotos. Quando finalmente coloquei a faixa tive uma sensação intensa de reconhecimento do meu samba e grande orgulho de ser passista. Uma realização, sem dúvida!

Passista World:  Nathália, a primeira “batalha” você já passou no Passista World, sagrando-se a “Samba no Pé” e portanto já pode de certa forma, como as outras 11 finalistas se considerar uma vencedora. A faixa já dessa categoria já é sua. Você teria alguns conselhos para dar para passistas que estão nas alas mais jovens, ou dançarinas que ainda sonham em ser passistas? O que você falaria para elas, que tem esse sonho, mas por um motivo ou outro, ainda não estão nas quadras?

Nathália Fernandes: Falaria para elas que ser uma passista envolve muita responsabilidade que às vezes não alguns não se dão conta. Mas pelo outro lado, há também uma contrapartida que é um grande prazer quando estamos nós apresentando e vemos que fizemos um belo trabalho. Ver nosso grupo ser aplaudido, ver a resposta carinhosa do público, nos faz sentirmos realizadas, pois treinamos muito para aquele momento. Para as passistas mais jovens que estão começando, diria que elas devem apostar em seus sonhos, pois há uma bela estrada a percorrer. Diria também para seguir em frente sempre, e não desistir, mesmo com os percalços que as vezes temos que enfrentar.  Diria que isso faz parte e nos fortalece. Ser passista também é fazer parte de um mundo maravilhoso, que nos oferece um reconhecimento, além de fazer muito bem para nossa autoestima. Finalizaria dizendo que o mais importante é ter amor, na samba, na quadra, nos ensaios, e colocar ele em tudo que fazemos.

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