- Estou tendo várias conversas e reuniões buscando o melhor para a Mnagueira e sinto no olho de cada um a vontade de ajudar a escola. É um momento de se incorporar e não pedir nada à Mangueira. Hoje, o mangueirense, não deve pedir nada para a escola e sim dar. Cada um de nós aqui está dando uma parcela de sua vida. Saio de casa às sete horas da manhã e às vezes chego meia-noite. É do trabalho pra Mangueira e vice-versa. Mas faço isso com o maior prazer e me sinto disposto a cada dia para contribuir com a reconstrução da nossa escola. Temos conseguido resolver parte dos nossos problemas e tenho certeza que Deus está nos guiando. A Mangueira é a principal peça cultural desse país e vai recuperar o prestígio perdido. Muitas pessoas estão pensando que não, mas vamos para a Avenida brigar pelo título - disse Chiquinho.
O dirigente surpreendeu ao afirmar que no barracão da escola, na Cidade do Samba, já há movimentação na produção do Carnaval 2014.
- Hoje, na Cidade do Samba, só tem um barracão funcionando. E é o barracão da Mangueira. No segundo, terceiro e quarto andares tem gente já produzindo, recuperando tudo. Contratamos o que havia de melhor. Trouxemos a Rosa Magalhães e o Carlinhos de Jesus. Prestigiamos o mestre Aílton na bateria. É um proceso que vai culminar na Avenida em 2014. A Mangueira hoje, tem uma dívida maior do que aquilo que iremos gastar no carnaval, mas vamos dar o nosso sangue, agir nas duas frentes - afirmou, em tom forte.
Além de Chiquinho, a carnavalesca Rosa Magalhães fez uma breve saudação aos compositores presentes. A antiga e mais nova geração de compositores consagrados da Mangueira acompanhou o encontro. Hélio Turco e Lequinho são dois dos exemplos. O enredo irá passear pelas diversas festas brasileiras e mostrará aspectos de algumas delas. A culinária dessas festas também será citada e a Parada Gay vai ganhar espaço. Os compositores entregarão os sambas no dia 06 de agosto. Já a apresentação na quadra acontece no dia 10 de agosto e a final de samba enredo no dia 12 de outubro.
Em 2014, a Estação Primeira de Mangueira vai buscar o 19º título de sua trajetória. O último foi conquistado em 2002, o que já configura o maior jejum de conquistas da história mangueirense.