Considero essa imagem como maior símbolo da escola por que o Império Serrano em minha ótica sempre teve esse labéu, de Heroí da Liberdade. Tudo começou desde que nos separamos do Prazer da Serrinha buscando liberdade poética com um valor agregado ao sentimento de justiça. Sua história composta por heróis da estiva deu ao novo “prazer”, um tom mais Imperial, criando novas tendências e trazendo para Madureira o sopro de liberdade com 4 anos de seguidos de vitórias. Vitórias essas que foram conquistadas com brado de conteúdo histórico, por vultos ínclitos de nossa história e fatos marcantes. Foram Castro Alves, Tiradentes, A Batalha do Riachuelo e os louváveis 61 anos de Republica. Começamos vitoriosos dentro da liberdade utópica do carnaval.
Desde então o novo herói de Madureira só traria alegria aos novos libertários que conquistaria no Rio de Janeiro e no Mundo todo. Duque de Caxias trouxe ao Império mais uma Glória e mais a frente as Medalhas e Brasões reluziram como ouro na história da Corte Impeiral.
Não perdemos a bravura de guerreiros históricos e buscamos em uma nova inspiração tropicalista a vitória. Fernando Pinto um paladino tropical, trouxe ao Império Serrano mais uma vitória, a pequena notável tão aclamada e consagrada daria aos Imperianos mais um título.
A bravura de um povo que mesmo sabendo que a travessia da passarela da ilusão é apenas passageira e pura quimera, o alerta aos novos tempos e rumos no carnaval levaram nossa escola a mais um título. Ao som de Bumbubaticubumprugurudum, Rosa Magalhães e Licia Lacerda, ajudaram a nação verde-branca a conquistar nossa última grande glória no Carnaval do Grupo que julgamos hoje especial.
Nossos “imperadores” por ora pareciam não ouvir o grito que explanamos em 1982, e assim nosso reduto de samba sangrou por alguns anos – e sangra até hoje – por conta de decisões que não os transformaram em heróis nem tão pouco nos deram liberdade. Em alguns momentos parecemos presos em nossas próprias pernas, amarrados em nossas próprias mãos. Porém, temos algo que não sei dizer que é – não há definição – mas que tiramos dentro de nós mesmos, o que nos joga para baixo, de contraposto nos leva para cima. E quando estamos agonizando de dor é que a força interior de nosso povo, nossa gente, nosso canto e garra nos leva para cima. É algo que não sei nomear, mas acontece sim. Uma bravura sólita.
Tenho certeza que o Império não acabará, e em cada sorriso imperiano, em cada bandeira levantada, em cada verde e branco, por mais opaco, amassado, encardido ou roto que estiver, tenho certeza que essa história renasce ainda mais. Por menos força que possamos aguentar, por menos gás que tenhamos devido as circunstâncias por nós mesmos e por todo o mistério que existem entre o céu e a terá e que exaltamos em 82, eu tenho fé que essa história de amor e liberdade por um carnaval melhor, não se acabará e o Império sempre será um Heroí da Liberdade no universo contraditório e sonhador do Carnaval carioca.
Que nosso Império Serrano seja soberano no próximo sabado. De fato e de direito volte a fazer um desfile que emocione e que faça chorar de emoção não só os Imperianos, mas a todo sambista do planeta.
Salve Império Serrano, Salve Dona Ivone Lara.
Bom desfile.
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