segunda-feira, 16 de maio de 2011

matéria: OS MAIORES INTÉRPRETES DO CARNAVAL CARIOCA.

NEY VIANNA
       
     


        Nome completo: José da Rocha Viana
        Ano de nascimento: 1942


        Ano de falecimento: 1989   
                                                                      
         Quem via aquele negro alto, magro, de bigode e com uma voz grave e levemente anasalada empunhando um microfone não tinha dúvidas de que se tratava de um dos mais talentosos intérpretes de samba enredo da história do Rio. Ney Vianna é daqueles que viveu a transição do “puxador de samba” para “intérprete”. Ele começou a cantar no final da década de 60, na tradicional Em Cima da Hora, do bairro de Cavalcante.  
          Um divisor de águas aconteceu no ano de 1973, quando Ney Vianna defendeu “O saber poético da literatura de cordel”, de autoria de Baianinho. A composição, elogiadíssima pela crítica e opinião pública, conquistou o Estandarte de Ouro de melhor samba, e Ney chamou a atenção da diretoria da Mocidade Independente pela sua performance na avenida. A mudança de escola de samba não tardou a acontecer. Nos três carnavais seguintes, Ney Vianna fez dupla com Elza Soares na condução do samba da verde-e-branco de Padre Miguel. Ney só se afastou da Mocidade em 1984, quando teve uma passagem relâmpago pelo Império Serrano. Em 1987, ganhou seu o Estandarte de Ouro de melhor intérprete.           
          Na noite de 15 de outubro de 1989, durante a final da escolha do samba que contaria o enredo “Vira, virou, a Mocidade chegou”, Ney Vianna teve um enfarte fulminante, morrendo em plena quadra. Os produtores do disco do carnaval de 1990 lhe renderam uma homenagem, colocando uma gravação antiga de seu grito de guerra, na abertura da faixa da escola. No desfile, vencido pela Mocidade de Padre Miguel, os carnavalescos Renato Lage e Lílian Rabello também homenagearam o grande intérprete numa alegoria que representava a Vila Vintém, com a reprodução da sua carteira de identidade com uma foto, numa alusão à música “Cartão de identidade”, que Ney Vianna cantava antes de cantar o samba-enredo. Os versos eram a sua cara: mostrando a minha identidade/ eu posso falar a verdade/ a essa gente/ como eu sou/ da Mocidade Independente.
 
INÍCIO: Em Cima da Hora, no final dos anos 60. 
1970 a 1973 – Em Cima da Hora 
1974 a 1983 – Mocidade Independente de Padre Miguel 
1984 – Império Serrano 
1985 a 1989 – Mocidade Independente de Padre Miguel 
GRITO DE GUERRA: Alô, meu povão de Padre Miguel! Vamos lá! 
GRITOS DE EMPOLGAÇÃO:em cima agora”; “pela madrugada”;  minha bateria! 
Samba-enredo de sua autoria: “Abram alas que chegou a Mocidade” (81, com Nezinho). 
Estandarte de Ouro: 1987
MAIS FOTOS DE NEY VIANNA



Cantando com Jamelão em 1978

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