segunda-feira, 30 de maio de 2011

GRANDES ENREDOS, GRANDES CARNAVAIS (IMPERATRIZ 81)



Uma grande ideia nem sempre é bem sucedida, mas ninguém pode negar que  um bom enredo é meio caminho andado para a realização de um belo Carnaval.
A partir de hoje, e durante as próximas semanas, estarei relembrando aqui momentos marcantes do Carnaval carioca. Nesta primeira etapa, serão dez grandes enredos, dez grandes carnavais...

Não há uma ordem estabelecida e não significa que os dez enredos que desfilarão por aqui sejam os dez melhores enredos de todos os tempos. Não há comparação, apenas contemplação e lembranças...



“O TEU CABELO NÃO NEGA”



Brilho e beleza sob a luz do sol

Passava um pouco das 8h30 da manhã de segunda-feira quando a Imperatriz entrou na Marquês de Sapucaí, com seus 3.000 componentes. Antes dela, o público dividia preferências entre Portela e Beija-Flor. O Salgueiro também havia feito bom desfile e conquistado a simpatia dos tradicionalistas.

A Imperatriz foi a nona escola a desfilar. O enredo em homenagem ao compositor Lamartine Babo, de autoria do carnavalesco Arlindo Rodrigues, já havia despertado grande entusiasmo na fase pré-carnavalesca e quando as primeiras alas e alegorias despontaram na cabeceira da pista a certeza de um grande desfile se fez presente.

Aliado à leveza proposta pelo carnavalesco, o samba-enredo, de autoria de Zé Catimba, Gibi e Serjão, tinha letra simples, era curto e tinha ótima melodia, que impulsionava escola e público a cantarem com empolgação.

A vida e a obra do compositor foram mostradas com a coerência e a elegância características de Arlindo Rodrigues, com destaque para os tripés de abertura, com referência à marcha que deu título ao enredo. O “Trem da Alegria” e os bonecos que representaram os personagens do Carnaval também tiveram grande esplendor. No final, sob os aplausos que vinham das arquibancadas, desfilaram centenas de pessoas com bandeiras e camisas dos times de futebol cariocas, em uma lembrança aos belos hinos compostos por Lamartine.



O Carnaval de Lalá

Do júri oficial, a Imperatriz só não obteve totalidade de notas máximas em três quesitos: samba-enredo, harmonia e alegorias e adereços. Mesmo assim, ficou 6 pontos à frente da segunda colocada, a Beija-Flor.


"Nesse palco iluminado, só deu Lalá"

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