"GBALA, VIAGEM AO TEMPLO DA CRIAÇÃO"
Meus Deus
O grande Criador adoeceu
Porque a sua geração já se perdeu
Quando acaba a criação
Desaparece o Criador
Pra salvar a geração
Só esperança e muito amor.
Então...
Foram abertos os caminhos
E a inocência entrou
No templo da Criação.
Lá os guias protetores do planeta
Colocaram o futuro em suas mãos
E através dos orixás se encontraram
Com o Deus dos deuses, Olorum.
E viram!
Viram como foi criado o mundo
Se encantaram com a Mãe Natureza
Descobrindo o próprio corpo compreenderam
Que a função do homem é evoluir
Conheceram os valores
Do trabalho e do amor
E a importância da justiça.
Sete águas revelaram em sete cores
Que a beleza é a missão de todo artista.
Gbala é resgatar, salvar
E a criança, esperança de Oxalá.
Poucas vezes na história do carnaval um samba retratou tão bem um enredo quanto esta obra bonita composta por Martinho da Vila para o desfile de 1993. E foi tão aguerrida a entrada da escola, que a emoção tomou conta da Marquês de Sapucaí de imediato, fazendo com que nem mesmo a chuva, que caia insistentemente prejudicando as alegorias bastante criativas concebidas pelo carnavalesco Oswaldo Jardim, impedisse a Vila de se apresentar muito bem.
Na comissão de frente, o estilo inconfundível de Oswaldo Jardim.
Não!... Não foi um desfile perfeito, pois as adversidades da escola foram muitas na fase pré-carnavalesca, mas a beleza da mensagem do enredo, aliada a momentos maravilhosos de criação, como na passagem de um carro que mostrava o homem sendo moldado em barro na grande oficina de Oxalá, compensaram a falta de maiores recursos.
Detalhes da "Oficina de Oxalá", alegoria marcante na história do carnaval.
Os julgadores, no entanto, não foram sensíveis à “esperança de Oxalá” e puniram a escola com o oitavo lugar.
Até o próximo grande enredo!
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