JACKSON MARTINS
Ano de nascimento: 1972 Ano de falecimento: 2004
Jackson Martins era um dos jovens talentos do carnaval, até ter sua voz silenciada no início de agosto de 2004, após ser assassinado durante um assalto, aos 32 anos.
Budista, zen, tranqüilo e uma pessoa de alto astral. Era assim que Jackson era definido pela família e pelos amigos. O início como puxador foi na Inocentes de Belford Roxo, já na década de 90. Também obteve destaque como defensor de sambas nas eliminatórias das escolas. Venceu três disputas consecutivas na Beija-Flor, o que chamou a atenção de Neguinho da BF, que o convidou para ser músico de sua banda. Às vésperas do desfile de 1997, quando a Caprichosos de Pilares amargava o Grupo A, o puxador oficial da escola, Luizito, foi demitido. O então presidente, Fernando Leandro, acreditou no potencial daquele jovem de 24 anos, e o chamou para cantar na Sapucaí o animado samba “Do tambor ao computador”. A escola conquistou o vice-campeonato do Acesso e o direito de retornar à elite do carnaval carioca.
No carnaval seguinte, quando completava apenas o segundo ano como intérprete oficial na passarela do samba – e o primeiro no Grupo Especial – Jackson Martins considerava ter vivido um momento mágico com “Negra origem, negro Pelé, negra Bené”. O samba estourou no país inteiro e, mesmo a Caprichosos abrindo o desfile em 1998, todo o sambódromo cantou os versos “quem tem magia no pé/ é Pelé/ quem vem na força da fé/ é Mandela/ e a voz que veio de lá/ da favela/ é da guerreira Bené/ salve ela”. Outro momento destacado por Jackson Martins foi a homenagem feita pela escola ao cirurgião plástico Ivo Pitanguy, em 1999. Ao contrário do ano anterior, este samba não teve tanta divulgação e foi explodir mesmo na avenida, logo quando a escola entrou. Jackson Martins cantava em bares na noite. Em 1989, participou do grupo de pagode Levanta a Poeira, marcado por um repertório de partido alto, sambas românticos, pagode e samba de raiz. Gravou um CD solo em 1996. Também participou do projeto Puxadores de Samba, com os colegas Dominguinhos do Estácio, Preto Jóia, Serginho do Porto e Wantuir. Jackson Martins deixou esposa e duas filhas.
Primeiro ano como intérprete oficial: 1997
De 1997 a 2004: Caprichosos de Pilares
Grito de guerra: Chegou Caprichosos! Chegou Caprichosos! Vai à luta, meu povo!
Cacos de empolgação: “vem no batuque, bateria”; “vâmbora, vâmbora, vâmbora”; “dá vontade até de chorar”.
MAIS FOTOS DE JACKSON MARTINS
Duas almas já presentes no céu: Jackson e D. Zica da Mangueira. E, em 2001, puxa o samba ao lado de Nana Gouveia
Bem acompanhado por Wander Pires (E), mais Neguinho e Wantuir (D)
Junto com os mestres Neguinho e Jamelão
Com Ito Melodia
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