Neste que foi o "século do samba", passamos pelas "quatro estações", vivemos muito mais que "as mil e uma noite cariocas", atravessamos "de Nonô a JK", fantasiamos o "mundo encantado de Monteiro Lobato", presenciamos o "grande presidente" e hoje comemoramos 83 anos de glórias.
Hoje, procuramos "recordações do Rio antigo" e encontramos a genialidade de Cartola e Carlos Cachaça com seus versos imortais, a beleza musical do gênio Nelson Cavaquinho, a voz insuperável do intérprete saudoso Mestre Jamelão (ou se quiserem puxador), a batida da bateria(a única) que se conhece ao longe, criada por Saturnino, o bailar leve de Neide e Delegado e toda a alegria de ema nação negra e pobre, que descobriu na Estação Primeira de Mangueira um alicerce da sua cultura.
E por falar em negros, a história deles se confundem com a da própria escola. Já passaram pela "casa grande e senzala", tiveram em "Dom Obá" um líder, contaram-nos "a história de um preto velho" e até hoje nos questionam: "100 anos de liberdade. Realidade ou ilusão"?". Alguns outros nos trouxeram "relíquias da Bahia", e sempre estarão no "carnaval de todos os tempos".
Mas voltemos a falar de Mangueira e do samba, "festa de um povo". Neste 83 anos, fizemos muitas pessoas se apaixonarem pelo carnaval. Pedíamos "abram alas que eu quero passar", dissemos "Yes, nós temos Braguinha", mostramos que "o Olimpo é verde e rosa" e vimos que "dessa fruta eu como até o caroço". Por isso, "chega de demanda" porque o samba é união e a Mangueira é nossa "seiva da vida".
Hoje, procuramos "recordações do Rio antigo" e encontramos a genialidade de Cartola e Carlos Cachaça com seus versos imortais, a beleza musical do gênio Nelson Cavaquinho, a voz insuperável do intérprete saudoso Mestre Jamelão (ou se quiserem puxador), a batida da bateria(a única) que se conhece ao longe, criada por Saturnino, o bailar leve de Neide e Delegado e toda a alegria de ema nação negra e pobre, que descobriu na Estação Primeira de Mangueira um alicerce da sua cultura.
E por falar em negros, a história deles se confundem com a da própria escola. Já passaram pela "casa grande e senzala", tiveram em "Dom Obá" um líder, contaram-nos "a história de um preto velho" e até hoje nos questionam: "100 anos de liberdade. Realidade ou ilusão"?". Alguns outros nos trouxeram "relíquias da Bahia", e sempre estarão no "carnaval de todos os tempos".
Mas voltemos a falar de Mangueira e do samba, "festa de um povo". Neste 83 anos, fizemos muitas pessoas se apaixonarem pelo carnaval. Pedíamos "abram alas que eu quero passar", dissemos "Yes, nós temos Braguinha", mostramos que "o Olimpo é verde e rosa" e vimos que "dessa fruta eu como até o caroço". Por isso, "chega de demanda" porque o samba é união e a Mangueira é nossa "seiva da vida".
Parabéns Mangueira!!!!
"Se todos fossem iguais a você"
"Se todos fossem iguais a você"
O morro da Mangueira
Quando os primeiros habitantes chegaram ao morro da mangueira, no final do século passado, este ainda era conhecido como morro dos Telégrafos, por causa das torres instaladas naquela região. Logo depois instalou-se próximo ao morro uma fábrica de chapéus que viria a se chamar Mangueira. Depois disso a estação de trem também foi denominada Mangueira e por conseqüência o morro passou a chamar Mangueira.
O morro foi sempre habitado por negros que vinham do centro do Rio. Em 1908, quando a prefeitura resolveu reformar a Quinta da Boa Vista e destruiu vários casebres que lá existiam, essas pessoas acharam em Mangueira um local para continuar a vida. Também foram parar em Mangueira as pessoas que perderam suas casas no incêndio do morro de Santo Antônio, em 1916.
Hoje o complexo da Mangueira é formado pelo morro dos Telégrafos, Candelária, Chalé, Santo Antônio, Buraco Quente entre outros, mas seus habitantes sempre foram simples e pobre, na sua maioria negros.
"Sala de Recepção"
(Cartola)
Habitada por gente simples e tão pobre
Que só tem o sol que a todos cobre
Como podes Mangueira cantar?
Pois então saibas que não desejamos mais nada
A noite, a lua prateada
Silenciosa ouve as nossas canções
Tem lá no alto um cruzeiro
Onde fazemos nossas orações
E temos orgulho de sermos os primeiros campeões
Eu digo e afirmo que a felicidade aqui mora
e as outras escolas até choram
invejando a tua posição
minha Mangueira és a sala de recepção
Aqui se abraça o inimigo
Como se fosse irmão
O morro foi sempre habitado por negros que vinham do centro do Rio. Em 1908, quando a prefeitura resolveu reformar a Quinta da Boa Vista e destruiu vários casebres que lá existiam, essas pessoas acharam em Mangueira um local para continuar a vida. Também foram parar em Mangueira as pessoas que perderam suas casas no incêndio do morro de Santo Antônio, em 1916.
Hoje o complexo da Mangueira é formado pelo morro dos Telégrafos, Candelária, Chalé, Santo Antônio, Buraco Quente entre outros, mas seus habitantes sempre foram simples e pobre, na sua maioria negros.
"Sala de Recepção"
(Cartola)
Habitada por gente simples e tão pobre
Que só tem o sol que a todos cobre
Como podes Mangueira cantar?
Pois então saibas que não desejamos mais nada
A noite, a lua prateada
Silenciosa ouve as nossas canções
Tem lá no alto um cruzeiro
Onde fazemos nossas orações
E temos orgulho de sermos os primeiros campeões
Eu digo e afirmo que a felicidade aqui mora
e as outras escolas até choram
invejando a tua posição
minha Mangueira és a sala de recepção
Aqui se abraça o inimigo
Como se fosse irmão
Coisas que os mais jovens não sabem
Assim como a Bahia é o estado mais cantado do Brasil até por compositores que jamais pisaram a Bahia, a Mangueira é a escola de samba mais cantada até por compositores que jamais pisaram lá.
Em 1959, quando entrei para o Salgueiro e fiz o enredo Zumbi dos Palmares, soube que a velha Manga, além de Ter sido nossa madrinha, exigiu na Associação que desfilássemos "de cara" entre as grandes. E o samba Nzambi, de Nescarzinho e Noel Rosa de Oliveira fora composto nos fundos da fábrica de cerâmica do avõ do garoto Roberto Paulino, então presidente da Manga, sendo acompanhado pelo pessoal de lá. Havia naquele tempo solidariedade e integração.
Em 1965, quando o Sal foi campeão do IV Centenário, houve protesto de muita gente da imprensa ( o Império estava lindo!). Solidariamente Roberto Paulino, durante a nossa comemoração, subiu o morro com uma pá de mangueirense, mestre-sala, porta-bandeira de bandeira e tudo e comandou nossa festa até de madrugada.
Em 1967, endividadíssimo depois do carnaval, organizamos uma festa no café-concerto Casa Grande para ajudar a pagar as dividas. A Manga, sem cobrar nada, mandou dois ônibus com alas, baianas, todo mundo fantasiado, para cruzar sua bandeira com a do Salgueiro através dos respectivos mestres-sala e portas-bandeira, numa união só comandada pelo mestre Xangô. Até lanche próprio eles levaram.
O mundo se lembra quando num desfile, ao meio-dia, Gigi da Mangueira, tirou suas sandálias e deu para a nossa Narcisa dançar, pois ela estava descalça.
Em 68 trabalhamos lado a lado no Pavilhão de São Cristóvão e o então presidente da Manga, Juvenal Lopes (o Juju das candongas) nos ajudou a todas as formas. Djalma Preto dirigindo a Manga, trabalhando novamente lado a lado, nos deu chance de colaborar. O último carro deles estava mais alto que o portão e não havia jeito de o carro sair do pavilhão. Juntei o pessoal do Salgueiro, seguramos o carro no braço, tiramos as rodas que eram de carroça, passamos com o carro e já na rua recolocamos as rodas e a alegoria se mandou...Em 1959, quando entrei para o Salgueiro e fiz o enredo Zumbi dos Palmares, soube que a velha Manga, além de Ter sido nossa madrinha, exigiu na Associação que desfilássemos "de cara" entre as grandes. E o samba Nzambi, de Nescarzinho e Noel Rosa de Oliveira fora composto nos fundos da fábrica de cerâmica do avõ do garoto Roberto Paulino, então presidente da Manga, sendo acompanhado pelo pessoal de lá. Havia naquele tempo solidariedade e integração.
Em 1965, quando o Sal foi campeão do IV Centenário, houve protesto de muita gente da imprensa ( o Império estava lindo!). Solidariamente Roberto Paulino, durante a nossa comemoração, subiu o morro com uma pá de mangueirense, mestre-sala, porta-bandeira de bandeira e tudo e comandou nossa festa até de madrugada.
Em 1967, endividadíssimo depois do carnaval, organizamos uma festa no café-concerto Casa Grande para ajudar a pagar as dividas. A Manga, sem cobrar nada, mandou dois ônibus com alas, baianas, todo mundo fantasiado, para cruzar sua bandeira com a do Salgueiro através dos respectivos mestres-sala e portas-bandeira, numa união só comandada pelo mestre Xangô. Até lanche próprio eles levaram.
O mundo se lembra quando num desfile, ao meio-dia, Gigi da Mangueira, tirou suas sandálias e deu para a nossa Narcisa dançar, pois ela estava descalça.
- Estamos devendo uma - disse o Djalma.
- Foi paga com antecedência - respondi.
Ninguém acredita, mas uma vez o samba do Salgueiro foi julgado por cinco mangueirenses: Amaury Monteiro, Haroldo Barbosa, Luís Reis e o Gussi do Leblon. E o Salgueiro acatou o julgamento.
Se eu for contar tudo, digo como o Monarco: "Hoje não vou terminar".
Por tudo isso resolvemos em 71, Arlindo e eu, fazer como enredo Minha madrinha, Mangueira querida. Após três assembléias as tias e a Velha Guarda, que sabiam das coisas, comandaram a aprovação do enredo, contra a opinião da garotada que ignora as coisas. Lá viria o Sal todo de vermelho e branco cantando "Tengo-tengo, Santo Antônio, Chalé" com a comissão de frente inteiramente vestida de verde e rosa. Foi dificil, mas a ala (antigamente era uma ala) aceitou. Osmar Valença, eternamente sacana, foi dizer para a minha amiga Neuma que eu só colocaria bicha na comissão de frente. Claro, ela me xingou de todos os palavrões usuais e mais os que inventara na hora.
Uma escola de samba só existe se tiver uma boa ala de compositores. Não vou falar da Portela, Império, Sal ou Imperatriz, mas vocês imaginam uma escola que teve tem compositores como Geraldo pereira, Zé da Zilda, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Geraldo das Neves, Nelson Sargento, zagaia, Babaú, Pelado, Leléo, Carlos Cachaça, Darcy, Preto Rico, Leci Brandão, Padeirinho, Hélio Turco, Ivo Meireles, Batista e muito mais?
PARABÉNS MANGUEIRA!
Querida Estação Primeira de Mangueira!
falar sobre vc é dificil !, pois não tem como não se emocionar!
Mangueira de tantas lutas e Glórias , de tantos nomes imortais que deram e dão o sangue por vc! Mangueira parabéns pelos seus 83 anos dando alegrias ao povo carioca e alegria ao povo brasileiro.
Mangueira de folhas secas imortalizadas na História, de lágrimas de alegria e de tristeza quando escutamos falar mal de vc!, quem não conhece Mangueira peço que passe a conhecer, pois a Mangueira é mãe ! é Madrinha! é tia ! é a Rainha do Samba.
Mangueira não cabe explicação tá a cima do bem e do mal, é a rainha do carnaval.m
MANGUEIRA DE VERDE E ROSA, verde esperança , Rosa de Acalanto.Mangueira de CARTOLA, do Delegado, DA dONA zica, da Dona Neuma, De Jamelão eterno gogó de Ouro, que foi embora e deixou saudades, que quando fechou os olhos deixou a Mangueira desconsolada , triste e com a dúvida ser[á que teremos outro ha altura de Jamelão?, Bom querida Mangueira termino minha homenagem com lágrimas nos olhos e a certeza plena que nunca te abandonarei pois sou mangueirense apaixonado pelas suas cores , pelo seu pavilhão, pelo seu surdo um, pelo seu encanto.
falar sobre vc é dificil !, pois não tem como não se emocionar!
Mangueira de tantas lutas e Glórias , de tantos nomes imortais que deram e dão o sangue por vc! Mangueira parabéns pelos seus 83 anos dando alegrias ao povo carioca e alegria ao povo brasileiro.
Mangueira de folhas secas imortalizadas na História, de lágrimas de alegria e de tristeza quando escutamos falar mal de vc!, quem não conhece Mangueira peço que passe a conhecer, pois a Mangueira é mãe ! é Madrinha! é tia ! é a Rainha do Samba.
Mangueira não cabe explicação tá a cima do bem e do mal, é a rainha do carnaval.m
MANGUEIRA DE VERDE E ROSA, verde esperança , Rosa de Acalanto.Mangueira de CARTOLA, do Delegado, DA dONA zica, da Dona Neuma, De Jamelão eterno gogó de Ouro, que foi embora e deixou saudades, que quando fechou os olhos deixou a Mangueira desconsolada , triste e com a dúvida ser[á que teremos outro ha altura de Jamelão?, Bom querida Mangueira termino minha homenagem com lágrimas nos olhos e a certeza plena que nunca te abandonarei pois sou mangueirense apaixonado pelas suas cores , pelo seu pavilhão, pelo seu surdo um, pelo seu encanto.
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