quarta-feira, 30 de março de 2011

Laíla diz que Beija-Flor terá espetáculo e samba no pé em 2012



Campeão do Carnaval carioca pela 19ª vez em sua carreira no mundo do samba, o diretor de Carnaval da Beija-Flor de Nilópolis, Laíla, afirmou que no Carnaval de 2012 o público pode esperar uma Beija-Flor ainda mais diferente. Se já houve uma mudança na concepção das alegorias e fantasias na comparação com o Carnaval de 2010 da agremiação, Laíla prometeu abrir mais o leque de criatividade nilopolitano.

O manda-chuva da Beija-Flor revelou que quer os integrantes da comissão de carnaval conhecendo outros espetáculos para enriquecer ainda mais o carnaval da escola:

- Hoje uma pessoa é considerada a que mudou o Carnaval. Em 1975, eu e o João Trinta, no Salgueiro, tiramos os destaques do chão e colocamos em cima do carro alegórico. Essa multidão que hoje fica em cima dos carros já foi trazida por mim, com a Beija-Flor, no ano da Agotime. Eu não vou copiar ninguém. Cada qual tem que seguir o seu estilo. A minha comissão de Carnaval precisa ter novas ideias, dar uma viajada e ver novos espetáculos. Não quero dizer que vamos copiar, coisas que estão fazendo. Eu quero é ter ideias para desenvolvermos no carnaval. Citaram que eu não sou carnavalesco, mas eu sou muito mais do que isso. Se querem ver espetáculo, darei ao público espetáculo e samba - afirmou Laíla, em entrevista ao SRZD-Carnavalesco.

Logo após o carnaval especulou-se uma possível ida do talentoso Fábio Ricardo, carnavalesco da São Clemente, para a escola de Nilópolis. Apesar de rasgar elogios ao trabalho do jovem artista, Laíla negou e revelou ter indicado o próprio Fábio Ricardo para a São Clemente:

- O Fabinho é um jovem muito talentoso. Nós indicamos para o Renatinho (presidente da São Clemente). O trabalho dele não foi compreendido pelos julgadores. Esse garoto vai longe. É difícil ele sair de um trabalho solo para integrar uma comissão de carnaval. Ele é humilde e capaz. O trabalho dele este ano lembrou o Arlindo Rodrigues, principalmente no acabamento e na feitura. Fico triste de ver que no carnaval de hoje não é mais permitido que se faça esse tipo de trabalho, mas tenho certeza que ele dará a volta por cima. A São Clemente não mereceu ter sido a última do carnaval.

Depois da tentativa frustrada de fazer um trabalho com Alexandre Louzada na comissão de Carnaval, Laíla voltou a afirmar que não irá se desfazer do grupo. Disse também que, caso seja imposto a ele trabalhar com apenas um carnavalesco, a Beija-Flor não contará mais com o seu trabalho. Outra hipótese rechaçada pelo diretor de carnaval é o fato de trocar a Beija-Flor pela União da Ilha, como chegou a ser especulado logo após o desfile.

- O presidente Ney é meu amigo, mas em nenhum momento negociei com ele ou recebi qualquer convite. Divergências entre eu e o Anísio sempre vão acontecer, isso é normal, mas somos amigos e ele confia no meu trabalho, sabe que sou capaz de desempenhar bem a minha função. Eu trabalho para o coletivo. Não sou exclusivista. Se fizerem uma comparação do que estão dizendo que ganham de salário por aí com o meu salário, o Anísio não me manda embora nunca - revelou Laíla, que disse no palco do Teatro Carlos Gomes, durante entrega do prêmio Tupi Carnaval Total, ter um salário de R$ seis mil por mês.

A polêmica envolvendo o óleo na pista, derramado por uma alegoria da Porto da Pedra, agremiação que antecedeu o desfile da Beija-Flor, também foi citada por Laila. Ele culpou o acontecimento pelo desempenho abaixo do esperado de Claudinho e Selminha Sorrisoz. O diretor de carnaval da azul e branco de Nilópolis também reafirmou que não deverá haver mudanças em outros segmentos da escola: - Não havia possibilidade de um casal dançar naquelas condições. Eles foram muito prejudicados. Quanto à bateria eu não mudo nunca. Essa rapaziada que está lá hoje tocou 15 anos para os outros. Hoje tenho o comando Rodney e do Plínio. Não pretendo mudar.

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