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Elizabeth Santos Leal de Carvalho, ou só Beth Carvalho, fez aniversário ontem, dia 5 de maio, mesmo dia que o seu Botafogo conquistava a Taça Rio (e o Estadual-Carioca), isso depois de um texto que escrevi levando fé numa retomada da atitude de campeão da Mangueira, sua escola de coração. Acho que estava mais do que sugestivo falar de Beth Carvalho, a madrinha do Samba.
Madrinha, porque – apesar de ser um fato notório, pode ter gente à beça aí só sabendo QUE, mas não sabendo POR QUÊ. É que se o Fundo de Quintal explodiu nas paradas de sucesso, foi por causa de um tremendo de um empurrão. Beth foi levada ao Cacique pelo ex-jogador (e ex-técnico) do Vasco, Alcir Portela a esse tal lugar de um tal pagode que já dava o que falar pelo subúrbio do Rio de Janeiro e outras localidades. Assim, encantada com a repaginada percussiva, batucada e de pé no chão, não deu outra, Beth levou aquela sonoridade para seu – então – próximo disco De Pé no Chão.
Foi aí, que o Fundo de Quintal passou a se profissionalizar e deslanchar na carreira dois anos depois de seu debut (1980) acompanhando a “madrinha”. Disse Beth, nos extras do DVD Pagode do Arlindo (2006), que a efervescência daquelas noites de quart-feira eram tão contagiantes, que ela, essencialmente uma moradora da Zona Sul, chegou a procurar um apartamento no subúrbio, Ramos, pra estar sempre perto da batucada, tamanha era a euforia daqueles tempos. Beth, que já era um sucesso, lançou toda uma geração, conforme se surpreendia e se agradava com o que via e ouvia. Lançou o FDQ (e todos os seus clássicos integrantes que viriam a fazer carreira solo), Zeca Pagodinho e outros. Por isso ela é a madrinha do Samba. Por ser cantora, compositora, musicista e ainda ter uma visão do que vai ganhar pela qualidade que poucos têm.
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