Phelipe e Rafaela participaram da festa ao lado de diversos integrantes da escola que defendem no dia a dia, a Imperatriz Leopoldinense, e também de componentes da Grande Rio, que levou o seu primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, Luis Felipe e Verônica. À eles, coube a missão de dançar com a bandeira da Espanha, derrotada por 3 a 0 pela seleção brasileira dentro de campo. Phelipe conta que a questão foi definida por um acaso, mas não escondeu o orgulho de poder desfrutar do momento histórico.
- Na verdade, foi uma pessoa da Fifa que escolheu. Ela definiu que a nossa fantasia deveria entrar com a bandeira do Brasil e o Luis Felipe e a Verônica com a bandeira da Espanha. Fiqui muito nervoso, não vou enganar. Já entro na Sapucaí há 16 anos, mas entrar no gramado do Maracanã não é algo comum. Posso estar enganado, mas acho que a Raphaela, eu, a Verônica e o Luis Felipe fizemos história. Não sei de nenhum outro casal que tenha dançado dentro do Maracanã. Ainda mais com a bandeira do Brasil. Não sabia pra onde olhar e nem o que fazer na hora(risos). Era muita emoção e gente gritando e tirando foto. Fiquei com medo de dar azar, a Espanha vinha numa crescente, mas o Brasil foi muito bem - resumiu o mestre sala.
Mesmo dois dias depois do evento, Rafaela confessa que seu telefone não para de tocar.
- Admito que estou em êxtase até agora. Até hoje estamos sendo parabenizados pela apresentação. Quando fomos procurados e recebemos o convite para participar da festa de encerramento, já ficamos muito contentes pelo porte do evento, porém, nesse momento, a idéia de dançar defendendo o pavilhão nacional passou longe. Quando essa possibilidade foi cogitada, em um de nossos ensaios, bateu um frio na barriga misturado com uma vontade arrebatadora que se tornasse real. Ao ver o maraca lotado, com mais de 70 mil brasileiros apaixonados, gritando e saudando a sua nação, a emoção tomou conta, foi inevitável conter as lágrimas. Meu coração patriota tomou conta da porta bandeira. Esse momento único vai ficar guardado para sempre na história das nossas vidas.
Para a festa que teve início às 17h30, eles precisaram chegar por volta de 13h no Maracanã. As baterias de Grande Rio e Imperatriz também marcaram presença no gramado, algo que já havia ocorrido no Pan de 2007. Os ritmistas, porém, apenas faziam mímica com seus instrumentos. Perguntados sobre a participação de componentes das escolas de samba nos eventos e o fato de Paulo Barros e Rosa Magalhães terem sido requisitados para criar as aberturas da Copa das Confederações e Panamericano de 2007, respectivamente, a dupla mostrou entrosamento também nas palavras.
- Para os amantes e profissionais do samba, foi um orgulho e honra enorme participar de tal evento. Entramos literalmente "em campo" com raça, irreverência, alegria, talento e muita emoção. Com o decorrer dos anos, o carnaval vem se profissionalizando e ganhando seu lugar de destaque não só como maior espetáculo do mundo a céu aberto - disse Rafaela.
- É o reconhecimento da nossa cultura. O Brasil tem diversas outras importantes manifestações culturais, mas o fato de terem escolhido o carnaval prova que é o maior espetáculo da Terra. Gostaria de agradecer aos coreógrafos Marcelo Sandrini e Roberta Nogueira, além de parabenizar também o Luis Felipe e a Verônica - concluiu Phelipe.
A dupla forma o primeiro casal da Imperatriz desde o Carnaval 2011.
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