quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Unidos de Guaianazes: confira a sinopse do enredo para 2013



Foto: DivulgaçãoQuinta colocada no grupo 3 do Carnaval de 2012, a escola de samba Unidos de Guaianases já se movimenta para realizar um grande desfile no próximo ano.
Com desenvolvimento do carnavalesco Lynno Brandão, a verde, vermelha e branca de Guaianazes levará para a passarela do samba em 2013 o enredo "De rei de Oyó a Orixá da justiça. Kaô Xangô".
Recém contratado pela escola, Lynno afirma que esta encantado com a juventude e recepção que teve ao chegar na escola e detalha como será abordado o tema.
"Nosso enredo vai fazer uma viagem a Africa para encontrar o rei de Oyó e mostrar como ele se tornou o orixá mais cultuado do Brasil", afirma o carnavalesco.
Outra novidade da escola para o desfile do próximo ano será a participação de Tassiane Martins e Janderson como casal de mestre-sala e porta-bandeira oficial.
Os compositores interessados em participar do concurso para a escolha do samba que irá ilustrar o desfile devem realizar inscrição até o dia 11 de agosto através do e-mail: unidosdeguaianases@gmail.com.
O concurso acontecerá em três sábados consecutivos com eliminatórias nos dias 18 e 25 de agosto e final no dia 1 de setembro.

Confira a sinopse na íntegra do enredo

De rei de Oyó a orixá da justiça, Kaô Xangô!
O GRCES Unidos de Guaianazes traz como proposta de desfile uma viagem à África antiga para contar a história do quarto ALAFIM, termo que quer dizer "O SENHOR DO PALÁCIO DE OYO" e como este se tornou o orixá mais respeitado e cultuado no Brasil. Xangô, um dia, destronou o irmão AJACÁ-DADÁ e o exilou como rei de uma pequena e distante cidade. Xangô foi assim coroado o quarto rei da cidade de Oyo, que foi o mais poderoso dos impérios Yorobás.
Xangô procurava a melhor forma de governar e de aumentar seu prestígio junto ao seu povo." Um rei africano era, antes de tudo um guerreiro. Guerras, conquistas, povoamento de novas terras, descoberta e renascimento, tudo isso faz parte da História de Xangô, o rei que depois seria conhecido pelo codinome de "O Trovão", porque sempre procurava descobrir novas armas para com elas conquistar novos territórios. Quando não fazia a guerra, cuidava de seu povo. O fato é que o apogeu da dominação da cidade de Oyo sobre as outras resultou numa grande difusão do culto a Xangô. Durante muito tempo a força militar de Oyo protegeu os Yorobás de invasões inimigas e impediu que seu povo fosse caçado e vendido por outros africanos ao tráfico de escravos destinado ao Novo Mundo. No palácio recebia a todos e julgava suas pendências, resolvendo disputas, fazendo justiça. Nunca se aquietava.
De todos os orixás que marcaram a saga da cidade de Oyo, nenhum foi mais reverenciado que Xangô, mesmo quando Oyo passou a ser apenas um símbolo esfumaçado na memória dos atuais seguidores das religiões dos orixás espalhados nos mais distantes países da diáspora africana do lado de cá e do lado de lá do oceano. Toda a gravidade e firmeza atribuída Xangô não o afastam das características humanizadoras que possuem outros orixás.

Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxóssi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxóssi e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.                                                                                           
Depois de sua morte, Xangô foi divinizado, como era comum acontecer com os grandes reis e heróis daquele tempo e lugar, e seu culto passou a ser o mais importante da sua cidade, a ponto de o rei de Oyo, a partir daí, ser o seu primeiro sacerdote.  Estamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido com um Orixá com especial ascendência sobre os demais. Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Xangô é um Orixá de fogo, em seu aspecto divino filho de Oranian e Yemanjá. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal, o Orixá do raio e do trovão.
Tudo isso faz parte da história de Xangô, rei e guerreiro, como faz parte das memórias de nossa própria civilização de brasileiros. Xangô é mais que história da África e mais que história do Brasil. Seu duplo machado visa à justiça para cada um dos dois lados que se opõem na contenda, suas pedras de raio são o santuário guardião das esperanças de tanta gente que padece em consequência das mazelas de nossa sociedade.

Cor: Marrom, Branco e Vermelho
Fio de Contas: Vermelhas ou marrom intercaladas com Contas Brancas
Símbolo: Machado (Oxé)
Pontos da Natureza: Pedreira
Flores: Cravos Vermelhos e brancos
Planeta: Júpiter
Dia da Semana: Quarta-Feira
Elemento: Fogo
Saudação: Kaô Cabecilê (Opanixé ô Kaô)
Bebida: Cerveja Preta
Animais: Tartaruga, Carneiro
Comidas: Agebô, Amalá
Número: 12
Data Comemorativa: 30 de Setembro
Sincretismo: São José, Santo Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, São Jerônimo.
Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.
Lynno Brandão

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