sexta-feira, 11 de maio de 2012

Machine conta como foi processo de desmontagem do Sambódromo








 
Terminou no último dia 30 de abril o processo de desmontagem do Sambódromo. Mesmo com a recente obra que ampliou o palco do maior espetáculo da Terra para 72.500 lugares, uma série de coisas como montagem de frisas e decoração dos camarotes é feita para atender o público. Responsável por coordenar a montagem e a desmontagem da Avenida, José Carlos Caetano, o popular Machine revelou que a desmontagem começou pela Praça da Apoteose.


- Tivemos que desmontar lá primeiro em razão do show que aconteceu no dia 1º de março. Também funciona uma escola nos setores 12 e 13 e uma creche um pouco antes. Depois desmontamos os setores pares e, por fim, os ímpares. Nesse momento ainda estão terminando algumas coisas nos setores pares, acabamento da obra. Ao todo, mais de 40 pessoas de três empresas diferentes trabalharam na desmontagem – disse Machine, que durante seis meses do ano reside no setor 3 da Marquês de Sapucaí.


Ele afirmou que chegou ao local no dia 5 de novembro e só voltou para casa, no bairro de Ramos, próximo ao Piscinão, no último dia 3. Para poder render mais no trabalho de coordenação também dos ensaios técnicos e ensaios de casais de mestre-sala e porta-bandeira, comissões de frente e alas coreografadas, que costumam acontecer no período da noite, Machine conta com uma boa estrutura no local. Seu 'quarto' tem cama, TV, frigobar e aparelho de dvd.


- A Liga me dá uma estrutura bem bacana para trabalhar. Mesmo não sendo funcionário, apenas presto serviços, quero que o Jorginho Castanheira (presidente da Liesa) permaneça. Em time que está ganhando não se mexe – afirma ele, que conta com uma equipe de 20 pessoas para ajudá-lo na coordenação dos treinos e recebe visitas frequentes da mulher no Sambódromo.


Uma questão que Machine precisa ficar bem atento é quanto a presença de espiões durante os ensaios secretos feitos pelas comissões de frente durante as madrugadas de janeiro e fevereiro. De acordo com ele, certa vez, o coreógrafo Carlinhos de Jesus, atualmente no Império Serrano, pediu que ninguém ficasse dentro do Sambódromo. Outra história curiosa envolve a profissão de um integrante da comissão de frente do Salgueiro.


- O nome dele é Ricardo. Ele trabalhava no Sambódromo, na segurança patrimonial, e era da comissão de frente do Salgueiro. Teve um dia que três comissões de frente vieram até aqui com as fantasias para ensaiar. Chamei ele no canto e fui bem claro. Pedi que fosse profissional e não contasse nada daquilo para ninguém. Ele cumpriu o acordo e não tivemos nenhum problema.


Segundo Machine, nem mesmo Jorge Luiz Castanheira, presidente da Liesa, e Elmo José dos Santos, diretor de carnaval da entidade, ficam sabendo do que as comissões preparam. É sigilo absoluto.

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