
- É a primeira vez que a Rosa faz África sim, mas e daí. Acho que a Rosa já mostrou que pode se adequar a diferentes enredos. Duvidaram da capacidade dela e te garanto que, se ela quiser fazer um enredo sobre a Nasa, fará muito bem. Tem muita capacidade para trabalhar e o nosso barracão é a prova. Ela se preparou muito e concebeu uma África que nunca passou pela Avenida. Uma vez entrei na sala dela e a vi atrás de uma pilha de livros, não dava nem para ver o rosto dela. Foram três meses e meio para terminar todos os desenhos. São cores cítricas, fortes, formas agudas e um desfile preparado em sua escala cromática para enfrentar as mudanças de luz, que teremos ao longo da nossa passagem pela Avenida. O Martinho esteve aqui é disse: '' É a África''. A Vila é raça, força e negritude. Vamos fazer um grande desfile – disse ele.


Outro artifício usado por Rosa foi o grafismo africano, que aparecerá da primeira até a quarta alegoria. A proposta fica clara no grande navio negreiro que a escola levará em seu desfile. Schall afirmou que a carnavalesca optou por algo diferente das lamúrias geralmente mostradas em navios desse tipo. Desta vez, a Vila quer enfatizar a herança cultural dos negros que vieram na embarcação.

- Eu quero saber o que tem de plotagem no meu barracão. Andaram falando besteira por aí. Que estávamos sem dinheiro, que o desfile seria pobre, que a Rosa estava insatisfeita. Não tem nada disso. A Vila vai brigar para ser campeã mais uma vez. Confio muito na Rosa e a escola está mergulhando de cabeça nesse enredo – garantiu.
A Unidos de Vila Isabel será a sétima escola a entrar na Avenida no domingo de carnaval com o enredo ' Você semba lá... Que eu sambo cá! O canto livre de Angola', desenvolvido por Rosa Magalhães.
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