A jovem escola surpreendeu pela beleza de sua exibição. Representando o "sopro da vida", o abre alas da vermelho, preto e branco impressionou, com túneis, escadas e uma escultura central de 14 metros de altura, a alegoria, com 50 metros de comprimento e cheia de engenhosidade, trouxe figurantes que executaram diversas performances. O conjunto alegórico da agremiação do presidente Renato Remondini, o Tomate, mostrou as inúmeras faces de personalidade das mães, entre elas, a batalha para alimentar os filhos, a fé e a devoção. Nem as mães dos juizes de futebol e as sogras foram esquecidas, num momento bem humorado do Carnaval elaborado pelo carnavalesco Eduardo Caetano. As "Mães da Sé", grupo de mulheres que procuram filhos desaparecidos, também foram exaltadas. Um presente as mães, que assistiram o desfile pela televisão e as que estiverem no Anhembi, foi revelado na última alegoria, com cinco dragões que fizeram mais de 40 movimentos alternados. Alguns problemas no acabamento de duas alegorias podem comprometer a avaliação neste quesito.
A rainha das rainhas, Simone Sampaio, veio à frente dos ritmistas comandados por Mestre Carlinhos, que deram um show na avenida. Além da firmeza de suas marcações, os chocalhos e o naipe de tamborins fizeram um desenho todo especial no acompanhamento do samba dos autores: Dico, Eduardo, Vagner, Ricardo e Rico. Com uma evolução tranqüila, que variou durante a passagem da escola, tendo seu ponto alto na parte final, os componentes sambaram com leveza e descontração, embalados pelo canto de Daniel Collête, intérprete oficial, que pela primeira vez, desde 2006, não veio fantasiado em homenagear a sua mãe.
O primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, Rubens e Lyssandra, fez uma apresentação exuberante na condução do pavilhão tricolor. Com as arquibancadas quase lotadas, a debutante na elite do Carnaval Paulistano, fez uma apresentação digna de permanecer no grupo principal em 2013.
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