quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Carlinhos de Jesus prepara comissão de frente com ares de Especial



Foto: DivulgaçãoA oito dias do desfile oficial, o Império Serrano prepara uma comissão de frente digna de Grupo Especial. Em conversa com a imprensa, o coreógrafo da comissão de frente, Carlinhos de Jesus, revelou que prepara um bailado irreverente, com a cara do Império, desejando conquistar os 40 pontos no quesito. O objetivo é que a família da homenageada, D. Ivone Lara, se sinta prestigiada.
Carlinhos conta que a comissão de frente contará a história de Dona Ivone Lara, ressaltando a ousadia dela ser a primeira sambista mulher num meio onde até então só existiam homens.
"Conversei com o carnavalesco Mauro Quintaes e pedi para fazer esta passeada no enredo, na vida dela. Vou falar da cultura do jongo, da raíz do Império Serrano, dos cincos bailes da história do Rio. Não me situei numa parte só", afirmou.
Segundo ele, a equipe foi fundamental neste momento que a escola se encontra. A comissão de frente está com muita responsabilidade e, em respeito ao presidente Átila, se empenha em não dever em nada à uma coreografia de uma escola do Grupo Especial.
"Da ideia original, tivemos que cortar alguns efeitos. A gente se limitou de acordo com as possibilidades da escola. Não faço distinção entre Grupo Especial e Acesso. Estou fazendo uma comissão bem a cara do Império, sem buscar tecnologias caríssimas. Vou fazer uma coroa, símbolo da escola nos movimentos. Quero causar impacto sem interferir no perfil da escola" disse.
O coreógrafo ainda afirma que o ritmo de ensaios é intenso, de três a quatro horas por dia, logo, a repetição dos movimentos causa segurança e convicção aos integrantes.
"Eles dominando os movimentos passam a agir com naturalidade. Não gosto daquela contagem na boca do bailarino de 1,2,3 e 4 entre o samba. Ora, se ele é o personagem, ele tem que ser o personagem. Ele tem que ser o Pixinguinha ou o Donga. Não chamo meus bailarinos pelo nome, eu chamo pelo personagem porque ali na Avenida aquela história é a realidade", contou.
Para ele, a nova Sapucaí não mudou em nada a coreografia da comissão de frente.
"Muito merecidamente, a Passarela está linda. Já era para ter ficado assim desde o começo. Mas, para o lado da comissão de frente, está a mesma coisa. Antes, eu tinha que dançar do lado meio da pista para à esquerda para que eu pudesse cumprimentar os jurados. Era coisa de 90° para me ver. Agora, já fui lá uma vez, e percebi que não preciso olhar para o alto para vê-los. É coisa de 45°" declarou.

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