- Passistas, mestre-sala e porta-bandeira da escola
de samba carioca Portela prestigiam a Lavagem do Bonfim junto ao
governador Jaques Wagner, em Salvador, nesta quinta-feira (12).
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Jeferson Souza e Jeane Martine, além de duas passistas da Portela, participaram do cortejo juntamente com as baianas.
A Portela homenageará a Bahia no carnaval deste ano, na primeira noite de desfiles na Marquês de Sapucaí, dia 19 de fevereiro. O enredo da escola será “... E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual", desenvolvido pelo Carnavalesco Paulo Menezes.
O percurso de 8 km realizado todos os anos em Salvador segue um ritual de fé e reúne baianos de todas as crenças. Um momento especial aconteceu quando o governador Jaques Wagner encontrou os grandes representantes da Portela, em frente à Associação Comercial da Bahia.
O samba no pé dos representantes da escola de samba carioca foi a grande novidade da Lavagem do Bonfim deste ano. A Portela foi a Salvador para apresentar em frente à Associação Comercial da Bahia (ACB), no Comércio, um pouco do que vai ser o desfile deste ano no Carnaval do Rio de Janeiro.
Acompanhados pela bateria do Olodum, o casal de mestre-sala e porta-bandeira e as passistas da Portela animaram os que passavam pelo local.
“Estamos em Salvador para levar um pouco do axé para o Sambódromo. Vamos aproveitar para pedir ao Senhor do Bonfim muito axé para o nosso desfile na Marquês de Sapucaí e sermos os campeões”, afirmou o mestre-sala.
“Estar aqui nos inspira a fazer um desfile ainda mais bonito. Conhecer de perto a Lavagem do Bonfim é muito bom, já que vamos retratá-la durante o desfile”, disse a porta-bandeira Jeane.
Um dos maiores exemplos do sincretismo religioso da Bahia, a Lavagem do Bonfim reúne elementos do catolicismo e do candomblé. Nas escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, baianas vestidas com suas roupas típicas seguram vasos com água-de-cheiro para lavar as escadarias e também o adro do templo. Devotos e grupos de afoxé se vestem de branco em homenagem a Oxalá (candomblé) e cantam o hino para louvar o Senhor do Bonfim (catolicismo).
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