
Em algo mais que trezentos anos de tráfico negreiro, Angola contribuiu com a maior das parcelas do contingente escravo trazido ao Brasil, algo próximo a quatro milhões, homens e mulheres que virão roubadas a sua dignidade, a sua liberdade e o seu poder de decisão sobre seus corpos e seus filhos. A cada negreiro que levantava velas do porto de Luanda eram mais mortes e sangue derramado no "tenebroso mar" atlântico, quem aqui chegava estava por encontrar mais crueldade, novos costumes capitaneados pela tirania e pela eterna vontade lusitana de fazê-los desumanos. Neste quadro de horror os fortes, posto que é preciso ser para enfrentar sem se render, pouco a pouco foram marcando este chão com suas raízes, sua África do semba nos legou o

E segue na Missão... De semear humildade, unindo povos, unindo talentos como os de quem faz obra tão oportuna, retrato de samba moderno e tradicional na junção de momentos grandiosos da parceria campeonissima. É mágico ver elementos novos sendo trazidos ao samba enredo, para quem sabe iluminar novas cabeças coroadas de nossas escolas, falo do contracanto que de forma alguma macula ou deturpa a essência do samba e sim vem engrandecer, inovar... Melodia e letra inspiradas, algo assim com requinte de beleza, quem sabe o sonho de um sonho... de André Dinis, Arlindo Cruz, Evandro, Leonel e Arthur.
O tambor africano ecoando nos tambores da vila, excelência de percussão em busca do ritmo tão íntimo de nossos ancestrais, há de soar histórias, luta e libertação... a saga aqui perpetuada ao quebrar correntes e manter nossos os elos de amor.

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