domingo, 4 de dezembro de 2011

Na quadra da Vila Isabel, Quitéria Chagas ensina a dançar o Kuduro

Dança é originária de Angola, país africano que será tema do enredo da escola de samba em 2012.



Quitéria Chagas ensina o Kuduro (Foto: Marcos Serra Lima/ EGO)Quitéria Chagas ensina o Kuduro ao som dos ritmistas da Vila Isabel 
Segundo a língua angolana kimbundo, a palavra "Kuduro" quer dizer exatamente aquilo que parece: bumbum imóvel. Ela é também o nome de uma dança e de um ritmo originários de Angola que, além de já ter se tornado um hit no Brasil (especialmente pela versão feita pelo cantor Latino), fará parte também do desfile da Vila Isabel no carnaval 2012. Nas "paradinhas" da bateria da escola de samba, cujo enredo é "Você 'semba' lá, que eu sambo cá! O canto livre de Angola", serão introduzidos elementos do Kuduro.
 Para entender melhor a dança - e adiantar um pouquinho do que veremos na Sapucaí -, a imprensa convocou a atriz Quitéria Chagas, musa da Vila Isabel. No vídeo ao lado, ela ensina a dançar o Kuduro com a ajuda de alguns dos mais de trezendos ritmistas da escola, comandados pelos mestres Paulinho, Wallan e Mug. "Aprendi a dançar em Angola, durante um viagem que fiz a trabalho. Tive muita facilidade porque, além de ser neta de angolanos, sou formada em dança desde 2000. O fato de ser atriz também ajuda a interpretar melhor a música, o ritmo", disse Quitéria.
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A atriz contou ainda que adaptou movimentos mais sensuais ao Kuduro para o desfile da Vila Isabel, já que uma das principais características da dança é o quadril duro - o oposto do que exige o samba. "Mas em Angola a dança é considerada sensual. Aliás, a sensualidade lá é muito aguçada, mas eles não a enxergam com a conotação sexual que damos aqui", avaliou Quitéria. Ela observou também que estrelas da música como Rihanna e Beyoncé costumam usar elementos do Kuduro em suas apresentações. "Só que mais estilizados", avaliou.
A maior dificuldade ar dançar o Kuduro, segundo Quitéria, é sincronizar a flexão dos joelhos para dentro e para fora com o movimento dos braços, no sentido contrário. "Como adaptamos a dança para o samba, tenho também que juntar com o rebolado para não ficar desengonçado. Mesmo assim, não deixa de ser uma dança engraçada, divertida", disse.
Agradecimentos: Ateliê Valéria Costa e G.R.E.S Unidos de Vila Isabel

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