segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

E a arte do gênio João...



Neste sábado último, a Presidente Dilma Rousseff, mandou divulgar duas notas em razão de grandes perdas para nosso país: O Carnaval do Brasil fica mais triste sem a alegria e o talento de Joãosinho Trinta... É  uma perda enorme para vida cultural brasileira... em relação ao consagrado ator Sérgio Brito. Perdas no campo da cultura que deixam grandes lacunas, nos restando a esperança de acreditar que seus legados sejam preservados e que o talento dos jovens encontre amparo em obras tão marcantes para construção do futuro da cultura no Brasil.

Tive a honra de conhecer Joãosinho Trinta no ano de 2001, estava eu compondo para um dos melhores enredos que já havia lido. Gentileza, O Profeta do Fogo, na Acadêmicos do Grande Rio, me deu o privilégio de estar próximo ao gênio criador de João, uma sinopse de abordagem direta que facilitou muito meu trabalho. Posteriormente, na fase de pesquisa de minha monografia, percebi ser este artista do carnaval, alguém a frente do seu tempo, a verdadeira essência da criatividade e da inspiração construídas pela revolução salgueirense, se fosse falar dos grandes valores  que a Academia do Samba nos deu estas letras nada seriam.

Em 2007 na Beija Flor ganhei uma camisa com a ilustração dos anos dos campeonatos Nilopolitanos e mais uma vez constatei a grandeza do Maranhense que aqui chegou para se dedicar a dança e fez uma cidade inteira dançar em virtude de sua magia, seus carnavais, seus campeonatos. Pentacampeão, feito inédito, fato marcante.


João deu vida as alegorias, reinventou as fantasias e buscou novos temas para nossa festa, o amigo Neguinho da Beija Flor ontem afirmou com propriedade: conheço dois carnavais: o antes e o depois de João...  Este ano com o poema encantado do Maranhão o carnavalesco Joãosinho volta a sua grande campeã.

Vai menino, vai descansar com o Rei de França em sua corte, Vai descubra de vez o segredo de Salomão e se por acaso deu Leão foi mais um truque do seu reinado, eu sei o quanto você chorou com as lágrimas de Vovó e na criação do mundo... a tradição Nagô ficou mais perto de nós. Vai que o sol da meia noite raiou na grande constelação e se das trevas fez-se a luz o seu destino é brilhar, estrela...

Por ora me acerco da obra A Peça que falta... do pensador mineiro Geraldo Eustáquio pra tentar traduzir o porquê de tanto amor a arte:

Amor é a peça que falta

no quebra-cabeça da vida

a que resolve todos enigmas,

revela todos os mistérios,

remove todos as contradições...

(...)A peça que dá sentidos a todas as demais...

João se acaso puder me ouvir, nesta sua nova caminhada em busca da luz, eu lhe peço obrigado: por todos os dias de carnaval e por toda forma de alegria, Ratos e Urubus larguem minha fantasia...

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