sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Das batidas do tambor, dos terreiros... Surgiu o nosso samba!



O samba carioca foi proclamado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 30 de novembro de 2007. O reconhecimento do samba carioca como patrimônio cultural do Brasil foi um passo importantíssimo, o primeiro de muitos outros necessários, na direção da valorização das comunidades tradicionais de sambistas - as velhas guardas, os compositores e ritmistas, as baianas, passistas - e de suas raízes afro-brasileiras, fundamentais na construção do país.

O samba é uma forma de vida e de expressão coletiva. A criação de um samba pode, num primeiro momento, acontecer num quintal de uma casa, com um único compositor ou um pequeno grupo compondo.
Foto: Centro Cultural Cartola

No Rio, ele nasceu nas comunidades mais pobres, basicamente formadas por afro-descendentes, que lutavam duramente nas primeiras décadas do século passado por seus direitos e pela sua cidadania, contra o preconceito e a perseguição. Foi nesse contexto que o samba carioca e as escolas de samba apareceram, como declarações de uma identidade comunitária - e, depois, nacional - e expressões de vida, de dificuldades sim, mas também de profunda alegria. O samba é alegria de viver. Em canto, ritmo e dança.

O samba é, por natureza, democrático: reúne, agrega, mobiliza; o samba é aberto, a todas as etnias, a todas as religiões, a todas as classes, conquistou as ruas e o coração da cidade do Rio e do país, transformando em símbolo da nacionalidade. Mas a luta não acabou.

Hoje dia Nacional do Samba, peço a benção aos nossos "cabeças coroadas",  e meus respeitos a todos os sambistas que mantém viva nossa matriz cultural.

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