O samba é uma forma de vida e de expressão coletiva. A criação de um samba pode, num primeiro momento, acontecer num quintal de uma casa, com um único compositor ou um pequeno grupo compondo.
No Rio, ele nasceu nas comunidades mais pobres, basicamente formadas por afro-descendentes, que lutavam duramente nas primeiras décadas do século passado por seus direitos e pela sua cidadania, contra o preconceito e a perseguição. Foi nesse contexto que o samba carioca e as escolas de samba apareceram, como declarações de uma identidade comunitária - e, depois, nacional - e expressões de vida, de dificuldades sim, mas também de profunda alegria. O samba é alegria de viver. Em canto, ritmo e dança.
O samba é, por natureza, democrático: reúne, agrega, mobiliza; o samba é aberto, a todas as etnias, a todas as religiões, a todas as classes, conquistou as ruas e o coração da cidade do Rio e do país, transformando em símbolo da nacionalidade. Mas a luta não acabou.
Hoje dia Nacional do Samba, peço a benção aos nossos "cabeças coroadas", e meus respeitos a todos os sambistas que mantém viva nossa matriz cultural.
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