terça-feira, 30 de agosto de 2011

'Os mangueirenses são muito intensos', diz Marcella Alves



Foto: Luana Freitas - SRZDPrestes a ensaiar seu novo bailado, a premiada porta-bandeira Marcella Alves apresentou ao SRZD-Carnaval os primeiros passos rumo à próxima tarefa de defender o pavilhão da Estação Primeira de Mangueira. Junto com o mestre-sala Raphael Rodrigues, ela comemora o retorno de Beth Alexandre, dançarina que os ajuda na preparação corporal.

Única porta-bandeira a conquistar a nota máxima em 2011, Marcella não se ilude com os números. "Ninguém é 10, a gente está 10", frisa citando o seu parceiro. Ciente das possíveis oscilações de desempenho que possam vir a alterar o planejamento de sua performance perante os jurados, a porta-bandeira aposta no autoconhecimento para se superar constantemente na Avenida.

"Eu costumo me comparar comigo mesma. O Raphael e eu assistimos aos nossos vídeos dos anos anteriores para perceber o que a gente pode melhorar", revela. Enfática ao eleger 2011 como o ano mais feliz de sua vida, Marcella atribue parte dessa emoção ao sentimento de dever cumprido após a apresentação no último Carnaval.

Inspirada na cartilha mangueirense, a porta-bandeira reconhece os sábios ensinamentos de um baluarte.

"Recebi conselhos maravilhosos do Seu Delegado. Ao resgatar a história do casal de mestre-sala e porta-bandeira, vi que às vezes me prendia a muitos detalhes técnicos e deixava o pavilhão de lado. Porém, nós não existimos sem o pavilhão", conclui.

Nascida no Lins de Vasconcellos, Marcella desde cedo se acostumou às cores verde e rosa, devido ao pavilhão da escola do bairro, a Lins Imperial. Defender as mesmas tonalidades no Grupo Especial demanda mais responsabilidade, segundo a porta-bandeira. "Os mangueirenses são muito intensos. Eles não querem saber de onde você vem, quem é você ou como você se veste. Eles querem que você defenda a escola com um trabalho constante", relata.
Foto: Luana Freitas - SRZD

Sobre as cores de sua nova fantasia, Marcella afirmou que irá se reunir com o carnavalesco Cid Carvalho na semana que vem para falar do figurino. Ela não dá pistas sobre o significado da indumentária, mas abre um sorriso ao lembrar de um pedido. "Eu falei para o Cid: 'Eu queria tanto vir de índia!' Mas ele foi logo dizendo: 'Tudo menos índia, porque vai ser muito óbvio'", diverte-se.

Extramamente agradecida pelo reconhecimento da imprensa carnavalesca ao seu trabalho este ano, Marcella, por compromissos de trabalho, não pode comparecer há algumas cerimônias de premiação. Porém, ela demonstra a alegria de segurar um troféu com a mesma leveza com a qual se movimenta sob o asfalto da Passarela do Samba.

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