Após voltar para a escola no ano passado, Schall demonstra firmeza no propósito de querer a melhor ilustração visual e musical para o desfile que irá homenagear o país africano.
Elo entre Brasil e Angola, o cantor e compositor Martinho da Vila teve sua importância ressaltada por Schall. "Ele é o nosso mentor. Estamos falando de uma nação onde ele é um ícone e, por isso, queremos que os angolanos se reconheçam na Avenida. Temos também a obrigação de passar informações relevantes a milhões de pessoas que estarão assistindo ao desfile da Vila Isabel", defende.
Sobre a fundamentação do enredo, Schall aponta o trabalho intenso de Rosa Magalhães e Alex Varella para conceber a narrativa.
"Eles fizeram uma pesquisa exaustiva. Prova disso é que muitos sambas-enredo alcançaram o que era pedido na sinopse. O que se comenta na Vila é que temos a melhor safra dos últimos anos, o que demonstra também a consistência do trabalho dos compositores", expressa.
Fator visto como estratégico para a Vila Isabel, a posição no desfile oficial já demanda planejamento da comissão de Carnaval.
A preocupação com as cores a serem utilizadas, os materiais que melhor se adequem a um possível dia claro e um samba capaz de manter o público empolgado é iminente.
"Além desses detalhes, um dos nossos diferenciais será a conscientização dos componentes sobre o nível do desfile que pretendemos fazer", destaca.
Em relação às comparações com o enredo campeão "Kizoma - Festa da Raça", de 1988, também com uma temática afro, Schall é objetivo ao comentar a coincidência. "Não queremos reeditar Kizomba. Vamos fazer Angola produzindo originalmente uma obra nova.", ressalta.
Ciente de que é preciso apresentar o país ao mundo com profundidade por meio do Carnaval, Schall sabe a capacidade que o tempo possui para tornar um desfile memorável. "Escola de samba que se preze não pode usar seus 82 minutos de desfile para mostrar qualquer coisa", finaliza.
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