Ê Maranhão! Ê Maranhão! Não é um enredo inédito, não é, longe disso, mas tem uma história linda e com a possibilidade de trazer novos elementos cênicos à grande campeã de 2011. É bom lembrar que um dos melhores desfiles da Deusa da passarela na última década foi Agotime, Maria Mineira Naê, em 2001, com auxílio super luxuoso da maravilha de samba composto por Deo, Caruso e Kleber, pois bem, é só aguardar o poema encantado da Beija-Flor de Nilópolis, gol. E a Tijuca, um verdadeiro caso a parte nos últimos anos trazendo a modernidade e o engenho de Paulo Barros a serviço do grande espetáculo, vem de Luis Gonzaga, o Rei do Baião. Alguns pseudo entendidos na matéria carnavalesca torceram o nariz para o enredo da azul e amarelo do Borel e chegam a afirmar que apesar de ser um grande tema, não tem nada a ver com o estilo de Paulo Barros. Vejo que a história de personalidade tão marcante na formação de nossa identidade musical pode proporcionar inúmeros elementos a serem carnavalizados. Acho que o Luiz Gonzaga de Paulo Barros há de ser genial como é o momento do carnavalesco, 2 x 0.
Sou cacique, sou Mangueira... No último mês, fizemos um texto considerando a sinopse do enredo da Estação Primeira e nesta época já percebíamos a grandeza e a essência do tema verde e rosa. É de se louvar a busca de valores tão importantes para nossas raízes e por vezes tão esquecidos, mais um ponto. A Vila Isabel de Kizomba parece muito mais forte quando se encontra em enredos de temática Africana ou Afro-Brasileira. A escola que fez a Festa da Raça já possuía, muito antes do grandioso ano de 1988, um histórico de enredos de fazer inveja e a Angola da Vila e de Rosa Magalhães há de ser coroada com a força da comunidade de Isabel, 4 x 0 é goleada. Mais uma homenagem, mais um grande nordestino e o possível reencontro da Imperatriz e Max Lopes com o seu melhor, a escola que em 2011 surpreendeu, geralmente vem com força quando adota temas de homenagens. Como Max se propõe e tão bem sabe fazer, resta aguardar o amado Jorge da verde e branco de Ramos, pois quem não sabe o que é sambar não sabe o que é Imperatriz... O cordel Branco Encarnado do Salgueiro também alvo desta coluna, no texto anterior, é mais um caso da reação das escolas de samba para o Carnaval de 2012 e mais uma história coroada pela cultura nordestina. Seis escolas e seis grande temas.
Por ti hei de fazer o Portinari mais bonito que esta galeria de artes em movimento já viu, por ti Mocidade, renovada, reforçada e reestruturada, Por ti a comunidade se engrandece para sambar e retomar o caminho de grandes Carnavais. Sete parece número de mentiroso, então, prosseguimos. A São Clemente aposta num grande musical para conquistar o público, receita inúmeras vezes desfilante na avenida e que mais uma vez promete ser uma grande trilha sonora, isso dá samba, isso é Carnaval, show; A Grande Rio foi a escola que mais sofreu e mais se superou no corrente ano e resolveu buscar na força de seus componentes e de personagens que no âmago da adversidade encontraram o caminho para lutar e se erguer, o seu tema em razão do campeonato tão sonhado, isto é superação, são 09 x 0 para grandes ideias, dá um show Caxias. A União da Ilha do Governador, escola que tem evoluído de maneira muito veloz nos últimos dois anos, de maneira que parece ponto pacífico que disputaria as primeiras colocações em 2012, vem com um tema que de longe é o mais Ilha dos últimos carnavais, um tema que de certo só pode funcionar em uma escola leve, que evolua com fluência e que tenha na descontração de seu componente razão para um porre de felicidade, dez nota dez. Romero Brito, o pintor da alegria, dá o tom da folia, mais uma vez Nordeste, mais um grande gênio da pintura, mais uma novidade para o Carnaval, a escola do largo do tanque, Renascer de Jacarepaguá vai debutar no grupo especial com tema de gente grande, e bem a propósito para engrandecer um dos maiores bairros da cidade maravilhosa, cores e formas para todos os gostos. Parabéns à escolha tão interessante, um quadro de beleza a ser pintado em movimento na passarela do samba. Por aqui, temos 11 enredos e pouquíssimos senões, uma ou outra questão de gosto, o que não se discute e tende a levar a temática do Carnaval de 2012 a ser mais voltada à cultura e ao cuidado com enredos dos últimos anos, visto que o quesito é digno de influenciar outros mais. É por isso que Zé Keti soa tão bem, afinal este carnaval não vai ser igual àquele que passou... Eu não brinquei e você não brincou... Até Quarta Feira... Como disse o mestre.
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