Nome completo: Aroldo Forde
      Ano         de nascimento: 1930
        Ano de falecimento: 2008
Aroldo         Melodia pode ser considerado o pai de um tipo de puxador         de samba: o “enterteiner”, um animador de         público e da escola, avô dos atuais MC’s         (mestres-de-cerimônias na cultura hip-hop). Antes, havia         dois tipos: um cantor profissional que, na época de         carnaval, defendia um samba-enredo na avenida (Jamelão,         Jorge Goulart, Elza Soares, Pery Ribeiro, Marlene,         Roberto Ribeiro) e um sambista da comunidade, que dava a         largada nas primeiras viradas do samba no desfile (Noel         Rosa de Oliveira no Salgueiro, Garganta de Ferro na Vila         Isabel, Silvinho do Pandeiro na Portela).                              
É neste cenário que chega         Aroldo Fiorde, apelidado “Melodia” graças ao         vozeirão e a pecha de compositor moldada nas rodas de         samba e gafieiras da Ilha do Governador. Passou por         diversos blocos carnavalescos do outro lado da Baía de         Guanabara (Guerreiros da Ilha, Boi da Ilha) até chegar         à União da Ilha do Governador na época em que         desfilava na Praça XI. Aroldo Melodia foi um dos         protagonistas da projeção e da fase áurea que a escola         tricolor teve – da segunda metade dos anos 70 até a         primeira metade da década de 80 – quando consagrou         o estilo bom, bonito e barato de fazer carnaval, apesar         de nunca ter conquistado um título no Grupo Especial.  
Aroldo Melodia foi responsável         por instituir os hoje obrigatórios gritos de         empolgação tanto para a escola que desfila (vamos lá,         bateria; gira minhas baianas) quanto para o povo que         assiste (canta, meu povo). Após marcar sua passagem na         União da Ilha, Aroldo também emprestou seu talento à         Mocidade Independente de Padre Miguel, Acadêmicos de         Santa Cruz, Caprichosos de Pilares, Unidos da Ponte e         até na pequena Camisolão, de Niterói. Em 1986, foi         contemplado com um Estandarte de Ouro de melhor puxador.                
A trajetória de Aroldo Melodia foi interrompida devido a um derrame sofrido logo após o carnaval de 1996, o que obrigou o velho intérprete a andar de cadeira de rodas e se afastar do microfone no desfile principal. Seu último registro fonográfico está presente no CD do Grupo de Acesso de 2006, em que gravou, com Rixxa, a faixa da escola de samba Flor da Idade. Aroldo faleceu em 2 de julho de 2008, vítima de falência múltipla dos órgãos causadas por insuficiência cardíaca e respiratória. Seu estilo deixou diversos discípulos, entre eles, seu filho Ito, que começou como apoio de seu próprio pai. 
INÍCIO: blocos carnavalescos da Ilha         do Governador, como os Guerreiros da Ilha e o Boi da         Ilha.                                   







Cantando com Jamelão

Com o filho Ito, no desfile de 2002

Com Quinho
 
1970 a 1983 – União da Ilha do         Governador  
1981 a 1983 – Camisolão         (Niterói) 
1983, 1985 e 1993 - Sem Compromisso (Manaus, na gravação do LP)  
1984 – Mocidade Independente de         Padre Miguel   
1985 (Grupo Especial) e 1986 (Grupo         Acesso) – Acadêmicos de Santa Cruz   
1986 e 1987 – União da Ilha                
1989 (Grupo Especial) e 1990 (Acesso)         – Unidos da Ponte   
1990 – Caprichosos de Pilares                
1991 e 1992 – União da Ilha                
1995 e 1996 – União da Ilha          
GRITO DE         GUERRA: Canta,         minha Ilha   
GRITOS DE         EMPOLGAÇÃO:         “segura a marimba”; “há-hay”;         “eu falei”; “segura, segura,         segura”, “lindo, lindo, lindo”.   
Principais         composições:         “Lendas e festas das Yabás” (74, com         Leôncio), “O que será?” (79, com Didi),         “Azul, vermelho e branco” (samba de quadra).   
Estandarte de Ouro: 1986
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Cantando com Jamelão

Com o filho Ito, no desfile de 2002

Com Quinho


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