Era uma manhã ensolarada de março. E Arlindo Rodrigues nos disse:
“Eu fiz as duas coisas: o luxo e o humor de Lamartine. E tenho certeza que dará um bom desfile.”
Mais que isso, a Imperatriz fez um grande carnaval com o enredo "O Teu Cabelo Não Nega"
Abertura do desfile campeão de 1981
“Neste palco iluminado
Só da Lalá
És presente, imortal
Só da Lalá!...
Nossa escola se encanta
O povão se agiganta
É dono do carnaval...”
Com notas máximas, a bateria ajudou a escola na conquista do bi.
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Em verde e rosa, lindo carnaval, bela época quando o poeta floresceu... Homenageando Braguinha, capitaneada pela voz potente de Jamelão, a Mangueira realizou um desfile inesquecível no Carnaval de 1984.
Estação Primeira - Supercampeã no ano de inauguração da Passarela do Samba com o enredo "Yes, Nós Temos Braguinha"
“Carnaval...
O povo vibra de alegria
Ao cantar a tua poesia
Será que hoje tudo já mudou
Onde andará o arlequim tão sonhador?
Chora pierrô, chora
Se a tua colombina foi embora...”
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Noite de carnaval. E o palco dos desfiles era em nova avenida. O Salgueiro buscava no Maranhão a inspiração para o seu desfile campeão.
Salgueiro - Campeão de 1974 com o enredo "O Rei de França na Ilha da Assombração"
“Contam que o rei criança
Viu o Reino de França no Maranhão.
Das matas fez-se o salão dos espelhos
Em candelabros palmeirais...”
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Da imaginação e talento de um certo Viriato, a Portela desaguou na avenida como fonte. Eram as maravilhas do mar, das quais fez-se o esplendor de uma noite.
1981 - Portela 3ª colocada com samba antológico de David Correa e Jorge Macedo
“Amor sorria, ôôô
Um novo dia despertou.
E lá vou eu
Pela imensidão do mar
Esta onda que borda a Avenida de espuma
Me arrasta a sambar...”
A cantora Clara Nunes e a velha guarda em meio ao desfile
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Vencer era preciso. E se Cabral partiu de Portugal com destino às Índias, a Mocidade partiu para a sua primeira vitória ao iniciar o seu esperado desfile de 1979.
"O Descobrimento do Brasil" - Enredo de Arlindo Rodrigues que deu o primeiro grande campeonato à Mocidade Independente
“Cabral, comandando as caravelas
Ia fazer a transação com o cravo e a canela
E de repente o mar
Transformou-se em calmaria
Mas deus Netuno apareceu
Dando aquele toque de magia
E uma nova terra Cabral descobria...”
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Terra, Lua, Sol, Bolas... O Mundo é uma Bola. Joãozinho, um gênio. A chuva lavou a alma dos sambistas de Nilópolis, que cantaram empolgados: “é milenar a invenção do futebol”
Beija-Flor 86 - 2º lugar
“Brasil, Brasil, Brasil
Canta forte e explode de alegria
O mundo é uma bola
Girando, girando
Em plena euforia...”
No enredo "O Mundo é uma Bola", a lembrança dos grandes clubes cariocas
“O meu Rio de Janeiro
O ano inteiro é samba e Maracanã...”
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A coroa imperial girou para enaltecer a República em seu centenário. Linda, a Imperatriz superou o insuperável “Ratos e Urubus”, cantando "Liberdade, liberdade, Abre as Asas sobre Nós"
Imperatriz Leopoldinense - Campeã do carnaval de 1989
“Vem ver, vem reviver comigo, amor
O centenário em poesia
Nesta pátria mãe querida
O Império decadente
Muito rico e incoerente
Era fidalguia...”
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Eu sonhei... E o amanhã, como será? Como vai ser o meu destino? Era a tricolor insulana, da carnavalesca Maria Augusta, enchendo de alegria a Rua Marquês de Sapucaí.
União da Ilha - 4º lugar em 1978 com o enredo "O Amanhã"
“A cigana leu o meu destino
Eu sonhei
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei...”
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Valeu, Zumbi... Valeu, Vila Isabel! A Kizomba de Martinho entrou para a história em um desfile de superação. Foi a festa da raça negra nos 100 anos da Lei Áurea.
1988 - Vila Isabel conquista seu primeiro título entre as grandes escolas com o enredo "Kizomba, A Festa da Raça"
“Vem a lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede é nossa sede
De que o Apartheid se destrua...”
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E por falar na raça negra, voltamos a 1983, quando uma grande constelação, formada por estrelas como Clementina de Jesus, Grande Otelo, Pelé e Pinah, brilhou sob o sol do meio-dia.
Clementina de Jesus, um dos destaques do desfile campeão da Beija-Flor
“Ôôô yaôs, quanto amor
Quanto amor...
As pretas velhas yaôs
Vem cantando em seu louvor...”
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Uma pequena notável sob o olhar de um artista grande e genial. Era 1972 e Fernando Pinto surpreendia o carnaval com “Alô, Alô, Taí Carmem Miranda”. Era o Império Serrano campeão depois de 12 anos.
“Uma pequena notável
Cantou muito samba
É motivo de carnaval
Pandeiro, camisa listrada
Tornou a baiana internacional...”
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Saudadeando o que sumiu no dia-a-dia, caprichosamente a escola de Pilares “botou fogo” na avenida.
Caprichosos de Pilares - 5º lugar no Carnaval de 1985 com o enredo "E por Falar em Saudade"
“Onde andam vocês, antigos carnavais
Dos sambistas imortais, bordados de poesia
Velhos tempos que não voltam mais
E no progresso da folia
Tem bumbum de fora pra chuchu
Qualquer dia é todo mundo nu...”
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Teve festa na Avenida: "Festa para um Rei Negro". E não houve quem não cantasse junto com o Salgueiro.
1971 - Salgueiro campeão
“O-lê-lê, o-la-la,
Pega no ganzê
Pega no ganzá.
Nos anais da nossa história
Vamos relembrar
Personagens de outrora
Que iremos recordar...”
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“Praça Onze, Candelária, Sapecaí...” Da idéia original de Fernando Pamplona ao carnaval preparado por Rosa Magalhães e Licia Lacerda, o Império foi só alegria.
Império Serrano 82 - campeão com o enredo "Bumbum, Paticumbum Prugurundum
"Super Escolas de Samba S.A. | |
Super alegorias | |
Escondendo gente bamba | |
Que covardia | |
Bumbum Paticumbum Prugurundum | |
O nosso samba minha gente é isso aí | |
Bumbum Paticumbum Prugurundum | |
Contagiando a Marquês de Sapucaí..." |
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Avançou no tempo e nas estrelas fez o seu ziriguidum. A Mocidade levou o samba ao espaço sideral e a sua estrela no céu brilhou.
Carnaval 85 - Mocidade é campeã com o genial "Ziriguidum 2001", do carnavalesco Fernando Pinto
"Quero ver no céu minha estrela brilhar | |
Escrever meus versos na luz do luar | |
Vou fazer todo o universo sambar. | |
Até os astros irradiam mais fulgor | |
A própria vida de alegria se enfeitou, | |
Está em festa o espaço sideral, | |
Vibra o universo, hoje é carnaval..." *** |
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