sábado, 9 de abril de 2011

Angola é o enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2012


Durante sua feijoada mensal, que serviu como festa da posse do presidente Wilsinho, a direção da Vila Isabel aproveitou para anunciar o enredo de 2012. Com a ilustre presença de Martinho da Vila, o mesmo falou que Angola será o enredo para o desfile do ano que vem. Martinho possui forte ligação com o país africano.

A carnavalesca Rosa Magalhães será a responsável pela produção da sinopse, alegorias e fantasias da escola. Vale lembrar que a Beija-Flor, atual campeã do carnaval, também queria ter Angola como seu enredo.
Na feijoada, a Vila Isabel também confirmou e apresentou mestre Paulinho, ex-Beija-Flor, como novo comandante da bateria. Ele entra no lugar de Átila. Wallan, sobrinho de mestre Mug, também será um dos diretores.

Veja o trechado retirado do site do cantor sobre a sua relação com Angola:

"Martinho tem uma relação muito especial com a África, em especial com Angola. O cantor fez sua primeira viagem ao continente negro no início de sua carreira, ainda nos anos 70. Durante muitos anos, foi a ponde ligação entre o Brasil e Angola - sendo considerado Embaixador Cultural - em uma época que o país africano não era representado por uma embaixada em nosso país.

Das várias apresentações realizadas em Angola, deve se destacar o projeto Kalunga. Idealizado por Martinho e dirigido por Fernando Faro, foi realizado no início dos anos 80.  Foram feitos memoráveis shows por várias regiões do país, que contaram com uma seleção de artistas brasileiros, como os saudosos Dorival Caymmi, João Nogueira e Clara Nunes. O projeto também contou com a presença de Chico Buarque de Holanda, Miúcha, Djavan, Dona Ivone Lara entre outros.

Três anos mais tarde, Martinho reverteu o caminho. Elaborou o Canto Livre de Angola, que trouxe aos brasileiros - até então pouco conhecida - a música angolana. O canto livre trouxe vários artistas, como Elias Dia Kimuezo, considerado o rei da música em Angola. Foram realizados shows no Rio, São Paulo e Salvador. As apresentações foram tão emocionantes, que foram registradas ao vivo no LP "Canto Livre de Angola" (Reeditado/editado em CD, anos mais tarde pela ZFM Records, sob o título de "Angola Canta").

A experiência foi tão entusiasmante, que um ano após o Canto Livre, Martinho criou um grupo de trabalho, que realizou o primeiro encontro de artes negras - O Kizomba. Nestes encontros foram trazidos artistas e  personalidades não só de Angola, ou da África, mas de outros países como EUA, além de contar com a participação de vários artistas nacionais".


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