quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Nova sede da Mangueira terá dois blocos e quadra para 20 mil pessoas

Com projeto da arquiteta Meire Barbosa, escola de samba carioca deve ter obras iniciadas neste ano com custo estimado de R$ 15 milhões



A arquiteta Meire Barbosa está desenvolvendo o projeto para a nova sede da Estação Primeira de Mangueira, uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. O estudo preliminar está finalizado e teve sua maquete apresentada pelo presidente da escola, Ivo Meirelles, em um ensaio técnico da escola.

Divulgação: Meire Barbosa
Maquete do projeto foi apresentada durante ensaio técnico da escola

Segundo a arquiteta, "os estudos se iniciaram em julho de 2009, com constantes visitas técnicas e participações nos eventos realizados para avaliação de necessidades e de toda logística operacional que o espaço requer". Restam agora a efetivação do anteprojeto, do projeto executivo e o projeto legal, sendo que a obra deverá ser iniciada já em 2011, com a demolição e limpeza do terreno localizado no morro da Mangueira, zona Norte da cidade.
O projeto está orçado em R$ 15 milhões, recurso que deve ser pleiteado inicialmente junto ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e engloba três blocos: o novo Palácio do Samba, com a quadra de ensaios, o Clube Bateria e um prédio administrativo, onde haverá espaço para cursos e oficinas para a comunidade e estacionamento com 1,5 mil vagas. Todos os três blocos terão aproximadamente 68 mil m², construídos em área de aproximadamente 27 mil m².

Divulgação: Meire Barbosa
Projeto inclui quadra de ensaios, clube bateria e espaço para cursos e oficinas

De acordo com a arquiteta, "o objetivo principal ao elaborar o projeto foi propiciar um ambiente mais saudável, dinâmico, funcional, organizado e confortável a toda comunidade, funcionários, turistas e visitantes". "Os espaços são flexíveis e adaptáveis a diferentes usos, servindo como um atrativo na integração entre a Estação Primeira de Mangueira e a comunidade", disse.
Os edifícios contam ainda com estacionamento interno, heliponto, lojas e restaurante com vista panorâmica. O uso de rampas, elevadores e plataformas mecânicas permitem acesso a todos os níveis do projeto.
Parte mais importante do complexo, "a quadra para 20 mil pessoas configurará um marco urbano importante para a região, agregando valor não só à Mangueira mas a toda a área em torno", diz Meire. Segundo a arquiteta, as instalações da quadra acomodarão os ensaios da escola e deverão receber também shows e eventos externos, além de atrair turistas para o local. Além disso, a quadra terá sua face voltada para rua e deverá ser revestida com vidros para permitir a visão e a integração dos visitantes que estão chegando.
Segundo Meire, "o uso de acabamentos e materiais como vidro, acrílico, concreto aparente e metal são equilibrados com muita área verde, criando uma atmosfera tipicamente carioca". A fachada se define pelas linhas retas, composta por marquises e grandes varandas em balanço, utilizando as cores da escola: verde e rosa. "Os painéis de acrílico receberão placas de leds, permitindo a composição variada de luzes e sombras em tons de verde e rosa", finaliza a arquiteta.

Divulgação: Meire Barbosa
Espaços são flexíveis e adaptáveis a diferentes usos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PESQUISAR