
- Temos um enredo biográfico e estamos preparando um desfile diferente de outros que homagearam pessoas na avenida. Estamos criando um espetáculo de leitura fácil. Quem olhar para as alegorias e fantasias vai entender o que está sendo contado. O mangueirense gosta de ver a escola e saber exatamente do que o desfile está falando. Um dos nossos maiores trunfos é a simplicidade. Com isso esperamos acertar em cheio o coração do componente, pois quando pisamos na avenida já da para a gente saber se o desfile vai ou não "acontecer" - explicou o diretor de carnaval Jeferson Carlos.

Uma grande atração deste início é o trecho em referência ao bar Zicartola, que ficou famoso na noite carioca por ser propriedade de Dona Zica e Cartola. Pelos palcos do "boteco" passaram diversas personalidade da MPB e dali surgiram nomes como Paulinho da Viola. A partir do Zicartola é que as rodas de samba foram popularizadas pelo Rio de Janeiro, incluíndo o famoso encontro de bambas do Teatro Opinião às segundas-feiras.
Casal novamente na frente da bateria

Após passar pela vida de Nelson Cavaquinho, o desfile versará sobre as composições do poeta. Quem nunca ouviu obras-primas musicais como "A flor e o espinho", "Juízo final", "Sempre Mangueira", entre outras. Essas canções serão lembradas em alas na segunda metade da verde e rosa.

Os passistas também foram valorizados na concepção das fantasias. Os donos do samba no pé representarão " a garça e o boêmio". Nem sempre as diretorias e carnavalescos dão o devido valor para esses componentes. O que na Mangueira não aconteceu. Um dos fatores apontado pelo diretor de carnaval foi o trabalho de pesquisa que a fantasia da ala de passistas demandou, principalmente no traje masculino feito em linho puro com risca de giz. - Ainda não fiz o levantamento de valores que gastamos com essas roupas, mas digo que não foi pouco. A roupa do passista masculino é inteira de linho original. Quem é do meio sabe que esse não é um material dos mais baratos, ainda mais com riscas de giz.

No encerramento, a Mangueira faz uma grande festa para louvar um de maiores seus poetas. Com quatro mil componentes, divididos em 35 alas e oito alegorias, a verde e rosa entrará na Marquês de Sapucaí, com a espeança que a emoção supere as dificuldades financeiras e soltar o grito de campeã, conquistando um título que não vem desde 2002.
ORGANOGRAMA
Comissão de Frente
Setor 1: "A Mangueira me chama"
Baianinhas: "Flores em vida"
Setor 2: "Boemia da Canção"
Setor 3: "Zicartola"
Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Bateria
Passistas: "A garça e o boemio"
Setor 4: "Pranto de Poeta"
2° Casal de mestre-sala e porta-bandeira
Setor 5 "Palhaço do amor"
Baianas: "Folhas secas"
Setor 6 "A volta da minha raíz"
Setor 7: "Juízo final"
Setor 8: "Minha festa"
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