Ligações improvisadas facilitam a ocorrência de curtos-circuitos nos barracões
Em visita à Cidade do Samba, na zona portuária do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (14), a Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) apontou irregularidades na parte elétrica dos barracões como uma das possíveis causas do incêndio no último dia 7.
Na ocasião, o fogo destruiu os galpões da Grande Rio, Portela e União da Ilha, além do Centro Cultural da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba). De acordo com Luiz Antonio Cosenza, coordenador da comissão do Crea-RJ, ligações improvisadas como gambiarras e tomadas facilitam a ocorrência de curtos-circuitos nos barracões.
Cosenza lembra que 95% dos incêndios são causados por fiações irregulares. E no caso da Cidade do Samba, o engenheiro ressalta que o problema pode ser agravado já que muitos aparelhos elétricos, como máquinas de cortar chapas e soldas, sobrecarregam a eletricidade nos barracões.
- Como faltam tomadas para dar conta de todos os trabalhos, existem muitas ligações improvisadas nos barracões e emendas mal isoladas, somadas a muitas máquinas funcionando ao mesmo tempo, podem provocar curtos-circuitos. Mas algumas medidas simples podem prevenir e minimizar em casos de incêndios.
Cosenza enumera algumas dessas medidas e, segundo ele, a fiação elétrica e tomadas de energia deveriam ser instaladas em tubos de metal distribuídos no interior dos galpões, o que pode evitar o uso de gambiarras e outras ligações improvisadas.
- As pessoas vão até o quadro de luz e esticam fios e cabos em todo o barracão para ligar todos aqueles equipamentos usados na construção do Carnaval.
Na ocasião, o fogo destruiu os galpões da Grande Rio, Portela e União da Ilha, além do Centro Cultural da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba). De acordo com Luiz Antonio Cosenza, coordenador da comissão do Crea-RJ, ligações improvisadas como gambiarras e tomadas facilitam a ocorrência de curtos-circuitos nos barracões.
Cosenza lembra que 95% dos incêndios são causados por fiações irregulares. E no caso da Cidade do Samba, o engenheiro ressalta que o problema pode ser agravado já que muitos aparelhos elétricos, como máquinas de cortar chapas e soldas, sobrecarregam a eletricidade nos barracões.
- Como faltam tomadas para dar conta de todos os trabalhos, existem muitas ligações improvisadas nos barracões e emendas mal isoladas, somadas a muitas máquinas funcionando ao mesmo tempo, podem provocar curtos-circuitos. Mas algumas medidas simples podem prevenir e minimizar em casos de incêndios.
Cosenza enumera algumas dessas medidas e, segundo ele, a fiação elétrica e tomadas de energia deveriam ser instaladas em tubos de metal distribuídos no interior dos galpões, o que pode evitar o uso de gambiarras e outras ligações improvisadas.
- As pessoas vão até o quadro de luz e esticam fios e cabos em todo o barracão para ligar todos aqueles equipamentos usados na construção do Carnaval.
Proibido fumar
Uma brigada de 24 horas em cada barracão é outra solução para prevenir e combater o princípio de um possível incêndio, acrescenta Cosenza. Ele também recomenda visitas diárias nos barracões no fim do expediente das escolas para verificar deslizes comuns de acontecer, como deixar um aparelho ligado em meio a tecidos e placas de madeira. Para ele, a inspeção dos extintores de incêndio também é fundamental.
- Eu verifiquei que muitos extintores estão com o prazo de validade vencido e isso não pode acontecer em um ambiente tão vulnerável a propagação de fogo.
A assessoria da Prefeitura do Rio informou que a fiscalização dos barracões da Cidade do Samba é tarefa da Liesa. A reportagem do R7 entrou em contato com o presidente da Liga, Jorge Castanheira, mas ele não foi encontrado.
Na avaliação de Cosenza, fumar dentro dos barracões deveria ser proibido já que qualquer faísca em contato com o material inflamável usado na confecção das alegorias e fantasias facilita a rápida propagação do fogo.
- As pessoas trabalham dia e noite durante o Carnaval e não deve ser muito difícil alguém dormir com o cigarro ainda aceso.
A comissão do Crea visitou apenas os barracões da Imperatriz Leopoldinense e da Acadêmicos do Salgueiro. Os galpões da Grande Rio, Portela, União da Ilha e Centro Cultural da Liesa continuam isolados. Segundo Cosenza, o órgão deve apresentar as propostas da comissão à Liesa e à Prefeitura do Rio na próxima semana.
- Eu verifiquei que muitos extintores estão com o prazo de validade vencido e isso não pode acontecer em um ambiente tão vulnerável a propagação de fogo.
A assessoria da Prefeitura do Rio informou que a fiscalização dos barracões da Cidade do Samba é tarefa da Liesa. A reportagem do R7 entrou em contato com o presidente da Liga, Jorge Castanheira, mas ele não foi encontrado.
Na avaliação de Cosenza, fumar dentro dos barracões deveria ser proibido já que qualquer faísca em contato com o material inflamável usado na confecção das alegorias e fantasias facilita a rápida propagação do fogo.
- As pessoas trabalham dia e noite durante o Carnaval e não deve ser muito difícil alguém dormir com o cigarro ainda aceso.
A comissão do Crea visitou apenas os barracões da Imperatriz Leopoldinense e da Acadêmicos do Salgueiro. Os galpões da Grande Rio, Portela, União da Ilha e Centro Cultural da Liesa continuam isolados. Segundo Cosenza, o órgão deve apresentar as propostas da comissão à Liesa e à Prefeitura do Rio na próxima semana.
A demolição de parte dos barracões atingidos pelo incêndio, marcada para esta segunda-feira, foi adiada mais uma vez. A Prefeitura do Rio de Janeiro aguarda a liberação do Corpo de Bombeiros para que a área atingida na Cidade do Samba seja demolida.
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli deve demorar cerca de 20 dias para divulgar o laudo sobre as causas do incêndio.
Tragédia um mês antes do Carnaval
Um grande incêndio atingiu a Cidade do Samba, na zona portuária do Rio de Janeiro, por volta das 7h da última segunda-feira (7). O fogo destruiu os barracões das escolas Portela, União da Ilha e Grande Rio, além da um espaço cultural da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba). A tragédia ocorreu a um mês do Carnaval para desespero de foliões e organizadores.
Cerca de 120 bombeiros de quatro quartéis e com 20 veículos levaram mais de quatro horas para combater as chamas, que puderam ser vistas de vários pontos da capital e até de Niterói, cidade na região metropolitana do Estado.
O relações-públicas da corporação, tenente-coronel Alexandre Rocha, disse que o fogo começou no barracão da Grande Rio, escola mais afetada, e se alastrou rapidamente pelos barracões da União da Ilha e Portela, e pelo espaço cultural da Liesa.
A Defesa Civil confirmou que parte dos barracões atingidos terá que ser demolida. A área superior será derrubada, já que o teto foi comprometido pelas chamas. Ainda segundo o órgão, o primeiro pavimento não sofreu danos.
Um bombeiro e um homem de aproximadamente 30 anos foram intoxicados com a fumaça. O militar foi levado para o hospital da corporação, enquanto o homem foi encaminhado para o hospital Souza Faria, no centro. O aderecista da Grande Rio, Simon Garcia, de 26 anos, se feriu ao pular do 3º andar para fugir do incêndio. Ele sofreu escoriações e também foi levado para o hospital Souza Aguiar. Todos passam bem.
O prefeito Eduardo Paes informou na quarta-feira (9) que empresas privadas doaram cerca de R$ 3 milhões para as escolas castigadas pelas chamas. A Grande Rio receberá R$ 1,5 milhão. Portela e União da Ilha vão dividir a outra metade. Com isso, a prefeitura não precisará fazer nenhum investimento financeiro, como chegou a ser cogitado por Paes dois dias antes.
Sem rebaixamento em 2011
Por causa do incêndio que prejudicou as três agremiações, a Liesa decidiu que nenhuma escola de samba do grupo Especial será rebaixada este ano. Grande Rio, Portela e União da Ilha vão desfilar, mas não serão julgadas.
Sendo assim, 13 escolas desfilam no carnaval de 2012, já que uma agremiação do grupo de Acesso sobe para o grupo Especial. Além disso, duas escolas descem para o grupo de Acesso em 2012, voltando para o número normal de 12 escolas no grupo Especial em 2013.
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