RESULTADO: ESSE INSANO!
Achei por bem fazer meu comentário sobre o resultado do carnaval somente agora, uma semana após o desfile das campeãs por um motivo especial: Quando estamos envolvido no calor das disputas, das opiniões carregadas de paixão, da neblina que nos passam ao ver um erro que não denigre a emoção do momento, fica difícil tecer uma opinião com a palavrinha mágica: coerência. Mas inegavelmente, dos que vi nos sites, os mais emocionados com certeza são os melhores de se ler.
Mas o exercício me rendeu uma situação pitoresca: lembro-me bem das minhas reações assistindo aos desfiles. E olha que não vi poucos – entre estar presente, assistir ao vivo na TV e os videotapes (nunca compactos) assisti aos desfiles do Rio de Janeiro (acesso A e especial), São Paulo, Florianópolis e Corumbá-MS. E depois do período de adrenalina carnavalesca pouca coisa mudou naquilo que vi e no que analisei ali, no momento em que as escolas passavam pelos meus olhos. O que isso indica? De verdade, não sei, mas tenho a impressão de que, seja pela racionalidade ou pela emoção, os resultados dos desfiles foram muito diferentes daquilo que eu estava preparado para ver.
Vamos começar do mais comentado – No especial do Rio de Janeiro não tem como tirar a Beija-Flor do rol das favoritas até quando o enredo é sobre a Porta, que dirá quando se trata de um ícone da musica brasileira, o denominado Rei (que sim, me espanta a palavra “simplicidade” no titulo do enredo). A proposta da escola mudou em termos estéticos e nada melhor que um enredo como Roberto Carlos para pano de fundo dessa nova tendência. Saem os enredos CEP’s e entra a escola nilopolitana numa nova era: menos alegorias “bailes de carnaval”, menos cangalha, mais emoção. Cumpriu seu papel, inclusive de causar estranheza aos apaixonados pelos desfiles bufantes da escola, ao verem, por exemplo, alegorias como a dos caminhões, ou até mesmo o tripé da Comissão de Frente.
Pois bem. Foi a campeã. Alguma estranheza? Nenhuma, a escola tem competência para tal e sempre disputa títulos. Pois então o que contestar? Aí que reside o perigo de uma escrita aparentemente certa, mas que esconde linhas deveras tortuosas.
A forma como esse resultado foi adquirido requer uma reflexão sobre como se julga o desfile das escolas de samba. Pois, em todas as minhas alternativas, o que penso é que o julgamento em si fora um descalabro como há muito não via. A diferença entre a Beija-Flor e as outras agremiações é gigantesca levando-se em conta o que foi visto na avenida. Inconcebivel o tratamento que certas escolas tiveram nesse evento rocambolesco acontecido na tarde da quarta-feira de cinzas. Mas vamos discuti-los em algumas pílulas:
• Uma escola que corre como a Unidos da Tijuca não pode passar incólume nos quesitos como evolução, harmonia e conjunto. Ok, não passou. Mas a escola correu no ultimo modulo e levou um... 9,9. Em compensação, é impressionante a quantidade de 9,9 que a escola levou nos quesitos que a Beija Flor só levou 10;
• Mangueira foi machucada sem dó nem piedade por algumas das canetas deste julgamento. E lanço um desafio: Ao contrario do que se ventila, até pela TV foi constatado um erro na virada da “paradona” da bateria no ultimo modulo, mas segundo o jurado, não foi o motivo para o 9. Ele reclamou de uma “segunda” que só ele ouviu. Ou desconhece o surdo-mor da Mangueira, existente há décadas. Mas a conversa é a seguinte. Qual seria a nota se a escola a errar fosse a... Grande Rio?
• O jurado do modulo 2 de Alegorias e Adereços é um fenômeno, tão grande como o cometa Halley, espero que volte a julgar um desfile daqui a 76 anos. O carnaval carioca agradece;
• E pra fechar, dentre as tantas coisas que poderiam ser ditas sobre esse desfile de resultado horrendo: O Paulo fez chover, fez uma pessoa flutuar sobre a bateria e trouxe alegorias em forma e conteúdo com diferença e ludicidade impressionantes, totalmente de acordo com o enredo. Mas como esse Paulo é Menezes, e não Barros, foi taxado de morno e ganhou de presente um 8,7 para a sua Porto da Pedra. A grife anda pesando nas contas dos jurados. E não é de hoje.
O resultado do carnaval foi de tal forma encarado como absurdo que subverteu um fato que era tratado como máxima: A beija-Flor mereceu o título. Tamanha a revolta fez com que a Unidos da Tijuca fosse ovacionada como campeã, e a escola de Nilopolis, que apostou na simpatia que os súditos tem para com seu Rei, ironicamente, fosse vaiada sistematicamente não só no desfile das campeãs como também na entrega das premiações dos veículos de imprensa aos melhores do carnaval. É de se pensar. Primeiramente, que a anuência passiva do que acontece nos meandros do carnaval está prestes a acabar.
O carnaval paulistano foi mais justo, porém não menos surpreendente. Na razão e na emoção, a Musica venceu! O verso do samba da Vai-Vai é a síntese do que foi seu desfile. Uma história de superação como a de João Carlos Martins, retratada com requinte impar por Alexandre Louzada, e com a emoção que tal enredo exige não poderia passar despercebido pelo Juri. E há uma máxima em São Paulo – Na dúvida, sempre dá Vai-Vai, porém dessa vez não havia nenhuma.
Isso não exime certas surpresas diante dos resultados – Não concebo por exemplo, que o desfile da Rosas de Ouro no ano de 2010 tenha sido 0,5 ponto melhor que o desfile da Vai-Vai de 2011, porém as notas disseram isso. Há quem diga que o desfile da Rosas nem era para titulo no ano passado, e, curiosamente, os 269,5 pontos conquistados pela alvinegra em 2011, caso fosse conquistado em 2010, lhe renderia o mesmo 3º Lugar que fora conquistado com o enredo sobre os 80 anos da escola e a Copa do Mundo.
Mocidade em sétimo e Rosas de Ouro em oitavo é um resultado que surpreende, não só pelos desfiles, que embora aquém do esperado, não foram ruins ou mesmo médios, mas pela aura de favoritismo que rondou as duas escolas. Talvez por isso a severidade nas notas, pela decepção gerada pela expectativa. Nota negativa para a sempre esperada e constantemente bem montada Comissão de Frente da Rosas de Ouro. A pomba realmente foi um erro. Acidentes acontecem.
Pérola e Império de Casa Verde também surpreendem. A primeira pelo resultado bem fora de minhas expectativas principalmente depois de assistir o desfile. Minha sensação foi a mesma que tive quando vi o resultado do enredo sobre a India: a escola canta bem, é plasticamente muito bem resolvida, tem grandes artistas, mas alguma “força estranha” puxa a escola para a segunda metade da tabela. Cabe reflexão. Já o Império surpreende pela deterioração daquilo que já teve de melhor: a plástica outrora diferenciada e recheada de soluções inteligentes e dotadas de muito luxo, inclusive muito mais do que qualquer escola paulistana, hoje vive dias de escola comum pra ruim, com alegorias que lembram muito o esquema reinante dentre as escolas paulistanas, e ainda mal solucionadas. Esse esquema são as grandes esculturas praticamente como elemento principal do carro com pouca relevância às laterais e fundo. As escolas mais fortes já se mexem para fugir desse estilo e o que vejo é a Império retroceder. Uma pena.
Mais umas pílulas de carnavais que eu pude assistir
• Faço minhas as palavras de Luis Carlos Magalhães em sua coluna no SRZD-Carnavalesco. Em sua ultima edição ele diz não mais comentar sobre os desfiles do Grupo do Acesso A enquanto ele não entender o que se passa nesse grupo. Pois bem, caro Luis Carlos, caso leia essa humilde coluna, eu compartilho de sua atitude e opinião. Eu não sei o que se passa na LESGA, que cada vez mais toma ares de elemento nocivo do que libertário, como se propagava à ocasião de sua fundação. Às vezes é melhor ignorar certas coisas que fazem mal àquilo que você gosta. Eu gosto de carnaval, então melhor riscar a LESGA e, infelizmente, o Grupo A da agenda por enquanto.
• Em Florianópolis a novata deu a famosa “banda” nas escolas mais antigas e abocanhou o titulo do carnaval com um desfile com menos erros que as outras na Nego Quirido. Não foi um carnaval ruim na Ilha, longe disso, mas bem nivelado, com alguns erros que foram imperdoáveis e fizeram com que o favoritismo, e depois a confirmação, viesse para a União da Ilha da Magia. E, tenho a nítida impressão que a Consulado além dos erros que cometeu, ainda sofre com os reflexos dos fatos de 2009 e 2010...
• Corumbá-MS é um caso á parte, porque nesse caso meu olhar deixa de ser externo e passa a ser muito mais interno, por participar de duas escolas, mas o resultado foi coerente com os desfiles apresentados e pelos erros cometidos pelas agremiações. A Tricampeã Império do Morro, fez um desfile bem abaixo do que fora 2010, onde proporcionou um verdadeiro massacre na Avenida General Rondon. Sua principal rival a Vila Mamona fez um carnaval competente, mas esbarrou no regulamento, que lhe tirou 3,5 pontos por trazer gerador exposto e três baianas abaixo do permitido. Acabou caindo para o Grupo de Acesso, que esse ano foi vencido pela Caprichosos de Corumbá, que ascendeu ao Especial.
Deste carnaval o que vai perdurar durante muito tempo na mente é exatamente o que, as vezes a gente nem se lembra mais que existe: o desfile de chão, do componente, do integrante que faz a escola ser viva, afinal. E a bateria da Mangueira, e seu carro de som, ao ficarem em silencio, deixaram com que eles, por justiça, voltassem a ser, por meros 20 segundos, os artistas do espetáculo. Como sempre foram, mas ultimamente meio escondidos no mar de plumas e celebridades.
Até a próxima
Mas o exercício me rendeu uma situação pitoresca: lembro-me bem das minhas reações assistindo aos desfiles. E olha que não vi poucos – entre estar presente, assistir ao vivo na TV e os videotapes (nunca compactos) assisti aos desfiles do Rio de Janeiro (acesso A e especial), São Paulo, Florianópolis e Corumbá-MS. E depois do período de adrenalina carnavalesca pouca coisa mudou naquilo que vi e no que analisei ali, no momento em que as escolas passavam pelos meus olhos. O que isso indica? De verdade, não sei, mas tenho a impressão de que, seja pela racionalidade ou pela emoção, os resultados dos desfiles foram muito diferentes daquilo que eu estava preparado para ver.
Vamos começar do mais comentado – No especial do Rio de Janeiro não tem como tirar a Beija-Flor do rol das favoritas até quando o enredo é sobre a Porta, que dirá quando se trata de um ícone da musica brasileira, o denominado Rei (que sim, me espanta a palavra “simplicidade” no titulo do enredo). A proposta da escola mudou em termos estéticos e nada melhor que um enredo como Roberto Carlos para pano de fundo dessa nova tendência. Saem os enredos CEP’s e entra a escola nilopolitana numa nova era: menos alegorias “bailes de carnaval”, menos cangalha, mais emoção. Cumpriu seu papel, inclusive de causar estranheza aos apaixonados pelos desfiles bufantes da escola, ao verem, por exemplo, alegorias como a dos caminhões, ou até mesmo o tripé da Comissão de Frente.
Pois bem. Foi a campeã. Alguma estranheza? Nenhuma, a escola tem competência para tal e sempre disputa títulos. Pois então o que contestar? Aí que reside o perigo de uma escrita aparentemente certa, mas que esconde linhas deveras tortuosas.
A forma como esse resultado foi adquirido requer uma reflexão sobre como se julga o desfile das escolas de samba. Pois, em todas as minhas alternativas, o que penso é que o julgamento em si fora um descalabro como há muito não via. A diferença entre a Beija-Flor e as outras agremiações é gigantesca levando-se em conta o que foi visto na avenida. Inconcebivel o tratamento que certas escolas tiveram nesse evento rocambolesco acontecido na tarde da quarta-feira de cinzas. Mas vamos discuti-los em algumas pílulas:
• Uma escola que corre como a Unidos da Tijuca não pode passar incólume nos quesitos como evolução, harmonia e conjunto. Ok, não passou. Mas a escola correu no ultimo modulo e levou um... 9,9. Em compensação, é impressionante a quantidade de 9,9 que a escola levou nos quesitos que a Beija Flor só levou 10;
• Mangueira foi machucada sem dó nem piedade por algumas das canetas deste julgamento. E lanço um desafio: Ao contrario do que se ventila, até pela TV foi constatado um erro na virada da “paradona” da bateria no ultimo modulo, mas segundo o jurado, não foi o motivo para o 9. Ele reclamou de uma “segunda” que só ele ouviu. Ou desconhece o surdo-mor da Mangueira, existente há décadas. Mas a conversa é a seguinte. Qual seria a nota se a escola a errar fosse a... Grande Rio?
• O jurado do modulo 2 de Alegorias e Adereços é um fenômeno, tão grande como o cometa Halley, espero que volte a julgar um desfile daqui a 76 anos. O carnaval carioca agradece;
• E pra fechar, dentre as tantas coisas que poderiam ser ditas sobre esse desfile de resultado horrendo: O Paulo fez chover, fez uma pessoa flutuar sobre a bateria e trouxe alegorias em forma e conteúdo com diferença e ludicidade impressionantes, totalmente de acordo com o enredo. Mas como esse Paulo é Menezes, e não Barros, foi taxado de morno e ganhou de presente um 8,7 para a sua Porto da Pedra. A grife anda pesando nas contas dos jurados. E não é de hoje.
O resultado do carnaval foi de tal forma encarado como absurdo que subverteu um fato que era tratado como máxima: A beija-Flor mereceu o título. Tamanha a revolta fez com que a Unidos da Tijuca fosse ovacionada como campeã, e a escola de Nilopolis, que apostou na simpatia que os súditos tem para com seu Rei, ironicamente, fosse vaiada sistematicamente não só no desfile das campeãs como também na entrega das premiações dos veículos de imprensa aos melhores do carnaval. É de se pensar. Primeiramente, que a anuência passiva do que acontece nos meandros do carnaval está prestes a acabar.
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O carnaval paulistano foi mais justo, porém não menos surpreendente. Na razão e na emoção, a Musica venceu! O verso do samba da Vai-Vai é a síntese do que foi seu desfile. Uma história de superação como a de João Carlos Martins, retratada com requinte impar por Alexandre Louzada, e com a emoção que tal enredo exige não poderia passar despercebido pelo Juri. E há uma máxima em São Paulo – Na dúvida, sempre dá Vai-Vai, porém dessa vez não havia nenhuma.
Isso não exime certas surpresas diante dos resultados – Não concebo por exemplo, que o desfile da Rosas de Ouro no ano de 2010 tenha sido 0,5 ponto melhor que o desfile da Vai-Vai de 2011, porém as notas disseram isso. Há quem diga que o desfile da Rosas nem era para titulo no ano passado, e, curiosamente, os 269,5 pontos conquistados pela alvinegra em 2011, caso fosse conquistado em 2010, lhe renderia o mesmo 3º Lugar que fora conquistado com o enredo sobre os 80 anos da escola e a Copa do Mundo.
Mocidade em sétimo e Rosas de Ouro em oitavo é um resultado que surpreende, não só pelos desfiles, que embora aquém do esperado, não foram ruins ou mesmo médios, mas pela aura de favoritismo que rondou as duas escolas. Talvez por isso a severidade nas notas, pela decepção gerada pela expectativa. Nota negativa para a sempre esperada e constantemente bem montada Comissão de Frente da Rosas de Ouro. A pomba realmente foi um erro. Acidentes acontecem.
Pérola e Império de Casa Verde também surpreendem. A primeira pelo resultado bem fora de minhas expectativas principalmente depois de assistir o desfile. Minha sensação foi a mesma que tive quando vi o resultado do enredo sobre a India: a escola canta bem, é plasticamente muito bem resolvida, tem grandes artistas, mas alguma “força estranha” puxa a escola para a segunda metade da tabela. Cabe reflexão. Já o Império surpreende pela deterioração daquilo que já teve de melhor: a plástica outrora diferenciada e recheada de soluções inteligentes e dotadas de muito luxo, inclusive muito mais do que qualquer escola paulistana, hoje vive dias de escola comum pra ruim, com alegorias que lembram muito o esquema reinante dentre as escolas paulistanas, e ainda mal solucionadas. Esse esquema são as grandes esculturas praticamente como elemento principal do carro com pouca relevância às laterais e fundo. As escolas mais fortes já se mexem para fugir desse estilo e o que vejo é a Império retroceder. Uma pena.
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• Em Florianópolis a novata deu a famosa “banda” nas escolas mais antigas e abocanhou o titulo do carnaval com um desfile com menos erros que as outras na Nego Quirido. Não foi um carnaval ruim na Ilha, longe disso, mas bem nivelado, com alguns erros que foram imperdoáveis e fizeram com que o favoritismo, e depois a confirmação, viesse para a União da Ilha da Magia. E, tenho a nítida impressão que a Consulado além dos erros que cometeu, ainda sofre com os reflexos dos fatos de 2009 e 2010...
• Corumbá-MS é um caso á parte, porque nesse caso meu olhar deixa de ser externo e passa a ser muito mais interno, por participar de duas escolas, mas o resultado foi coerente com os desfiles apresentados e pelos erros cometidos pelas agremiações. A Tricampeã Império do Morro, fez um desfile bem abaixo do que fora 2010, onde proporcionou um verdadeiro massacre na Avenida General Rondon. Sua principal rival a Vila Mamona fez um carnaval competente, mas esbarrou no regulamento, que lhe tirou 3,5 pontos por trazer gerador exposto e três baianas abaixo do permitido. Acabou caindo para o Grupo de Acesso, que esse ano foi vencido pela Caprichosos de Corumbá, que ascendeu ao Especial.
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Deste carnaval o que vai perdurar durante muito tempo na mente é exatamente o que, as vezes a gente nem se lembra mais que existe: o desfile de chão, do componente, do integrante que faz a escola ser viva, afinal. E a bateria da Mangueira, e seu carro de som, ao ficarem em silencio, deixaram com que eles, por justiça, voltassem a ser, por meros 20 segundos, os artistas do espetáculo. Como sempre foram, mas ultimamente meio escondidos no mar de plumas e celebridades.
Até a próxima
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