sexta-feira, 29 de junho de 2012

Princípio de incêndio atinge quadra da Vila e vizinhos acionam bombeiros





Um princípio de incêndio atingiu a quadra da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no fim da tarde desta quinta-feira, 28 de junho.
De acordo com a assessoria de imprensa da agremição, funcionários teriam colocado fogo em um lixo localizado no fundo da quadra que continha isopor, e com o susto, moradores chamaram os bombeiros.
Porém, ainda de acordo com a assessoria, o incidente não provocou maiores danos no espaço, nem deixou feridos.
A quadra da Vila Isabel fica na rua Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel.

Ancelmo Gois - Enredo da Unidos da Tijuca



“Desceu num raio, é trovoada. O deus Thor pede passagem para mostrar nessa viagem a Alemanha encantada.” 
O nome comprido aí de cima é o enredo da Unidos da Tijuca de Paulo Barros, o grande carnavalesco, para o desfile de 2013.
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A entrega da sinopse será no dia 5 de julho, é esperar pra ver...

GRANDE RIO 2013: ENREDO SOBRE O FUSCA.



Última escola de samba do Grupo Especial a definir enredo
seu enredo do Carnaval 2013, a Acadêmicos do Grande Rio deve anunciar nos
próximos dias seu enredo sobre a história do fusca no Brasil com patrocínio da
Volkswagen.

A empresa, que completa 60 anos atuação no país em 2013
escolheu o Fusca, o automóvel mais popular de sua linha produção no Brasil para
ter sua história mostrada da Avenida.

De origem alemã, o fusca foi criado
no inicio da década de 30 e ao longo destes anos sofreu várias alterações,
mantendo sempre o mesmo visual básico.

O enredo que já esta sendo
desenvolvido pelo carnavalesco Roberto Szaniecki vai mostrar em fantasias e
alegorias a evolução do fusca desde de sua criação até os dias de hoje.


É A HERANÇA DEIXADA PELO IOGURTE, MESMO REBAIXADO!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Unidos do Peruche recebe sambas concorrentes neste final de semana

Foto: DivulgaçãoA tradicional Unidos do Peruche recebe neste próximo final de samba os sambas concorrentes para o Carnaval de 2013.
Sexta colocada do grupo de acesso em seu último desfile, a agremiação comandada por Luiz Carlos Telles levará para a passarela do Anhembi o enredo "O povo da floresta está em festa. A tribo da Peruche vai passar".
Desenvolvido pelo carnavalesco Amarildo de Mello, tema abordará a historia de nossos índios, sua arte, mitologia, lendas e influências em nossa cultura, culminando com uma homenagem dos cem anos do Boi Garantido e Caprichoso da Ilha de Parintins.
De acordo com o regulamento do concurso para escolha do hino da Peruche para o desfile de 2013, os compositores terão duas opções de datas para realizar a entrega.
As obras concorrentes serão recebidas na secretaria da escola pela diretora da ala de compositores Bernadete e pelo diretor de Carnaval Ednaldo na sexta-feira, das 18h às 22h e no sábado das 14 às 20h. Breve a direção da agremiação divulgará o calendário com as datas das eliminatórias.
A quadra social da Unidos do Peruche fica na Avenida Ordem e Progresso 1061 no bairro do Limão.

Vai-Vai: confira a logomarca oficial do enredo para 2013



Foto: DivulgaçãoMaior detentora de títulos da folia paulistana, a tradicional escola de samba do Bixiga levará para a passarela do samba
no próximo ano a história do vinho em diversos segmentos históricos.
Intitulado "Sangue da Terra, Videira da Vida: Um brinde de amor em plena avenida - Vinhos Brasil", tema abordará a produção
nacional que caiu no gosto e no consumo da família brasileira.
Cahê Rodrigues, artista que assinará o desfile da Imperatriz Leopoldinense no Carnaval carioca, fará seu primeiro trabalho na folia paulistana como carnavalesco da Saracura rumo a mais um campeonato.
Confira a logomarca do enredo
Foto: Assessoria - Vai-Vai

Mocidade Unida da Mooca realiza ação social para Brenda Gabriela



Foto: DivulgaçãoApós o desfecho feliz no caso do desaparecimento da pequena Brenda Gabriela de apenas quatro anos de idade, a escola de samba Mocidade Unida da Mooca, agremiação localizada no mesmo bairro em que a criança sumiu no início do mês, realiza uma ação social solidária especial.
Brenda havia desaparecido no dia 10. De acordo com a mãe, Geiza Mari Silva, o sumiço ocorreu após culto realizado em uma igreja evangélica.
Cartazes espalhados pelo bairro da Mooca e divulgação através da internet e meios de comunicação levaram ao reencontro.
Policiais encontraram a criança na Rua Vergueiro na região central da cidade, após denúncia anônima. Um homem que acompanhava Brenda fugiu e está sendo procurado pela polícia. Mãe e filha se reencontraram no quinto distrito policial na última segunda-feira (25).
Para comemorar o aparecimento e o fim do sofrimento da família vítima do ocorrido, a diretoria da verde, vermelha e branca abrirá as portas de sua quadra social no próximo domingo para arrecadar roupas, brinquedos e alimentos para Brenda e seus familiares.
Segundo Rafael Falanga, presidente da Mocidade, um dos princípios da escola de samba é ser um canal para diversas ações sociais e atividades que tenham como objetivo ajudar a quem precisa.
"O fato chamou muito a nossa atenção. Acompanhamos e torcemos muito para um final feliz no caso que aconteceu nas imediações da nossa sede. Passado o susto, nada mais justo do que utilizarmos o nosso espaço e a solidariedade da comunidade para tentar ajudar', afirma Falanga.
Para incentivar as doações, várias atrações de dança, musicais e da bateria da Mocidade irão animar o público que comparecer no evento solidário que tem início previsto para às 15h.
A quadra da Mocidade está localizada na Avenida Alcântara Machado s/n (Embaixo do Viaduto Bresser).

Seis ou meia dúzia?



Talvez a longa ausência nem tenha sido notada, mas peço desculpas por ela. De fato, andei numa fase de muito trabalho, em que as tarefas se sucederam de um modo alucinante. Mas devo confessar que esta não foi a única razão do meu silêncio de dois meses. Mais do que o tempo cronológico, me faltou tempo interior para refletir e escrever sobre o assunto que mais me mobiliza. Sempre que acaba o carnaval, se abate sobre nós uma melancolia infinita, que eu sempre apelidei de depressão pós-momesca. Aí vêm as festas de entrega dos prêmios, vêm os aniversários de várias escolas e, para os devotos, vem a festa de São Jorge. Com isso vamos nos distraindo até que se anunciam enredos e aparecem as sinopses, depois a apresentação dos sambas, a disputa com as quadras funcionando a todo vapor, e quando nos damos conta já é carnaval de novo.

Este ano para mim foi bem mais complicado, em razão da enorme dificuldade que tive para me refazer do resultado do Grupo de Acesso A. E não me refiro apenas à vitória da campeã, que até as pedras do calçamento já sabiam de antemão quem seria, mas sobretudo ao não cumprimento, pela Liesga, do regulamento estabelecido, patenteando a arbitrariedade e os casuísmos que ponteiam nosso carnaval.
Não fui a única a me espantar com isso: na minha revolta tive ilustres companhias, inclusiva a do prefeito da cidade, que se manifestou publicamente contra a entidade de classe do Grupo de Acesso, desqualificando-a para prosseguir a parceria com a prefeitura no tocante à organização do desfile. E aí...
Todo mundo conhece a história do marido que, ao encontrar a esposa traindo-o com seu maior amigo no sofá da sala, perdoa a esposa e mantém o amigo, mas manda queimar o sofá... Eis o que me veio à cabeça quando soube que o presidente da Lesga, por mera coincidência também presidente da escola campeã, renunciou ao cargo e para a diretoria foram os dois presidentes das escolas não rebaixadas, as beneficiárias do "tapetão". E, para colaborar um pouco mais para a queima do sofá, a Lesga não mais existe, aparecendo em seu lugar a Lierj.
Ah bom! Então está tudo resolvido... Reginaldo Gomes não é mais o presidente? Lesga não há mais? Então está tudo resolvido. As justificativas dos julgadores, ainda hoje, que eu saiba, não divulgadas, nem interessam mais... Ninguém fala mais no assunto. E a gente vai ficando um pouquinho mais triste, um pouquinho mais descrente dos rumos do carnaval.
Sinceramente, não consigo partilhar da crença de que se deve dar um crédito de confiança a quem está assumindo agora. Porque não consigo mais ser tão pura e ingênua a ponto de confiar em quem se beneficia de casuísmos desse tipo. As coisas já começam muito mal e tenho o direito de achar que ainda vão piorar.
Paralelamente o anúncio dos primeiros enredos para 2013 não ajudou a me reanimar. Tomara que eu esteja sendo injustificadamente pessimista, mas acho que o que está anunciado por aí representa um grande retrocesso em relação aos dois últimos carnavais. E, quando a gente imaginava que as escolas de samba estavam se conscientizando da importância de escolher enredos com que os componentes e o público pudessem se identificar, vem esse balde de água fria que são os enredos do próximo carnaval. Balde não: jato de lavadora de alta pressão.

Não consigo entender por que o carnaval do Rio é adepto da prática do tiro no pé! Os dirigentes parecem empenhados única e exclusivamente em levá-lo ao impasse e o pretexto para isso é a necessidade de patrocínios, de mais e mais dinheiro. Já ficou provado que só dinheiro não ganha carnaval. Portanto, não vamos esquecer que sem emoção, sem participação e empenho, sem alegria, não há dinheiro que salve o carnaval.
Tomara que eu esteja sendo saudosista e que tudo vá às mil maravilhas. Às vezes tenho mesmo a sensação de que esta é questão. Por exemplo, ao entrar na linda quadra reformada do Império Serrano, dotada de todos os confortos de que as co-irmãs dispõem, me senti dividida: ao orgulho e à alegria se misturou um incômodo sentimento de nostalgia de um tempo em que não havia paredes de vidro separando o público do samba, pois quem ia a uma quadra de escola de samba queria ouvir muito bem a bateria, os intérpretes e o povão cantando na quadra e nem se importava de suar um pouquinho. Ninguém pensava em se proteger do incômodo, porque a alegria e a emoção valiam a pena. Mas deixa pra lá: as coisas mudaram mesmo e deve ser melhor hoje do que outrora. Eu é que não estou conseguindo enxergar.
De qualquer maneira, estou voltando com muita satisfação a este espaço e prometo não falhar mais. É um privilégio dispor deste espaço ao lado de colegas tão ilustres e poder dialogar com gente que, como eu, põe o samba num lugar muito especial em sua vida.

Que passado nós queremos?

Uma das grandes características de todo sambista é contar e cantar a saudade dos carnavais de outrora. Que poder é esse que o passado exerce sobre nós que nos impede muitas vezes de enxergar o que é belo no carnaval dos dias de hoje? É inquestionável a qualidade dos bons sambas e desfiles que tivemos no passado. Porém, hoje, no presente, temos provas claras de que, apesar de tudo, o samba "agoniza, mas não morre". Os sambas de 2012 da Portela e da Unidos de Vila Isabel nos dão a certeza de que o samba ainda tem o poder de construir ainda bons capítulos em sua história.
A década de 80 foi riquíssima para a história das escolas de samba. O país passava por uma grande metamorfose: a abertura política deu asas para que vôos mais altos fossem alcançados. Foi uma época de enredos que fizeram história e de sambas que clamavam por transformações por um Brasil melhor. Foram tantas emoções que passaram na avenida que fica impossível relatar todos os desbundes que marcaram uma fase de ouro nos desfiles das escolas de samba.
Hoje lembramos com muito carinho dos carnavais da década de 80. Porém é interessante constatar a existência, na época, de muitas críticas a este carnaval que hoje recordamos com saudade. Quem não se lembra do grande enredo de 1990 da São Clemente - "E o samba sambou" - que cantava "a saudade dos grandes carnavais" e fazia uma grande crítica à comercialização que vinha ganhando espaço nas agremiações? Pensam que parou por aí? Não. A Unidos da Ponte em 1987 com o seu enredo "G.R.E.S SAUDADE" cantou a: "Saudade, lembrança e herança dos antigos carnavais." O passado que queremos hoje é esse que foi alvo de tantas críticas dos sambistas daquele tempo?
O tema fica mais interessante quando lemos nos jornais antigos que a saudade cantada na década de 80 já era alvo de críticas nas décadas de 60 e 70. As constantes inovações trazidas pelas escolas de samba foram sempre recebidas com muitas dúvidas pelos sambistas. O bicho papão chamado Beija Flor acalorou os debates na década de 70 sobre os rumos das escolas de samba. O crescimento do número de componentes nas agremiações e os sambas que vinham perdendo sua verdadeira essência também foram assuntos bastante comentados pelos analistas de carnaval.
Em 1982 o Império Serrano apresentou a crítica mais contundente com relação aos rumos do carnaval. Com um samba enredo histórico a escola da Serrinha foi implacável ao questionar as super escolas de samba S.A que com suas super alegorias escondiam cada vez mais muita gente bamba. O desfile da verde e branco foi um marco na história das escolas de samba. Inegavelmente fez muita gente começar a refletir sobre os novos caminhos que estavam sendo traçados pelas agremiações. Talvez hoje seja impensável fazermos qualquer crítica mais contundente aos desfiles dessa época. Porém é importante entendermos que não existe um modelo engessado na preparação de um desfile de escola de samba. As inovações estarão sempre sendo buscadas. O fato é que cada sambista vai ter seu modelo ideal de desfile. Por isso é tão difícil chegarmos a um consenso.
Há inúmeros exemplos na história do nosso carnaval de críticas contundentes aos novos modelos de desfiles adotados. As novidades nem sempre são bem recebidas pelos sambistas. Por isso que me pergunto: Que passado nós queremos? Talvez para um jovem de 30 anos a década de 80 seja a dos sonhos. Para um sambista de 50 anos a década de 70 é àquela da consagração e para os que já estão na velha guarda carnaval bom é àquele anterior aos anos 60. Cada um tem seu ideal de carnaval. Possivelmente daqui a 20 anos os adolescentes de hoje vão lembrar com muita saudade dos sambas da Vila e da Portela de 2012 e clamarão: "Carnaval bom é o do início do século. Não se faz mais sambas como antigamente" E a pergunta que fica é: Estarão eles errados?

Renascer realiza primeira feijoada do ano neste sábado


A Renascer de Jacarepaguá realiza a primeira feijoada do ano neste sábado, dia 30 de junho, em sua quadra.
O tradicional evento será animado pela banda Via Brasil, que vai levar o melhor do pop e da MPB, além dos grupos de samba e pagode Art & Juízo e Pura Tentação, que prometem agitar os foliões.
O valor da feijoada é R$ 10. Caso queira uma mesa com quatro lugares no camarote para ter mais conforto no local, o valor será de R$ 20.
A quadra da escola de Jacarepaguá fica na Avenida Nelson Cardoso, 82, no Largo do Tanque. Para mais informações, ligue para 2423.4003.

Império Serrano lança projeto para formar passistas mirins


foto: Ricardo AlmeidaA bailarina e passista Nilce Fran coordenará o projeto "Império Passistas do Futuro" que será realizado na escola de samba Império Serrano, a partir desta sexta-feira, 29 de junho, das 19h às 21h, quando também já iniciarão as inscrições.
Os interessados deverão apresentar cópia da identidade do responsável, certidão de nascimento, além de atestado médico, comprovante de escolaridade e residência.
O projeto, que contará com crianças e adolescentes das comunidades de Madureira e proximidades, entre 6 e 18 anos, consiste em ensinar de forma gratuita a arte do samba a cerca de 200 candidatos.
"O curso será pautado na arte da dança do samba, onde ensinaremos os alunos não só a sambar, mas como ter postura, elegância, graciosidade, como entrar e sair da avenida e do palco", afirmou Nilce, que há 30 anos exerce o ofício de passista.
"O curso é completo não formando apenas passistas, e sim, profissionais de dança que podem usar sua habilidade não só na avenida, mas também em outras apresentações", completou.
Ela falou também sobre a importância da profissionalização do segmento.
"Venho de uma época em que o passista era execrado no samba. Hoje, as escolas encaram os passistas como artistas fundamentais para o bom desempenho da escola na avenida. Daí a importância de profissionalizarmos esses artistas da arte do samba, com didática bem direcionada", disse.
"Não existe pessoa que não consegue sambar, existe gente que ainda não descobriu seu potencial. Isso conseguimos despertar no curso", finalizou.
O curso terá duração mínima de um ano e será ministrado por Nilce e Valci Pelé, através de módulos. O endereço da quadra do Império é avenida Edgard Romero, número 114.

Fernando Horta sobre Gracyanne: 'Não houve química com a escola'

foto:Ricardo Almeida
O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, confirmou a saída de Gracyanne Barbosa, que deixa o cargo de rainha de bateria da agremiação.

Em conversa com a imprensa, o presidente comentou sobre o que motivou o desligamento ex-dançarina.

"Nós dispensamos a Gracyanne pois chegamos a conclusão de que não houve química entre ela e a escola. Não existe nada contra a pessoa, mas ela está fora", confirmou.

Sobre quem ocupará o cargo no Carnaval 2013, Horta não apresentou nenhuma novidade por enquanto.

"Não fizemos nenhum convite e nem ao menos pensamos em ninguém", finalizou.
Gracyanne Barbosa, que já passou por agremiações como Salgueiro, Mangueira e Paraíso do Tuiuti, ficou apenas 1 Carnaval na azul e amarela tijucana.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Confira sinopse da São Clemente para o Carnaval 2013

Foto: DivulgaçãoA São Clemente divulgou a sinopse para o Carnaval 2013. O enredo "Horário Nobre", que homenageia as novelas da "Rede Globo", foi desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Ricardo. Confira.

Horário Nobre

''Tira o telefone do gancho, a gente se vê depois da novela.
Não estou, não aceito convite, que ninguém fale comigo.
Quero lagrimar, sorrir, torcer pelo par romântico, felizes para sempre!''

No ar: novela e desfile de Escola de samba, dois triunfos da brasilidade que rodam o mundo inteiro, como gloriosas narrativas artísticas e populares, rituais que constroem a identidade do povão brazuca: ''Tamos'' juntos e misturados, porque não importa quem seja - patroa ou empregada, vovô ou netinho; preto do asfalto, branco da comunidade; na taba indígena, do Oiapoque ao Chuí, todos nos procuramos e nos reconhecemos na mais legitima arte verde e amarela, carnaval e folhetim.

Então vem comigo, me acompanha porque hoje eu sou novela: o ibope da São Clemente não para de crescer porque ela não desliga nunca! De folhetim em folhetim, há quase cinquenta anos, ouve-se ''silêncio no estúdio, gravando''. Pois agora vai ser ''barulho no estúdio, sambando! Valerá a pena me ver de novo.

Tem abertura, ações paralelas, história central. A trama novelesca é um repertório de clichês, porque a vida sempre imita a arte deste espelho mágico: o golpe da barriga, a criança prodígio, a mocinha  sofredora que vive sorrindo, metade do elenco trabalhando numa empresa familiar, e na beira da morte o segredo é revelado - a rica enjoada é teúda e manteúda, o bofe é tábua que leva prego, o tipo que parecia honesto é o maior corrupto. Vale tudo, desde que tenha empatia, pegue, emplaque! Tem estória de riqueza e pobreza, pode ser moderna e retratar o passado, pode ser num tempo que ainda não existiu, ou um reino que jamais existirá; tem pescador do litoral ou vaqueiro do interior, gente do campo, da cidade. Arquétipos que não morrem, eternos que são em nossos corações: personagens que até acabam, mas não desaparecem nunca! Viva tantos conhecidos amigos que habitam a memória emocional tupiniquim, porque todos nós temos em nossas famílias, alguém que é a cara do personagem daquela novela, como era mesmo o nome? Seja pelo carisma que despertou, por uma tirada cômica ou até pela maldade extrema, tudo termina bem, porque a gente vai sempre se ver por aqui.

Uma emoção plimplinizada na Sapucaí, que hoje vira telinha de fábrica de sonhos: anunciando que vem aí mais um campeão de audiência, nossa Escola samba o produto que mais faz a cabeça do Brasil, em credibilidade e legitimação, pois além, de assistir, a gente repete que nem papagaio o bordão da novela que gruda que nem chiclete, donde se conclui que isso não é brinquedo, não: em todas as esquinas é ''inshalá, muito ouro!'' pra cá, ''na chon'' pra lá. Tô certo ou to errado? Tô podendo... E quem fala, se veste, se penteia e se maquia igual aos habitantes deste mundo mágico (quase real), que lança moda transformando milhares de cidadãs em Jade ou Maya (dá-lhe lápis de olho e rímel para marcar os olhos) que vão expor seus corpos na Medina ou em Saramandaia Malta. É só dar uma olhadinha na barraca do camelô: não esqueça salto alto e meias de lurex para ir a Discoteca, porque se o figurino da TV ganhou as ruas, é sinal de que a trama ''vingou''.

Se é para citar alguns, rápido vem a cabeça: o Brasil e um Bataclã, Sucupira é Brasília e Odorico Paraguassú mora no Congresso Nacional! João Coragem ficou com qual das três Glória Menezes? Ravengar tem caso com a Rainha Valentine? Gabriela não podia ter traído Seu Nachib; Ih, a Perpétua é Careca, Tieta arrancou-lhe a peruca; Natasha era uma vampira muito gostosa, e Isaura, uma escrava que nasceu branca. E pela última vez, quem matou a praga da Odete Roitman ou o querido Salomão Hayala? É que sem um bom vilão não tem namoradinha do Brasil que sobreviva, porque maldade e bondade são irmãs gêmeas (tipo Rute e Raquel) deste universo verossímil, ainda que nele, a gorda Dona Redonda possa explodir, e muita gente voltar da morte.

Como será que termina? O último capítulo é um frisson nacional, a opinião pública mobilizada com todo Brasil parado diante da televisão: vilão castigado (morre, enlouquece, se arrepende ou foge) e cena de casamento do mocinho com a heroína (só podem ficar juntos no final). Todo brasileiro tem um pouco de autor de dramalhão, até desconfia como termina, mas isso não tem a menor importância. As cenas da próxima novela mostram que na segunda-feira começa tudo de novo, e não percam o primeiro capítulo.

Somos os filhos de Janete e Dias, sobrinhos de Ivani! Tomara Deus, o Beato Salú e a Venus Platinada, que nunca deixaram de nascer os maravilhosos autores. Semeadores do sonho, são criadores que democratizam as questões urgentes para o nosso povo (drogas, aids, trabalho infantil, coronelismo, reforma agrária, corrupção política, minorias, racismo etc), e ajudam essa galera a compreender sua maravilhosa gênese de ser: tudo brasileiro noveleiro, cujas vidas são obras em aberto, assim como as novelas.

Milton Cunha, a partir da ideia de Roberto Almeida Gomes.

acarezinho define enredo 2013: Jamelão


Foto: DivulgaçãoA Unidos do Jacarezinho já definiu seu enredo para o Carnaval 2013: "Puxador, não. Intérprete!" homenageia o eterno vocal da Mangueira, Jamelão.

O tema foi uma sugestão do presidente da verde e rosa Ivo Meireles, já que a Estação Primeira é madrinha do Jacarezinho, foi passada a missão de homenagear o baluarte no ano do seu centenário.

A escola, que voltará a desfilar no Sambódromo, na terça-feira de Carnaval, pelo Grupo B, anunciou que divulgará a sinopse, logo e nome do novo carnavalesco em breve.

Carnaval 2013: Marquinhos é o novo diretor de Carnaval da Renascer

foto:divulgaçãoA escola de samba Renascer de Jacarepaguá segue firme na organização de seu planejamento, rumo ao Carnaval de 2013. A nova contratação da agremiação é Marcos Aurélio Fernandes, popularmente conhecido como Marquinhos, ex-presidente da Estácio de Sá e ex-diretor de Carnaval da extinta Lesga, entidade que administrava os desfiles dos Grupos de Acesso A e B.
Chegando na "nova casa", Marquinhos confessou que o novo cargo lhe trará grandes desafios.
"Quando eu era presidente da Estácio, vi o que é disputar um Carnaval com a Renascer.
É pedreira! E quando estive gerenciando o espetáculo como diretor de Carnaval da extinta Lesga, percebi também o nível de organização desta escola, que a cada ano dá vários passos certeiros rumo ao profissionalismo", opinou.
"Venho somar forças à gerência operacional e de pessoal da Renascer", completou.
Antonio Carlos Salomão, presidente da vermelha e branca, comemorou o novo reforço.
"O Marquinhos possui experiência e liderança que o colocam entre os melhores profissionais e gestores do Carnaval carioca, por isso o convidei para o cargo de Diretor de Carnaval, que a escola não tinha", explicou Salomão.
"Estamos fortalecendo nosso time com profissionais de gabarito, a fim de fazer um desfile de excelente nível no Grupo de Acesso", garantiu.
Marquinhos ingressou no mundo do samba em 1982, desfilando na ala das crianças da Portela. Em seguida, passou a ser diretor de ala, de harmonia e com 25 anos já ocupava o cargo de diretor de Carnaval da Majestade do Samba. Perdeu uma eleição para presidente da mesma, migrando para a Estácio de Sá em 2005, onde foi desde diretor, até presidente da escola. Já em 2011, atuoi como diretor de Carnaval da antiga Lesga.
"Vim do operacional, passei por todos os postos de uma escola de samba. Dediquei anos da minha vida ao Carnaval e pretendo continuar por mais alguns anos labutando neste meio, adquirindo experiências e enfrentando desafios", lembrou.

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