segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Projeto "Samba é Cultura" recebe a agremiação campeã de 2012

Foto - DivulgaçãoVisando divulgar o samba paulistano, o projeto "Samba é Cultura na Casa da Cultura" continua com sua programação de eventos especiais.
Tendo como palco, a Casa de Cultura da da Freguesia do Ó, a ação tem como principal objetivo, difundir e resgatar aspectos do samba como cultura, através de grandes ícones e organizações que contribuem para a formação da identidade cultural nacional.
Segundo Paulo Sérgio de Andrade, "Paulinho Toke de Classe", coordenador e elaborador do evento, a finalidade do projeto é desenvolver atividades culturais e sociais sem qualquer cunho político, partidário ou lucrativo.
"Queremos levar samba, informação e cultura das comunidades para o grande público. Preparamos apresentações especiais e uma programação elaborada para enaltecer a cultura popular brasileira. Aproveito a ocasião para agradecer a subprefeitura da Freguesia/Brasilândia, Polícia Militar, CET e União das Escolas de Samba Paulistanas."
Também fazem parte da organização do projeto, Maria Helena, Dica, Toni QG, Marquinho da Barraca, Dr.Uilson "Mucho" e Dr. Clecio.
Com entrada franca, o próximo encontro será o primeiro evento do projeto depois dos desfiles do Carnaval de 2012. A festa acontecerá na terça-feira, dia 28 de fevereiro das 19 às 21h30.
A Casa de Cultura da Freguesia do Ó está localizada no Largo da Matriz, 215, atrás da Igreja Matriz.

Confira a programação:
- Palestra a respeito da importância do samba como cultura com os convidados ilustres: Maria Helena e Dica (Embaixadores do Samba Paulistano);
- Duck Jam & Nação Hip-Hop;
- Velha Guarda Musical da Mocidade Alegre;
- Grupo Pura Simpatia;
- Convidado Especial: Sr Candinho Neto (Banda do Candinho).
Para mais informações, o telefone para contato é 11 2863 1178.

O Carnaval da paradona



Quem gosta de carnaval adora novidade. A cada ano um fato marcante rouba a cena e se torna a marca registrada do carnaval. Quem não se lembra que 2008 foi o carnaval do Wilson?
As comissões de frente do carnavalesco Paulo Barros têm desempenhado este papel nos últimos anos, saciando a sede de novidade que acomete o público no desfile: querem samba, mas não apenas samba. É preciso um algo mais, que Paulo Barros tem conseguido prover com talento e criatividade.
Mas em 2012 não teve pra ninguém: só se fala na paradona da bateria da Mangueira. É ela o principal ponto de polêmica deste ano de tanta mesmice, a começar pelos enredos coincidentes de algumas escolas.
Foto: Wilson Spiler
A Mangueira amargou uma modesta sétima colocação e por incrível que pareça ficou fora do desfile das campeãs. Apesar do enredo promissor e do samba animado, não deu. Mas o fato é que, ainda assim, mais uma vez é o principal assunto das rodas de comentários sobre o desfile deste ano.
Seu presidente talvez tivesse consciência de que, não podendo oferecer um espetáculo à altura das coirmãs mais poderosas, devia aos torcedores da escola alguma coisa diferente, que a pusesse no centro das atenções. Não seria campeã, porque lhe falta estrutura financeira e administrativa para isso. E, antes que lhe apontassem os inúmeros defeitos de um desfile tecnicamente claudicante, deslocou o foco das atenções para a novidade. Tal como homem que voa, como mar que se abre, como cabeças que se descolam do corpo, a novidade não precisa necessariamente ter a ver com samba. E surgiu a paradona.
Quando se falar da Mangueira 2012, ninguém certamente vai lembrar das fantasias ruins, dos carros pobres e mal-acabados e de uma certa confusão no deslocamento. Mas todo mundo vai lembrar a paradona.
Mas afinal o que é a paradona? É uma paradinha com duração surpreendentemente prolongada. A paradinha foi criada por Mestre André, da Mocidade Independente de Padre Miguel, no final da década de 1950, dizem que por acaso, para disfarçar um tombo que levou à frente da bateria, que o susto fez parar. A partir daí, bateria que se preza tem que fazer firulas e convenções. Em apresentações, ensaios e shows essas paradinhas fazem grande sucesso. No desfile são pura exibição de virtuosismo, já que, como sabemos, a função primordial de uma bateria é dar sustentação rítmica ao canto e ao deslocamento da escola.
A cada ano as paradinhas se estendem e se complicam e a gente se perguntava onde é que tudo isso ia parar. Este ano veio a Mangueira e mostrou, fazendo sua paradinha durar um período tão longo que o canto da escola pôde sobressair de forma interessante, acompanhado pelo som de um pagode de mesa, com seus instrumentos característicos, que ocupava um dos carros alegóricos, numa alusão não ao Cacique de Ramos, seu enredo, mas ao Grupo Fundo de Quintal, cujos componentes são exatamente os fundadores do bloco homenageado.
Foto: wilson Spiler
Só que o público não conseguia ouvir o pagode, precariamente amplificado, de modo que a primeira interrupção, problemática, soou mais como uma falha do sistema de som do que como uma bossa. A repetição acabou por fazer entender que a "falha" ocorria de maneira sistemática, dentro de uma lógica melódica, e aí já não se cantava mais o refrão para ajudar uma escola supostamente prejudicada pelo som da Avenida, mas sim para saudar a ousadia de uma novidade.
A segunda paradona foi a que deu mais certo, pois o canto da escola correspondeu, surpreendeu, emocionou. A terceira fez atravessar o canto e parece-me que a partir desse pequeno desastre passou a haver uma voz-guia quando a bateria e o carro de som paravam, para evitar que a tragédia harmônica se repetisse. E parte da graça se perdeu.
Eu vi isso, muita gente viu e comentou. Inovar é sempre correr risco. A Estação Primeira assumiu o risco e - quer saber? - se deu bem. Porque, sem dúvida, o sétimo lugar não foi por causa da paradona. Eu ousaria dizer que, apesar da paradona, ela não conseguiu senão um sétimo lugar. Mas alcançou um dos sonhos de todas as escolas: ser mais notada e mais comentada que as outras.
As lições que tiramos desse episódio apontam mais uma vez para a conveniência de se ter na Avenida um som menos agressivo, que deixe um pouquinho de esforço para o componente, pois nada pode substituir a beleza de uma escola cantando a plenos pulmões um samba de qualidade. E mostram que a mesmice, a imitação e a acomodação não são boas companheiras de folia. Mesmo quando a novidade consegue resultados tecnicamente discutíveis, o povo do samba a acolhe com entusiasmo. Neste carnaval só deu ela, a paradona da Mangueira.

'Carnaval roubado não tem valor' diz presidente da Cubango



foto:divulgaçãoA imprensa  conversou com o presidente da escola de samba Acadêmicos do Cubango, do Grupo de Acesso A, Olivier Luciano Vieira, o Pelé, sobre a manifestação organizada por ele, na manhã desta segunda-feira, na sede da Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso, Lesga, no centro da cidade.
Pelé, insatisfeito com a forma como a entidade vem sendo conduzida e revoltado com o resultado da apuração realizada na última quarta-feira, 22 de fevereiro, onde a Inocentes de Belford Roxo se consagrou campeã e duas agremiações não foram rebaixadas, conforme o regulamento, fez um enterro simbólico da Lesga, com direito a coroa de flores e até caixão.
"Hoje, fizemos uma manifestação na porta da Lesga. Foi um velório simbólico, de uma forma bem-humorada, onde eu pedi que as pessoas se protejam da Lesga. Todos que estavam presentes gostaram e foi um movimento pacífico", explicou Pelé.
"Vou continuar lutando pela anulação deste Carnaval. Carnaval roubado não tem valor. Peço que o prefeito não homologue os resultados dos grupos A e B, até que a justiça se manifeste e verifique se houve má fé dos jurados. Não podemos mais tapar o sol com a peneira", completou.
Ele comentou a presença do diretor de Carnaval da Lesga no movimento e lamentou a ausência dos presidentes das demais agremiações.
"O Marquinhos foi ao local e me parabenizou por ser um ato sem violência. Os outros presidentes não compareceram. Eles demostram que concordam com a Lesga, é uma opção deles, mas eu vou continuar lutando", garantiu.
"Nao sou dono do mundo mas luto pela moralização e igualdade do Carnaval. Temos escolas tradicionaos nos Grupos A e B. O que vale para um grupo, precisa valer para o outro. Porque no Acesso A não caíram duas escolas, e no Acesso B isso não valeu? Os dois resultados precisam ser revistos", completou.
A verde e branca de Niterói ficou em 4º lugar neste Carnaval, apresentando o enredo "Barão de Mauá- Sonho de um Brasil Moderno" desenvolvido pelo carnavalesco Jaime Cezário.

Cahê Rodrigues: 'Deixo a Grande Rio de cabeça erguida'



Foto: Ricardo AlmeidaO carnavalesco Cahê Rodrigues, que atuou por quatro anos consecutivos na Grande Rio, anunciou nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, que se afastou da agremiação, através de uma "carta aberta".


Para entender mais sobre as razões do afastamento, a imprensa entrou em contato com o carnavalesco, que destacou a importância que a comunidade de Caxias tem em sua vida.
"Por respeito à toda a escola e à comunidade, pedi que entendessem o afastamento. Devido à tudo o que aconteceu, trabalhamos muito para conquistar o primeiro lugar, mas não ocorreu. A escola precisa dar oportunidade a novos profissionais", disse.
Cahê explicou que se reuniu com o presidente Helinho neste domingo, 26 de fevereiro, e houve uma conversa amigável. Embora o presidente tenha pedido que o carnavalesco repensasse na decisão, relutanto com o desligamento, ele aceitou a vontade de Cahê.
Perguntado sobre seu futuro no Carnaval, o carnavalesco adiantou que ainda não existe negociação com nenhuma escola, mas ressaltou que ainda no Desfile das Campeãs, três agremiações mostraram interesse pelo seu trabalho.
"Eu ainda não conversei com nenhuma outra escola, mas houve interesse de outras partes. A minha prioridade era decidir minha vida na Grande Rio, chegou o momento de sair da escola. Depois, sim, estarei aberto às propostas".
Cahê Rodrigues enfrentou momentos alegres e difíceis na tricolor de Caxias, lembrando que o barracão sofreu um incêndio que devastou o Carnaval da escola no Carnaval de 2011. De forma vitoriosa, o carnavalesco reconstruiu o trabalho em pouco mais de 20 dias. Sendo assim, Cahê, orgulhoso, disse que deixa e escola de "cabeça erguida" e com sensação de "dever cumprido".

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Paes também pede afastamento dos patronos e elogia gestão de Jorge Castanheira




Em entrevista para o jornal O GLOBO deste domingo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, voltou a tocar no assunto da presença dos patronos nas escolas de samba. Novamente, ele sugeriu o afastamento deles e agora elogiou a gestão de Jorge Castanheira, presidente da Liesa.

- Essa coisa coronelista de patrono, dono de escola, tem que acabar. Mas é preciso deixar claro que não ter patronos não vai impedir que (eles) continuem a frequentar as quadras, se não estiverem presos - disse Paes, em entrevista ao O GLOBO.

O prefeito elogiou a administração da presidente Regina Celi, no Salgueiro, e o trabalho de Jorge Castanheira na Liesa.

- As ações da liga, através de seu presidente, Jorge Luiz Castanheira, nesses anos em que estou na prefeitura, foram sempre transparentes e objetivas - explicou.

O prefeito disse que não acredita em uma nova empresa disposta a assumir o carnaval. Segundo ele, o conteúdo é das escolas que são representadas pela Liesa.

Paes revelou que a vai tombar a Cidade do Samba e que as obras do Porto Maravilha vão ter que se adaptar ao percursso das escolas até o Sambódromo. Ele afirmou que durante o ano vai realizar um concurso com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) para uma nova Cidade do Samba para escolas do Grupo de Acesso, que ficariam em Benfica.

O que aconteceu no sábado das campeãs





  A  imprensa traz algumas notícias importantes que surgiram no sábado das campeãs.

- Laíla elogiou o trabalho do carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca.

- Antes de renovar o contrato com o Salgueiro, que agora já foi assinado, o carnavalesco Renato Lage recebeu uma proposta financeira muito boa, mas preferiu ficar no Salgueiro.

- A presidente do Salgueiro, Regina Celi, disse que já renovou com o coreógrafo da comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira, mestre de bateria, intérpretes e carnavalesco.

- A Lapa está cada vez mais próxima de ser o enredo da Portela para 2013.

- Mestre Ciça renovou com a Grande Rio por mais dois anos.

- Perguntado sobre uma possível saída da Grande Rio, o intéprete Wantuir falou: "Isso, você tem que perguntar para o presidente". Nêgo poderia voltar para Caxias.

- Ivo Meirelles diz que vai ser candidato para reeleição na Mangueira.

- Ricardo Simpatia, diretor de carnaval, continua na Mocidade.

- Márcio André, diretor de carnaval, e o intérprete Ito Melodia renovaram com a União da Ilha.

- A Vila Isabel renovou com o coreógrafo da comissão de frente, Marcelo Missailidis, e com o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute.

- Wagner Gonçalves, carnavalesco da Inocentes de Belford Roxo, recebeu proposta para sair da escola.

- O intérprete Wander Pires disse que quer continuar na Porto da Pedra

- O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Grande Rio, Luiz Felipe e Squel, pode sair da escola. Rogerinho e Lucinha Nobre, que desfilaram pela Portela, podem ser os substitutos.

- O carnavalesco Fábio Ricardo, da São Clemente, recebeu duas propostas. Uma seria da Mangueira, caso Ivo Meirelles vença a eleição e a outra da Imperatriz, caso Wagner Araújo seja o presidente.

Rosas de Ouro dá show no desfile das campeãs



Foto - Raul Machado - SRZDA Sociedade Rosas de Ouro fez uma apresentação impecável na noite das campeãs. Com o enredo: "O Reino dos Justos", a escola da Freguesia do Ó, que ficou com o vice-campeonato, somando 159,8 pontos, homenageou o empresário Roberto Justus, que compareceu acompanhado de sua esposa, a modelo Ticiane Pinheiro.

Todas as alas da escola passaram com seus figurinos completos, assim como as composições dos carros alegóricos. O conjunto visual da azul e rosa chamou a atenção do público, assim como no desfile oficial. Com uma concepção perfeita nas formas, uso de materiais e acabamento, poucas vezes se viu tanto requinte no Carnaval Paulistano. Foi sem dúvida um dos melhores trabalhos do carnavalesco Jorge Freitas. A ala da morte foi novamente a sensação do desfile, impressionando a todos pelo realismo e pela criatividade.

Mestre Tornado e sua batucada "D’responsa" deram um show a parte. Por duas vezes, os instrumentos pararam durante uma passagem inteira do samba. Ellen Rocche, vestida de dourado, encantou o público presente com seu charme e beleza.
Foto - Raul Machado - SRZD
Uma das últimas alas trazia estrelas com os sete campeonatos do Rosas. Uma estrela em especial chamou a atenção: a de 2012. Ainda sem aceitar o desfecho da tumultuada apuração de terça-feira, os componentes também se sentiram campeões desse carnaval. A presidente Angelina Basílio fez um desabafo ainda na concentração: "Nos somos os verdadeiros campeões de 2012, o resto é balela".

Vai-Vai brilha mais uma vez no Anhembi



Trazendo um grande número de componentes para o Desfile das Campeãs, a escola da Bela Vista passou com muita energia e vibração pela pista de desfiles. O enredo "Mulheres que Brilham - A força feminina no progresso social e cultural do país", do carnavalesco Alexandre Louzada, foi o tema do Carnaval de 2012 na busca pelo bi-campeonato. O título não veio, mas a preto e branco conquistou um honroso 3º lugar, ficando a três décimos da Campeã Mocidade Alegre.

A comunidade da "Saracura" deu mais uma aula de canto e simpatia na avenida, o que garantiu uma contagiante apresentação na madrugada deste sábado. A platéia presente recebeu as tradicionais banderinhas alvinegras e fez a coreografia consagrada nos desfiles do Vai-Vai.


A comissão de frente deu outro show de irreverência e contou com a presença ilustre da atriz Adriana Lessa. O primeiro casal de MSPB, Pingo e Paulinha, que obteve pontuação máxima em seu quesito, veio logo no primeiro setor e surpreendeu o público voltando pelo meio das alas. Outra presença ilustre foi a da atriz Luiza Ambiel, representando Eva no carro abre alas. Uma das ausências mais sentidas foi a do intérprete oficial do Vai-Vai, Wander Pires.

Mais uma vez, tirando todas as notas máximas dos jurados de bateria, Mestre Tadeu foi homenageado pelos ritmistas com uma faixa com os dizeres: "Maior campeão nota 10 do Carnaval de São Paulo".

Mocidade encerra folia de 2012 comemorando oitavo título



A escola do bairro do Limão entrou na passarela do samba já na manhã deste sábado em clima de celebração. Deixando todas as polêmicas que envolveram a apuração de lado, os componentes da "Morada do Samba" brincaram na avenida cantando com alegria um dos mais belos sambas de 2012. Ainda na concentração, a presidente Solange Cruz Bichara, falou sobre os incidentes que colocaram em dúvida o resultado do concurso. Ela afirmou entender o desabafo de todas as co-irmãs, mas destacou os problemas que sua comunidade passou no início deste ano, sobretudo o incêndio que atingiu o barracão da escola. Além disso, ressaltou que imagens da TV Globo mostraram as duas últimas notas atribuídas pelos jurados à Comissão de Frente da Mocidade. Essas notas manteriam o resultado inalterado, e concluiu pedindo respeito.

O quesito envolvido em uma das maiores polêmicas do Carnaval Paulistano, Comissão de Frente, foi mais uma vez destaque na apresentação do enredo: "Ojuobá - No céu, os olhos do Rei...Na Terra, a Morada dos Milagres...No coração, um Obá muito Amado". A coreografia gerou, novamente, grande impacto no público presente. Muitos componentes vieram trazendo no peito a faixa de Octacampeão.


A bateria "Ritmo Puro", comandada por mestre Sombra, que garantiu a pontuação máxima, fez as suas tradicionais bossas e paradinhas na noite de festa para o samba de São Paulo. A Mocidade garantiu três notas 10 em outros quatro quesitos: Samba enredo, evolução, enredo e fantasia. O carnavalesco Sidnei França era pura alegria no último setor da escola, junto a velha guarda que apresentou-se orgulhosa com a conquista de mais um título no Grupo Especial.

Conheça o enredo da Beija-Flor para 2013



Foto: Irapuã JefersonA Beija-Flor já definiu o enredo para o Carnaval 2013. A escola de Nilópolis vai levar para a Avenida a origem do cavalo mangalarga marchador, raça brasileira que surgiu há mais de 200 anos.
A raça era usada como transporte de ouro de Minas Gerais para a Corte, no Rio de Janeiro, e atualmente é exportada para diversos países.
O enredo será patrocinado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador. A presidente da ABCCMM, Magdi Shaat, esteve no Rio de Janeiro durante o Carnaval para a assinatura do contrato com a Beija-Flor e para assistir o desfile da azul e branca, que em 2012 levou para a Avenida uma homenagem aos 400 anos de São Luís do Maranhão.

Portela enche de encantos a Sapucaí



No último dia do Carnaval carioca, a Portela deu o pontapé inicial para o desfile das Campeãs, na noite do dia 25 de fevereiro. Com o enredo "Bahia: e o povo na rua cantando...É feito uma reza, um ritual", a
Portela homenageou a cantora Clara Nunes e o povo baiano com todos os seus atabaques e batuques.
O desfile começou às 21h21, com a comissão de frente coreografada por Márcio Moura mostrando a dança dos orixás, com o auxílio de um tripé de onde saía a cantora Clara Nunes. Em seguida, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Rogerinho e Lucinha reverenciando os orixás e totalmente sincronizados um com o outro.
O público que ia enchendo as arquibancadas e frisas ao longo da Avenida já era banhado pelas sutiliezas da Bahia. Havia muito turista que tentava aprender o samba na hora encantado com a melodia deWanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo.
Foto: Wilson Spiler
No quesito sucesso, as baianas que estavam ao lado do carro abre-alas distribuindo fitas do Senhor do Bonfim ao público das frisas e cadeiras, algumas alas coreografadas, a águia dando seus gritos e a comunidade de Oswaldo Cruz e Madureira não parando de cantar podiam ser notados. Outros destaques também foram o intérprete Gilsinho, a bateria "brincando" com paradinhas ao som de timbales.
Aos 51 minutos de desfile, o som em frente ao setores 7 e 9 desaparece por algum tempo. No entanto, isso não foi problema para a comunidade e para o público que entoava o hino em coro.
Foto: Wilson Spiler
No final, as torcidas Guerreiros da Águia e PortelaWeb participaram com faixas e papéis com os números 10 impressos. Aliás, até o prefeito Eduardo Paes, que estava à frente dos ritmistas também segurava um "10".
Prestes a chegar na dispersão, o intérprete Gilsinho agradeceu ao público da Sapucaí e a velha guarda chamava o público para subirem com eles o Pelô. A escola terminou seu desfile com 1h17.

Grande Rio honra classificação no Carnaval 2012



Segunda escola a pisar na Passarela do Samba, a Acadêmicos do Grande Rio, 5° lugar neste Carnaval, entrou forte na Marquês de Sapucaí, nesta noite das campeãs. Com a mesma disposição e empolgação do desfile oficial, os componentes cantaram o samba-enredo e passaram pela avenida honrando o resultado que receberam na quarta-feira de cinzas.
Por volta das 22h42 o intérprete Wantuir entoava o samba exaltação da agremiação e empolgava as arquibancadas. A comissão de frente, composta por 12 membros, além de quatro atores da Rede Globo, teatralizaram a mesma "cena" da última segunda-feira, 20 de fevereiro, representando a superação que começa na infância.
O 1° casal de mestre-sala e porta-bandeira, Luiz Felipe e Squel, voltou com a linda fantasia que indicava "a chama que não se apaga" e bailou em total sintonia ao som da bateria do mestre Ciça.
No abre-alas, atrizes como Cristiane Torloni, Arlete Salles e Vera Gimenez se destacaram na alegoria que lembrava "anjos que anunciam a luz que vem do céu".
Os integrantes estavam em um clima de descontração, e ainda assim, apresentavam danças nas alas coreografadas e passavam com suas fantasias completas, em sua maioria.
Por volta das 23h37 a bateria entrou no segundo recuo "guiada" pela rainha de bateria, Ana Furtado, e comandada por mestre Ciça.
foto: Wilson Spiler
A tricolor de Caxias, que trouxe muitos elementos alegóricos, contou novamente com a presença de personalidades como Minotauro, no segundo carro, Lars Grael, que ovacionado pelo público quando veio no elemento "vencendo o desafio das águas" e Davis Assayag, além da porta-estandarte do Boi Caprichosos e Garantido.
A Grande Rio desenvolveu para este Carnaval o enredo "Eu acredito em você. E você?", de autoria do carnavalesco Cahê Rodrigues.

Beija-Flor teatraliza o Maranhão


A Beija-Flor de Nilópólis foi a terceira escola a pisar na Marquês de Sapucaí na noite do dia 25 de fevereiro. A escola, que ficou em 4º lugar na classificação geral, trouxe o "São Luís- O poema encantado do Maranhão".
Enquanto a Grande Rio finalizava seu desfile utilizando seu tempo disponível, a beija já fazia seu esquenta com sambas antigos enlouquecendo o setor 1. quando foi autorizada, porém, a comissão de
frente, não saía. O relógio precisou marcar 8 minutos para que a mesma saísse e evoluísse na Avenida.
Foto: Wilson Spiler
A comissão de frente fez evolução em todas as cabines, arrancando aplausos do público. Logo atrás, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, bailaram mostrando interação com a plateia e entre si. Eles, como no ensaio técnico, faziam até uma saudação ao orixá Xangô, como diz uma determinada parte do samba. O diretor de carnaval, Laíla, como fizera no desfile oficial, agradeceu aos jurados, se ajoelhando e cruzando os braços no peito em reverência a Xangô.
Via-se também que a escola vinha muito teatralizada com bastante alas coreografadas, principalmente nos setores 1, 2 e 3. Com isso, a escola levou mais tempo que o habitual mostrando cada parte da coreografia das mesmas. Quando o relógio marcou 49 minutos, a comissão de frente ainda estava chegando ao setor 11.
Foto: Wilson Spiler
Por incrível que pareça, a escola ficou mais rápida na evolução dez minutos depois. Daí, as alas passaram com um ritmo normal, dando um gás a mais para os componentes nilopolitanos.
A atriz Regina Casé saiu do camarote onde estava e foi para o meio da ala das crianças. Seguiu assim até a dispersão. Outra artista que comoveu os presentes foi a homenageada Alcione, que estava no alto do carro 6.
Depois que a bateria saiu do segundo recuo, a escola se tornou um pouco mais célere. Chegando na dispersão comn 1h32. O presidente da Liesa, Jorge Castanheira disse que vai avaliar se a escola levará uma multa ou não por ter estourado o tempo delimitado, que é de 1h22.

Vila Isabel, a pura raiz do samba



Em clima de comemoração a Vila Isabel, 3ªcolocada no Carnaval, iniciou seu desfile na Marquês de Sapucaí, na madrugada deste domingo, 26 de fevereiro. Por volta de 1h52, o intérprete Tinga relembrou o sucesso "Quizomba, a festa da raça" colocando todo mundo para cantar e se emocionar. Em seguida, o hino oficial do enredo "Você semba lá... Que eu sambo cá. O canto livre de Angola" tomou conta da Passarela do Samba.
Sob os olhos atentos da carnavalesca Rosa Magalhães, a escola de Noel levantou o público com sua comissão de frente e com o 1° casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Ruth.
As alegorias, em sua maioria, traziam integrantes com rostos pintados exibindo coreografias. Alguns desfilantes, vibrantes, mostravam cartazes com os dizeres "Vila em 3° lugar?", "Vila, minha campeã", em protesto ao resultado divulgado na última quarta-feira, 22 de fevereiro. Ainda neste clima, diretores usavam faixas em que se referiam à agremiação como "A escola do povo", já que a passagem da azul e branca no desfile oficial, encerrou aos gritos de "É campeã", vindos do público.
foto: Wilson Spiler
Os carros trabalhados, coloridos e dourados voltaram a iluminar a Avenida e o samba-enredo dos autores Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel, Evandro Bocão e Artur das Ferragens voltou a embalar os presentes.
A bateria Swuingueira de Noel, comandada pelos mestres Alan e Paulinho, contou com o brilho da rainha, Sabrina Sato, que acompanhado do namorado, sambou, vibrou e saudou o público.
Já na praça da Apoteose, novamente aos gritos de "É campeã", a agremiação finalizou sua performance no desfile das campeãs com um carinho vindo do público que a comunidade, componentes e  diretores jamais esquecerão.

Salgueiro festeja na Avenida



A penúltima escola a passar pela Marquês de Sapucaí na noite deste sábado das Campeãs, o Acadêmicos do Salgueiro trouxe mais uma vez a viagem ao Nordeste através de seu enredo "Cordel Branco e Encarnado". A escola que foi vice, fez um desfile com muita alegria e força dos camponentes.
Antes do desfile começar para valer, o diretor de harmonia Dudu Azevedo disse ao micrifone para toda a Avenida ouvir que agradecia todo o apoio e a vibração pelo vice- campeonato.
"Sabemos do esforço da presidente Regina Celi e de todos os segmentos para colocar este Carnaval na rua. Agradeço às baianas, a diretoria, os compositores, à bateria e, principalmente, à comunidade que desde que o samba foi escolhido, vibrou e cantou como nunca. Nós desfilamos com garra naquela segunda-feira de Carnaval. Cada componente tem um Salgueiro no coração", disse.
Em seguida, ele passou a palavra para a presidente Regina, que agradecia à Liesa, à comunidade, aos patrocinadores, e ao deputado Chiquinho da Mangueira, a quem lhe disse que seria eternamente grata.
O desfile começou com muitos fogos às 2h18. Como no desfile oficial, a comissão de frente veio falando da literatura de Cordel, aonde tudo pode: bomba, armas, casamentos, carroa que abre, bonecas de pano. Atrás, a ala que fez muito sucesso no público foi a que era coreografada por Carlinhos Coreógrafo. Na ala, havia de tudo um pouco: cigana, bola de cristal, arlequim, fortões.
Os nordestinos do Salgueiro cantaram, se empolgaram e epolgaram. Além disso, vários deles seguravam cartazes com dizeres do tipo "Arrepia, Salgueiro" ou "Salgueiro, eu te amo".
Outros destaques também foram a bateria Furiosa, de mestre Marcão, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Sidclei e Gleice Simpatia que rodopiaram e encantaram os presentes.
No final, a Furiosa e os intérpretes Quinho, Leonardo Bessa e Serginho do Porto
levantaram os setores 10,11, 12 e 13 com seu xote e baião. O Acadêmicos do Salgueiro terminou seu desfile campeão às 3h37.

Unidos da Tijuca comemora título com público da Sapucaí



foto:divulgaçãoA vencedora do Carnaval 2012, Unidos da Tijuca, fechou a noite dos desfiles das campeãs, na madrugada deste domingo, 26 de fevereiro, brindando com o público. Após agremiações como Portela, Grande Rio, Vila Isabel e Salgueiro se apresentarem na Marquês de Sapucaí, já passavam das 4h da manhã e as arquibancadas ainda estavam cheias, quando pessoas ainda aguardavam entrada da azul e amarela na Avenida.
Para a felicidade dos torcedores, a festa foi completa! A comissão de frente, comandada por Rodrigo Negri e Prscila Motta, apresentou a coreografia divertida e elogiada por todos, o público vibrou e aplaudiu a habilidade e sagacidade dos integrantes da equipe, assim como o profissional que dançava dentro de uma mola colorida.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marquinhos e Giovanna, vestia a mesma roupa que representava Lampião e Maria Bonita e bailou naturalmente em frente às cabines dos jurados, além de agradecer o carinho do público que os aplaudia animadamente.
Com faixas de "campeão" penduradas junto às fantasias, os componentes cantavam e sabiam de cor a letra do samba-enredo, e desfilavam em ritmo de comemoração e celebração embalados pela forte voz do intérprete, Bruno Ribas.
Mestre Casagrande, que veio ao lado da rainha Gracyanne Barbosa, comandou os ritmistas da Pura Cadência e animou as arquibancadas da Sapucaí, que ficaram cheias até a passagem da escola do Borel.
Seguindo o fim da escola, o carnavalesco Paulo Barros acompanhou tudo de perto e foi ovacionado pelo público, que admirava as criações desenvolvidas por ele para o enredo "O Dia Em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei do Sertão". Paulo demonstrou bastante emoção com tanta retribuição de carinho e também agradeceu.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Unidos da Tijuca campeã: emoção e festa na quadra



Foto: Ary Delgado
A quarta-feira de cinzas de 2012 foi especial para a Unidos da Tijuca. A tarde começou tensa e a expectativa pelo resultado do Carnaval 2012 dominou a Praça da Apoteose. Já passava de 16h quando a apuração teve início e os ânimos de afloraram ainda mais pelas mesas das 13 escolas, colocadas no local para receber representantes das agremiações.
A todos a imprensa  perguntava sobre o momento decisivo, a resposta era: "as expectativas são as melhores". Embora nervosos, os integrantes estavam confiantes, desde as favoritas até as que menos se destacaram no desfile oficial.
Apesar do clima de rivalidade, já que uma escola competia com a outra, era perceptível a admiração de alguns integrantes de uma escola com outros de agremiações diferente. Reconhecimento pelo belo desfile, respeito pelo trabalho realizado, ou por outros importantes motivos.
Já no final da tarde, o clima de festa dominou a Apoteose e a quadra da Unidos da Tijuca, que se consagrou vencedora com uma diferença de dois décimos em relação à segunda colocada, o Salgueiro.
A Unidos da Tijuca também foi agraciada pelo júri do Prêmio SRZD-Carnaval 2012 com dois troféus: o de melhor carnavalesco do Grupo Especial, Paulo Barros;  e melhor comissão de frente do Grupo Especial. A imprensa  esteve presente também na quadra tijucana e comprovou a felicidade dos torcedores e a satisfação dos integrantes pelo reconhecimento do belo trabalho apresentado na Avenida.
Assista, no vídeo abaixo, às declarações do presidente Fernando Horta, da porta-bandeira Geovana, dos coreógrafos da comissão de frente, Rodrigo Negri e Priscilla Mota, e da rainha de bateria Gracyanne Barbosa, durante a festa de comemoração do título:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Presidente da Lesga diz que atitude da Riotur é 'inconstitucional'



Foto: DivulgaçãoA Riotur informou, na tarde desta quinta-feira, 23 de fevereiro, que não mais reconhece a Lesga como interlocutora e organizadora do Carnaval das escolas do Grupo de Acesso do Rio de Janeiro.
A justificativa para o afastamento, por parte da Riotur, seria o não cumprimento de determinadas cláusulas previstas no contrato durante a apuração deste Carnaval.
Após o anúncio, a imprensa entrou em contato com o presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso, Reginaldo Gomes, que disse que ainda é preciso haver uma discussão sobre o contrato em vigor existente entre as duas partes.
"A Lesga tem um contrato com a Riotur. Eles ainda têm que passar 10% da verba combinada para as escolas. Eles têm o direito de não querer que a Lesga administre mais o Carnaval, mas, ao mesmo tempo, eles precisamo cumprir o contrato. Isso é institucional e arbitrário", disse.
Segundo Reginaldo, o que motivou a divulgação da notícia foi o fato de não ter havido rebaixamento na apuração deste ano. Porém, ele explicou que isso não ocorreu por justiça às agremiações, que não receberam a verba em tempo para que desenvolvessem com tranquilidade seus desfiles.
A Riotur informou, através do comunicado, que vai reunir as escolas do Grupo de Acesso A para definir os critérios para o próximo Carnaval.

Presidente da Portela critica apuração após resultado do Carnaval 2012



Foto: Hélio Ricardo Rainho Após o resultado da apuração do carnaval 2012, o presidente da Portela, Nilo Figueiredo, reuniu a comunidade na quadra da escola, desculpou-se pela rouquidão e fez severas críticas à apuração.
"Quero dizer a todos vocês que esse resultado que vocês viram já havia sido informado a mim ontem à noite. Eu estava alertado", disse.
O tom do discurso de Nilo foi sóbrio, sempre ressaltando o esforço e o êxito dos componentes. Além de criticar os pontos perdidos no quesito enredo, Nilo foi taxativo quanto aos jurados de harmonia e bateria:
"Eu costumo dizer que não tenho medo da harmonia porque eu sei que nisso vocês são muito fortes. Há anos somos bem pontuados nisso. Entâo esse julgamento de hoje eu não entendi. E a nossa bateria foi a mais premiada do Carnaval e como não foi reconhecida por esses julgadores?
Não dá pra entender isso".
Ao final, Nilo exaltou o trabalho dos portelenses, isentou-lhes de culpas e pediu que näo ficassem tristes, nem reclamassem no desfile das campeãs:
"Peço que vcs näo discutem, näo provoquem, näo digam nada. Se alguém tem que protestar, esse alguém sou eu", concluiu o presidente.
Muito aplaudido, Nilo pediu que os portelenses mostrassem nas campeãs o quanto foram injustiçados e encerrou com um apelo:
"Amem a Portela! Sempre".

Max Lopes nega demissão, mas está fora da Imperatriz



Foto: DivulgaçãoMax Lopes não é mais carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense. Após 3 anos seguidos a frente da escola, o carnavalesco não ocupa mais o cargo e conversando com a imprensa,negou a notícia que foi divulgada sobre sua suposta demissão.

"Em reunião pacífica e muito boa, por sinal, chegamos a um consenso de que eu não ficaria mais. Demissão foi algo que nunca aconteceu na minha vida. É mentira. Tenho muitos anos de estrada, vários campeonatos. A palavra demissão não condiz com o tempo que tenho de carreira", afirmou.

Max ainda deu detalhes sobre a reunião que selou sua saída.

"Eles vão reformular tudo, está havendo um problema na família, é ano de eleição. Devido aos problemas somados, eu mesmo quis ficar liberado para outros contatos, pois passada a eleição, como ficariam as coisas? Assim foi decidida minha saída, em comum acordo e na paz", finalizou o carnavalesco, que agora está a espera de convites.

A história do carnavalesco na Imperatriz começou no ano de 1977, quando conquistaram a vaga no grupo especial com o enredo "Vamos brincar de ser criança". Em 1989 conquistou o título do grupo especial com o enredo "Liberdade Liberdade". Ele ainda comandou a agremiação em 1990, 2010, 2011, 2012.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Unidos da Tijuca é a grande campeã do Carnaval 2012




Não teve para ninguém. Depois de um início equilibrado, a Unidos da Tijuca manteve a ponta desde a metade da apuração e não perdeu mais. A escola é a grande campeã do Carnaval 2012 do Grupo Especial do Rio. O Salgueiro ficou em segundo lugar. Já a Vila, uma das grandes favoritas antes de a apuração começar, ficou na terceira posição. Em seguida, vieram Beija-Flor, Grande Rio e Portela. Estas estarão no sábado das campeãs.
A apuração das notas começou muito apertada, com a Unidos de Vila Isabel despontando em primeiro lugar, seguida de perto pela Unidos da Tijuca e Salgueiro. Com o passar da apuração, a Unidos da Tijuca assumiu a primeira colocação, sempre com a vantagem de dois décimos para a segunda colocada.
A escola do Borel levou para a Sapucaí o enredo "O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão". Entre os destaques do desfile está a comissão de frente que teve um espírito da sanfona, que foi interpretado por um contorcionista estrangeiro e a ala Esculturas de vitelino, em que os componentes pareciam bonecos de barro de verdade.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

União da Ilha leva Londres para a Sapucaí


Aproveitando o fato de Londres ser a sede das Olímpiadas que serão realizadas este ano, a União da Ilha levou para a Sapucaí o enredo "De Londres ao Rio: Era uma vez...uma Ilha". A escola da zona norte fez uma viagem de Londres ao Rio. No entanto, a escola passou sem muita emoção pela Avenida.

A comissão de frente "Deus Salve a Ilha" fez demostrações com um tripé alegórico, que representou um cortejo inglês, que teve a presença da carnavalesca Maria Augusta, representando a Rainha Elizabeth e do gari Renato Sorriso. Eles fizeram uma paródia carnavalesca aos suntuosos cortejos reais ingleses. No entanto, um integrante passou em frente a uma das cabines de jurados e pode prejudicar a pontuação da escola. "A resposta do público e o figurino foi maravilhoso. Meus agradecimentos ao carnavalesco Alex de Souza, que teve o sonho. Eu apenas realizei", afirmou o coreógrafo da comissão de frente, Sérgio Lobato.

Logo depois veio a ala Guarda Montada, em que os componentes estavam fantasiados de cavalos da Guarda Real Inglesa, que sambavam em plena Sapucaí e fizeram algumas coreografias. O pede passagem da escola veio com o nome Ilha, protegido por duas guardas inglesas, que sambavam e esbanjavam sensualidade e simpatia, contrastando com jeito sério dos guardas ingleses.

O abre alas Londinium augusta - A britânia romana veio com tons de prata e preto. Já o segundo, Sob a proteção do padroeiro, trouxe uma espécie de jogo de xadrez. A quarta alegoria, O Grande Império, fez uma ilusão à China, quando retratou o momento em que o Império Inglês ficou conhecido como "aquele onde o sol nunca se põe", pois em qualquer continente se encontrava uma colônia inglesa. Na parte da frente do carro veio um grande dragão chinês.

Já a quinta alegoria fez uma homenagem ao clássico "Alice no país das maravilhas". As xícaras presentes no carro estavam bem acabados e pareciam de porcelanas. O Suingue de Londres fez uma homenagem aos cantores Freddie Mercury e Amy Winehouse.

O primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira, Ronaldinho e Verônica Lima, bailaram sem problemas pelo Sambódromo. Eles representaram A Peleja do Santo Guerreiro, fazendo alusão à lendas britânicas envolvendo São Jorge. Eles foram "protegidos" por cavaleiros templários.

As fantasias e alegorias estavam bem acabados. A ala Santo Graal, por exemplo, estava com fantasias impecáveis. As baianas desfilaram com a fantasia Extremo Oriente, que estava bastante colorida e que representava o traje da Ópera de Pequim. Até o Chá das cinco foi representado com uma fantasia muito bem acabada. Pelo fato do peso das roupas, algumas pessoas passaram mal e foram levadas ao pronto socorro.

O carnavalesco Alex de Souza disse que as fantasias foram as mais luxuosas e vistosas na sapucaí e que espera que o fato de muitas pessoas passarem mal não prejudique a pontuação da agremiação na competição.

A agremiação levou para o Sambódromo 3.500 componentes, divididos em 33 alas. Entre elas, estavam as que homenagearam o ator Charles Chaplin, os beatles, com uma alusão aos sucesso "Yellow Submarine" e os reis da Inglaterra, que foram representados pela Velha Guarda da escola. O destaque ficou para a ala Folia esportiva, em que os componentes representaram os anéis olímpicos. Já a Football Sport Club é no maraca representou uma partida de futebol e trouxe o rosto de jogoadores consagrados, que fez o público vibrar.

A bateria da Ilha passou pela Avenida vestidos com a fantasia América - Guerreiros Sioux, representando nativos americanos, que foram conhecidos pela bravura e que habitavam a primeira colônia norte-americana inglesa, Virgínia.
A escola fez um desfile calmo e sem atropelos. Não deve sofrer punições no quesito harmonia.

Salgueiro conta a magia do Cordel na Sapucaí

O salgueiro levou para a Sapucaí toda a magia da literatura de cordel. A escola trouxe o enredo "Cordel branco e encantado", montado em forma de poesia, homenageando os cordelistas do nordeste brasileiro.
A comissão de frente do Salgueiro, Caravana arretada, fez uma apresentação sem surpresas para o público e jurados. Eles mostraram um espetáculo que era apresentado, primeiramente em feiras medievais. Os integrantes dançaram forró com bonecos e interagiram com um tripé. Apesar dos problemas, a comissão acertou a difícil coreografia do teatro de cordel. "Tudo perfeitamente correto", disse Hélio Bejani, coreógrafo da comissão.

Uma característica dos carnavalescos Renato e Márcia Lage foi a grandiosidade das alegorias. O abre alas, O Reino do Cordel, estava grande e teve problemas para entrar no setor 1 e para sair da dispersão. O carro dois, A Barca da Encantaria, fez referência às fantásticas histórias da literatura de cordel da época medieval, na Europa. Ela soltou bolhas de sabão na Avenida. O carro O julgamento - entre o céu e o inferno veio muito bem acabado, contrsastando as cores amarela e vermelho. Valesca Popozuda veio como a diabólica, sendo um dos destaques da escola.
A última alegoria, A coroação, mostrou uma estrutura de cordelistas e homenageou a cultura popular do cordel. Além disso, algumas xilogravuras, desenhos característicos nos livros de cordel, estavam presentes.
As alas e fantasias estavam bem compactas e acabadas, respectivamente. Durante todos o desfile as cores fortes predominaram. As baianas desfilaram vestidas de Maria Bonita. As cores laranja, preto e vermelho ficaram fortes nesta fantasia.
A ala Feira Medieval foi ovacionada pelo público presente no setor 1. Moradores da comunidade participaram do setor, que estavam com figurinos diferentes.

O primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira, Sidiclei e Gleici Simpatia, fez excelente desfile em todo o desfile. Durante a coreografia, Sidiclei tocou triângulo e o casal dançou em ritmo de forró. Eles estavam fantasiados como o Brilho do Sol e o Luar do Sertão, contrastando a noite e o dia.
A furiosa bateria, comandada pelo mestre Marcão, fez algumas paradinhas e alguns sons de xote e baião, ritmos musicais característicos do nordeste brasileiro. A apresentação ocorreu sem problemas. Eles estavam vestidos como O Bando de Lampião.
A escola pode sofrer punições nos quesitos harmonia e evolução. A agremiação teve momentos em que ficou completamente parada, em virtude dos problemas dos carros na entrada e em outros teve que correr.

'Sou velha de guerra', diz Scheila Carvalho na concentração da Mangueira

Foto: Luana Freitas - SRZDNa concentração, a dançarina Scheila Carvalho entrou no carro abre-alas ("Sou cacique, sou Mangueira") da Estação Primeira de Mangueira, a quarta escola a desfilar na noite desta segunda-feira.
Scheila, que estreou na Marquês de Sapucaí como rainha de bateria da Paraíso do Tuiuti no sábado, se considera "velha de guerra" e afirmou a imprensa que não está nervosa por desfilar como destaque da verde e rosa.
Sobre o desfile da Tuiuti, ela disse que foi emocionante e marcou com muita energia o retorno dela ao carnaval.
Veja na imagem ao lado a dançarina exibindo bela forma e disposição como destaque de chão da Mangueira.
Edição: Ana Leticia Ribeiro

Mangueira usa e abusa das paradinhas e faz história

Um desfile de arrepiar e cheio de emoções.A Mangueira levou para a Sapucaí o enredo "Vou festejar!Sou Cacique, Sou Mangueira", de autoria do carnavalesco Cid Carvalho, homenageando o bloco Cacique de Ramos.A escola surpreendeu o público com longas paradas, ficando apenas nas vozes dos intérpretes, componentes da escola e espectadores. Além disso, vários cantores, como Alcione, Xandy de Pilares e Dudu Nobre interpretando o samba. Ela é fortíssima candidata ao título.

No ano passado, a escola já inovou e a bateria passou alguns minutos sem tocar, realizando uma paradona. No entanto, em 2011 os jurados não entenderam o objetivo da bateria da escola e perdeu pontos no quesito bateria. Será que este ano, com estas novas inovações, os jurados tirarão pontos que podem tirar a escola da disputa ao título? O fato é que o público gostou do que viu.
A comissão de frente, coreografada por Jaime Arôxa, teve a presença de Bira, Beth Carvalho e Jorge Aragão. O elemento alegórico em que estavam representou um terreiro de candomblé. Com isso, não houve muita interação com o público.

Raphael Rodrigues e Marcella Alves, primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira da Mangueira, fizeram ótima apresentação. Eles representaram os blocos Bafo da Onça e Cacique de Ramos
A bateria Surdo Um, vestidos como caciques e onças em uma fantasia chamada Surpresa e usaram e abusaram das paradinhas.
As alegorias da escola estavam muito bem acabadas, uma característica de Cid Carvalho. O carro número trouxe um cacique tocando o tambor da bateria Surdo Um e na parte de trás uma réplica do Palácio do Samba, a nova quadra da escola que está sendo construída. O sexto carro, Bafo da Onça x Cacique de Ramos - O duelo da alegria, mostrou o duelo entre os dois blocos. Na parte da frente veio uma onça, simbolizando o rival do Cacique. O sétimo, A tamarineira e o pagode do Cacique de Ramos, totalmente verde, simbolizou a quadra do bloco com sua tamarineira onde eram feitas as rodas de samba do bloco.
O último carro, Samba em marte "Respeite quem pode chegar onde a gente chegou" relembrou o samba Coisinha do Pai, interpretado por Beth Carvalho e que foi usado para despertar um robô no solo de marte.
As fantasias estavam bonitas e bem acabadas. As cores predominantes foram as do Cacique, como o vermelho e preto e o verde e rosa, da Mangueira. Este contraste foi constante em toda passagem da agremiação.
A harmonia e evolução estavam excelentes. No entanto, a escola teve que ficar paradas por alguns minutos na avenida devido a problemas nas entradas dos carros no setor 1.

Rosa Magalhães se emociona na Avenida



A carnavalesca da Vila Isabel, Rosa Magalhães, descreveu já na dispersão como se sentiu após o desfile.

- Saio cansada e emocionada da Avenida. Acho que conseguimos fazer o público entender o enredo e, além disso, gostei bastante do desfile - contou.

Mestre Paulinho ressalta o bom samba da Vila Isabel



Após o desfile da Vila Isabel, mestre Paulinho conversou com a imprensa e fez sua avaliação do desfile. - Somos um grupo de diretores envolvidos em um mesmo projeto. O coletivo é o que vale. Fizemos seis paradinhas. Samba é emoção e temos um ótimo samba, escolhemos muito bem - disse.

Ele também comentou sobre o novo Sambódromo. - Faço meu trabalho de qualquer jeito, faço o que é certo.

Mestre Nilo fala sobre a bateria da Azul-e-branco de Madureira





 

O mestre de bateria da Portela fala sobre a apresentação dos seus ritmistas:
- Adorei a apresentação, foi tranquila, a escola estava muito leve e solta. Fizemos umas 15 paradinhas, como samba de roda, olodum meio cariocado, tudo para trazer a atmosfera da Bahia.
Ele também comentou sobre a nova estrutura do sambódromo e no que ele poderia interferir na execução da bateria.
- Como não sabia como ia ser o novo sistema de som do Sambódromo, preferi vir com cautela para não atrapalhar e acabei fazendo bem - ponderou Nilo.
 

Coreógrafo da Vila Isabel explica o Abre-Alas da escola





Após surpreender positivamente com o carro representando a fauna selvagem de Angola, o coreógrafo explicou a Comissão de Frente da Vila Isabel.

- Tentei trazer de forma simples o enredo africano. Quando pensamos em África o que nos remete é a Savana africana que mostrei de forma lúdica - contou.

Em relação ao rinoceronte que veio na frente da escola, ele afirmou que representa o grande interior do ser humano que guarda toda África.

- Quando ele abre é como se fosse um grande coração mostrando a África - finalizou

Após desfile, Laíla ressalta a união da Beija-Flor





O diretor de carnaval da Beija-Flor, Laíla, saiu satisfeito do Sambódromo e afirmou que o desfile da escola foi completo.

- O desfile foi maravilhoso, mas eu não sou o único responsável por isso, pois não se consegue fazer nada sozinho. Essa garotada, essa comunidade que fez esse carnaval. Para mim, não faltou nada no desfile - disse.

Laíla também falou sobre o fato do casal de mestre-sala e porta-bandeira terem se apresentado duas vezes para os jurados.

- Essa apresentação fez com que a escola perdesse oito minutos - finalizou.

Atual campeã, Beija-Flor encanta, empolga e deve lutar pelo bi






Há diversas formas de se fazer Carnaval. E nenhuma delas é tão eficiente como o selo Beija-Flor de qualidade. A maior campeã da Sapucaí mostrou, como sexta escola a desfilar neste domingo, que está forte na luta para defender o título conquistado no ano passado. Em desfile marcado pelo luxo e beleza das alegorias e fantasias, a agremiação de Nilópolis contou a história de São Luís do Maranhão com uma perspectiva diferente, abordando um lado místico que envolve lendas ligadas à cidade.




Mas o imponente abre-alas e os carros 2A e 2B, representando navios negreiros, que estavam impecáveis, não foram tão impactantes como a última alegoria do desfile - mais simples esteticamente, porém com um quê de emoção insuperável. Joãosinho Trinta, um os maiores artistas da história deste país, foi homenageado em grande estilo pela Beija-Flor. Seu rosto era o destaque da parte frontal do carro "A histórica São Luis e a arte do gênio João", juntamente com um trono, vazio, devido ao falecimento do carnavalesco. E como se não bastasse isso, uma "releitura" do Cristo Mendingo do polêmico e aclamado desfile Ratos e Urubus de 1989 foi apresentada para encerrar o desfile, na parte posterior do carro. No lugar do Rendetor, João. E sob ele, os "mendigos" que consagraram aquela apresentação.

O "poema encantado" declamado pela Beija-Flor, no entanto, também apresentou falhas. A leitura do enredo, por exemplo, acabou não sendo tão fácil. A homenagem a São Luis passeou por temas como escravidão, quimeras e lendas assustadoras. Ao invés da tradicional alegria conhecida do Maranhão, muito bem retratada na quarta alegoria, representando o Boi Bumbá, e na sexta, comparando-a a Atenas e à Jamaica, deu lugar a tons escuros, criaturas do mal e a crueldade dos colonizadores europeus com os escravos negros. Criatividade ou fuga do tema? Uma resposta que somente os jurados poderão responder.

A evolução da escola foi outro ponto que não foi perfeito. Os componentes demonstraram muita alegria, canto forte e desenvoltura, porém foi possível identificar buracos no meio e no fim do desfile. A comissão de frente, apesar de muito bonita e criativa, também errou em mais de um setor. Claudinho e Selminha Sorriso fizeram apresentações corretas, assim como a bateria dos mestres Rodney, Plínio e Binho Percussão - que sabe como dar cadência como ninguém a um samba. Ainda mais quando o refrão, embalado pelo mais antigo intérprete do Carnaval carioca em atividade, Neguinho da Beija-Flor, conquista parte do público.

Confira a análise do desfile cabine por cabine:

Cabine 1 - A cena foi emblemática. Com muita vibração, Laíla, diretor de carnaval da Beija-Flor, se ajoelhou diante dos jurados, bateu no chão da Sapucaí e socou o peito. A empolgação era tanta que até seus óculos acabaram voando do bolso da camisa. Era o anúncio de que vinha uma Beija-Flor empolgante e muito bonita pela frente. Antes disso, a comissão de frente e o casal de mestre-sala e porta-bandeira se apresentaram.

A comissão chamou a atenção pelas grandes dimensões do tripé e pela enorme "serpente encantada" que vinha rastejando pela Sapucaí. De dentro dela, saíram "guerreiros tupinambás", que faziam uma dança com passos fortes, gritos e muita energia. A coreografia e a criatividade foram ótimas, porém a coordenação na hora de fazer a serpente sair de dentro do "casco", que era o tripé, não foi das melhores. Um componente chegou a deixar um pedaço da "pele" da cobra cair antes da hora. Ainda assim, a apresentação foi bastante aplaudida, assim como Selminha e Claudinho, que vieram logo depois. O casal, muito bem vestido, se exibiu com tranquilidade e elegância.

Chegava a hora, então, das fantasias, alas coreografadas e alegorias da Beija-Flor tirarem o fôlego do público. Além do canto forte de seus componentes, a escola empolgou os espectadores com o belíssimo trabalho visual feito nos grandiosos e luxuosos carros alegóricos. Destaque para a ala onde negros, representando escravos, dançavam praticamente seminus, com correntes, e para os carros dos navios negreiros.


Cabine 2 - A comissão de frente da Beija-Flor tinha o elemento cenográfico como principal destaque da sua apresentação, pois a coreografia dos dançarinos era muito simples.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira se saiu muito bem. Claudinho e Selminha realizaram uma coreografia acompanhando o ritmo do samba, protagonizando uma ótima apresentação.

As alegorias, que apresentavam esculturas muito grandes e bem acabadas, mas com uma quantidade acima do normal de componentes coreografados nos carros, o que não costuma ser comum na escola. Observação sobre o carro que simulava os navios negreiros, que trazia muitas mulheres com os seios desnudos. Junto com as alegorias, fantasias da escola também passavam bem a ideia do enredo.

A escola apresentou uma ótima harmonia, com todas as alas cantando muito o samba-enredo. No entanto, a evolução ficou comprometida a partir dos 45 minutos de desfile, quando os componentes, literalmente, começou a correr na avenida, mesmo sem estar atrasada. De uma hora para a outra, a escola inteira acelerou demasiadamente.

A bateria da Beija-Flor não parou diante da segunda cabine mas, durante sua passagem, executou uma breve bossa.



Cabine 3 - As arquibancadas próximas a este setor ficaram entusiasmados logo quando o nome da escola de Nilópolis foi anunciado.

O forte da comissão de frente se manteve o mesmo: aspectos visuais. Um grande impacto com a serpente, mas uma coreografia simples.

A apresentação de Selminha e Claudinho foi a mais longa de todas as que passaram pelo terceiro setor até então. A porta-bandeira da Beija Flor cantava com emplogação o samba da escola, diferente de seu par. O casal fez uma bela apresentação com encenações. Ao término da apresentação, Laíla se ajoelhou diante dos jurados.

Na apresentação da escola, destaque para a passagem dos carros 2A e 2B, onde a interpretação levou alguns componentes das alegorias às lágrimas com as encenações dos escravos, e o quinto carro, que produzia um belo efeito de luzes e sombras, além de um dragão que parecia soltar fogo.

Alguns erros também foram vistos. A primeira ala não apresentou falhas estéticas, mas o adereço alto que os componentes carregavam aparentava ser muito pesado. Além disso, a ala 31 passou diante dos jurados com um de seus integrantes tirando fotos. Quanto às alegorias, pôde se ver a vela do carro 2A rasgada e a penúltima alegoria apresentava falhas no acabamento do braço de uma escultura da traseira.

Os componentes, apesar de cantarem o samba, pareciam muito concentrados e frios. A correria com 45 minutos e 1:03h de desfile prejudicaram a evolução da escola. A bateria, assim como no setor anterior, não parou em frente aos jurados e realizaram uma breve bossa durante sua passagem.



Cabine 4 - O fim do desfile da Beija-Flor transcorreu com naturalidade. A escola manteve o ritmo que vinha apresentando anteriormente. A comissão de frente, desta vez, parecia mais segura e se apresentou melhor. O casal, no entanto, teve pequenos problemas com a bandeira, que não ficou totalmente esticada durante boa parte da apresentação. Além disso, algumas alas tiveram que acelerar um pouco o passo para evitar problemas de evolução.

A maior vibração dos espectadores dos setores 10 e 11 foi com a última alegoria, em homenagem a Joãosinho Trinta. A parte traseira do oitavo carro da escola gerou muitos aplausos. Antes, a coreografia feita pelos componentes do segundo carro alegórico, no topo do navio negreiro, também chamou a atenção, assim como a maioria das fantasias. Era possível ouvir um "Que lindo" aqui, um "Maravilhoso" ali e muitas palmas.

A sensação que fica é que a Beija-Flor, como de costume, vai brigar por mais um título neste Carnaval.

Tigre investe no aspecto plástico, mas faz desfile morno e com erros na evolução




Escola que mais sofreu com as críticas no pré-carnaval em razão de seu enredo sobre o iogurte, a Unidos do Porto da Pedra acabou confirmando as prévias de um desfile frio e com pouca aceitação do público. A escola de São Gonçalo teve méritos. Apresentou até aqui, as alegorias mais bem acabadas da noite, mas a concepção acabou ficando refém das soluções plásticas que o enredo proporcionou. A evolução e o canto da Porto da Pedra também deixaram a desejar em diversos momentos do desfile e a bateria, assim como a interpretação de Wander Pires, se destacou bastante, dando vida ao mediano samba da Vermelho e Branco. O desenvolvimento do enredo acabou contribuindo para que a temperatura do desfile fosse esta, muito quadrado, sem atrativos. No final, houve uma tentativa de quebra no cenário, mas sem sucesso.




Análises nas cabines 1 e 4

A comissão de frente da Porto da Pedra acabou decepcionando um pouco. No ano de estreia de Regina Sauer na escola, o grupo apresentou coreografia simples demais, sem nenhum atrativo ou movimentação mais ousada. O ponto alto da comissão foi a indumentária usada. A roupa era branca e trazia pequenas luzes, que mudavam de cor e davam um efeito bacana. O elemento cenográfico, porém, poderia ter sido melhor acabado e decorado. No quarto módulo, a parte de trás do forro do elemento se rasgou. A comissão representou o processo químico de transformação do leite.



O primeiro casal da escola, Fabrício Pires e Cristiane Caldas, foi bem nas duas cabines em questão. Mesmo apresentando uma coreografia que explorava pouco a habilidade de dança do casal, os dois foram bastante graciosos e o entrosamento ficou claro. Cristiane mostrou bastante habilidade e mostrou a bandeira sempre esticada nos dois módulos. A fantasia usada também colaborou bastante para a beleza da apresentação. Eles representaram o Tigre, símbolo da escola.

A bateria da Porto da Pedra mostrou mais uma vez a razão de ser o quesito mais forte da escola hoje. O amadurecimento da ala nas mãos do mestre Thiago Diogo e seus auxiliares aumenta a cada ano. A ousadia nas bossas e desenhos rítmicos esteve presente. Bem como o equilíbrio de timbres e entrosamento entre os diferentes entrosamentos.

O canto da Porto da Pedra oscilou bastante, mas de uma maneira geral deixou a desejar. A escola até canta, mas de forma tímida, precisa se soltar mais, talvez a qualidade do samba tenha influenciado, mas o Tigre ficou devendo nesse ponto. A interpretação do samba foi um primor. Muita qualidade no carro de som da Porto da Pedra, comandado por Wander Pires. O setor que menos cantou foi o terceiro. A ala sete, fantasiada de Coalhada, passou com pouquíssimos componentes cantando o samba. O momento de maior vibração do público, fora a passagem da bateria, foi a chegada da sexta alegoria, que trazia o ator Marcelo Serrado interpretando Igor Carasso.

A evolução da escola também não foi a considerada ideal. No primeiro módulo, a primeira ala da escola, que representava os Ritos Tribais, estava mal distribuida de sua metade para a final. Já no último módulo, o cenário foi bem pior. Buracos à frente da terceira e da quinta alegoria acontecerem bem em frente à cabine dos julgadores. Além disso, a entrada da bateria no segundo recuo não foi perfeita, houve um espaçamento acima do normal na ala de passistas e a escola pode perder décimos também em razão disso. Em determinado momento do desfile, a Porto da Pedra passou a imprimir um ritmo muito acelerado e desnecessário ao desfile.

As alegorias da Porto da Pedra mostraram o melhor acabamento da noite até agora. O enredo acabou não proporcionando soluções plásticas impactantes, mas as alegorias mostraram com clareza o objetivo traçado. As duas últimas alegorias exalavam aroma de iogurte e agradaram o público das frisas.


As fantasias da Porto da Pedra também mostraram alto nível e bom gosto no acabamento. Destaque para a fantasia da bateria, vestida de Povo dos Balcãs, e para todo o sétimo setor da escola.

Cabine 2

Comissão de frente confusa. Tentou criar uma mistura química do iogurte e não conseguiram mostrar nada. Fantasia possuía luzes e elementos cenográficos para tentar reproduzir um lactobacilo. A coreografia era de difícil compreensão.

O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira passou bem e fez vários giros diante dos julgadores. Boa apresentação com a bandeira sempre esticada.

A Bateria foi o ponto alto do desfile da Porto da Pedra. Ela passou diante da cabine 2 e criou uma bossa para o jurado, que deu um soco no ar e aplaudiu bastante a bela apresentação.

As alegorias possuíam enredo complicado com difícil leitura. Elas não estavam bem acabadas, assim como as fantasias, que estavam pesadas para os componentes, que procuravam acertá-las durante o desfile.

A evolução foi bem, mas a escola cantou pouco, com muitas alas desfilando sem cantar o samba.

Cabine 3

Comissão de Frente, fantasiada de lactobacilos vivos, as luzes dos componentes junto com a luz do tripé, que piscava cada hora de uma cor. A cama elástica trazia lactobacilos pulando. Assim como a Mocidade, a Comissão de Frente ficou muito tempo parada diante do terceiro módulo. Aos 31 minutos do desfile, a primeira ala, coreografada, continuava no setor.

O início do desfile da Porto da Pedra foi lento, mas na metade final a escola acelerou o ritmo.

O abre-alas tinha um tigre de pelúcia com elementos de Parintis. Luzes dos destaques central e lateral estavam apagadas. Apenas as luzes do alto estavam acesas. Na terceira ala, os resplendores estavam descolando. O segundo carro passou no setor aos 47 minutos. As composições faziam movimentos como se fossem estátuas.

A bateria parou para se apresentar e executou bossa e recebeu aplauso dos jurados, no melhor momento da escola no terceiro módulo. O excesso de convidados atrás da bateria dificultou o posicionamento do carro de som. Neste momento, houve um buraco extenso diante da terceira cabine entre a bateria e o carro 3. A diretoria da escola precisou correr pelo meio da pista para resolver o problema.

A escola passou calada, com muitos componentes que não cantavam sequer o refrão. O quarto carro alegórico apresentou o primeiro refletor da lateral esquerda apagado. Concepção de enredo confusa, com o segundo casal passando correndo e com partes da saia da Porta-Bandeira soltando pequenos pedaços.

Houve um buraco na frente do quinto carro, com a ala 26 possuindo um resplendor com pratos e talheres. Os talheres estavam caindo. O sexto carro espalhou cheiro de iogurte pelo Sambódromo. Atrás do carro havia um telão com imagem, das fábricas de delícias. Presença do ator Marcelo Serrado, que estava vestido com roupas semelhantes ao do personagem Crô.

O último carro passou pelo setor com uma hora e onze minutos de desfile.

Mocidade acerta no visual, mas peca em diversos quesitos





Quando a Mocidade anunciou que seu enredo para o Carnaval 2012 seria "Por ti, Portinari, rompendo a tela, a realidade", muita gente questionou se esta era uma boa escolha. O desfile da agremiação de Padre Miguel neste domingo comprovou que a opção foi corretíssima. O carnavalesco Alexandre Louzada desenvolveu muito bem o tema, com fantasias e alegorias muito bonitas e com fácil leitura. No entanto, problemas com o abre-alas, uma comissão de frente simples e um casal de mestre-sala e porta-bandeira não muito inspirado acabaram atrapalhando o que tinha tudo para ser um grande desfile.




A bateria dos mestres Dudu e Beréco, coordenada por Andrezinho, por sua vez, provou que, de fato, "não existe mais quente". A Sapucaí vibrou com a apresentação feita pelos ritmistas - mais do que com o samba-enredo, que funcionou com a comunidade, porém não empolgou os espectadores. O canto da Mocidade não foi espetacular, mas também não deixou a desejar.

A Verde e Branco da Zona Oeste foi a escola com mais alegorias até o momento. Foram dois tripés - muito bonitos, representando os Anjos da Anunciação, antes do abre-alas, e um espantalho, depois da quarta ala, e oito carros alegóricos - todos com muito bom gosto. A escola iniciou seu desfile sem rodeios, já apresentando o seu grande homenageado. Na comissão de frente, "o esboço, o primeiro traço", simbolizando o início da carreira do pintor, ainda menino. O imponente e belo abre-alas, em tons de prata e com iluminação colorida, representava o universo, com Portinari ao centro, anunciando que a Mocidade seria mais uma obra de arte passando pelo pincel de Portinari.

Visualmente, desde este primeiro momento, a apresentação da Mocidade foi digna de aplausos. Todos os carros que vieram a seguir foram muito bonitos - com destaque para o último, retratando guerra em paz com uma antítese entre bem e mal representada por caveiras e tons de preto em um lado e unicórnios e cores claras do outro. As fantasias também estavam muito bem trabalhadas. As alas 22, Urubu, e 14, A Inconfidência, apresentaram muito bom gosto. No entanto, se a escola teve, visualmente, apresentação praticamente irretocável, houve deslizes em partes importantes do desfile, como a evolução.

O abre-alas se chocou com a proteção das frisas próximo ao segundo recuo da bateria, bem perto da última cabine de jurados, e causou um buraco de tamanho considerável. A relação entre os tripés dos anjos e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, no início da escola, também causou problemas de espaços maiores do que o esperado entre um setor e outro. Além disso, a comissão de frente apresentou uma coreografia bem simples, sem grandes atrativos, e o casal formado por Róbson Sensação e Ana Paula também não brilhou.



Confira a análise cabine por cabine do desfile:

Cabine 1 - Quando se viu o grande tripé que a comissão de frente trazia, a expectativa logo ficou do tamanho do elemento cenográfico. No entanto, não foi correspondida. As acrobacias feitas por alguns integrantes na parte superior do tripé até chamaram a atenção, mas não passou disso. A coreografia apresentada não teve surpresas e a grande atração era uma "pintura", feita com jet, representando a assinatura de Portinari em sua transição da infância até se tornar um grande artista. Um dos poucos destaques positivos fica para a atuação do "menino João Cândido", que se saiu muito bem.

Quem também não empolgou foi o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Róbson Sensação e Ana Paula fizeram uma coreografia lenta e sem brilho, apesar de muito simpáticos.

A evolução da escola no primeiro módulo de jurados foi muito boa. O samba não empolgava tanto o público, mas o canto dos componentes era bem razoável e os desfilantes mostravam alegria ao se apresentar.

A beleza das fantasias e das alegorias também impressionou. O abre-alas foi muito bem recebido pelos espectadores, assim como os tripés e as fantasias do primeiro setor. A bateria, por sua vez, fez seu show particular com muita afinação e bossas interessantes, que casaram muito bem com o samba.


Cabine 2 - A comissão de frente da Mocidade fez uma boa apresentação. O rapaz que interpretava Portinari fazia uma bela interpretação, chamando a atenção do público que assistia à apresentação. Outro ponto que animou a plateia foi o quadro onde surgia a assinatura do homenageado.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira fez uma apresentação simples no segundo módulo. Porém, mesmo executando poucos rodopios, Ana Paula deixou a bandeira resvalar por duas vezes em Robson.

Entre as alegorias, destaque para a passagem do carro dos retirantes, que fez o público reagir muito bem. Poém, uma falha na sexta alegoria, que passou diante dos julgadores sem iluminação.

A bateria parou diante dos jurados para reverenciá-los e executaram uma bela bossa. No geral, a escola teve uma boa evolução na passagem pela cabine 2.



Cabine 3 - Diante dos jurados, a comissão de frente não utilizou o seu tripé e realizou, cantando muito, uma coreografia que interpretava o samba-enredo da escola.

Ana Paula e Robson, que estrearam pela Mocidade, executaram a coreografia muito bem para completar a beleza de suas fantasias.

No que diz respeito às alegorias e adereços, alguns problemas diante da terceira cabine. Dos tripés que vinham lado a lado no início do desfile da escola, o do lado direito estava sem iluminação e era possível ver o motorista do mesmo. Por sua vez, o abre-alas perdeu o controle justamente a partir do terceiro módulo e chegou a bater na proteção que separa a pista das frisas próximas ao recuo da bateria. A terceira alegoria apresentava problemas de acabamento na escultura de um índio, na lateral direita do carro. Por fim, o terceiro carro possuía a escultura de um urubu na traseira e o mesmo estava com a cabeça pendurada.

A bateria, que não contou com o mestre Odilon depois de uma suposta briga com a presidência da escola, parou diante da cabine de jurados e, além de executar bossas, fez coreografia e jogou papel picado, o que tornou a apresentação muito bonita.

Entre as fantasias, as alas 18 e 23 apresentavam falhas. Já ao analisar a evolução, o rendimento também caiu em comparação com o setor anterior. A Mocidade ficou muito tempo parada na avenida e isso gerou uma correria na reta final de desfile. Também foi possível ver dois buracos formados, um entre a ala das baianas e a sétima alegoria e dentro da ala 33.



Cabine 4 - Muita coisa mudou em relação ao que a Mocidade apresentou no início de seu desfile. E isso se deve, em grande parte, ao carro abre-alas. Toda a sua beleza foi posta em xeque quando ele colidiu com a grade de proteção próxima ao segundo recuo de bateria. O carro ficou danificado e acabou causando um buraco bem em frente à cabine de jurados do setor 10. Outro buraco já havia se formado um pouco antes entre os tripés que vinham à frente do carro e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.

Houve problema também no segundo carro, grande demais para passar por baixo da torre de fotógrafos. A parte superior, onde estava uma destaque, acabou caindo - também em frente aos jurados. Os carros ainda demoraram um pouco para serem retirados da dispersão, porém não houve estouro no cronômetro.

O esforço dos integrantes do apoio em mover o carro parado, no entanto, foi aplaudido pelo público - assim como o bateria "Não Existe Mais Quente" e o final do desfile, com as belas alegorias da escola de Padre Miguel, que encerra seu Carnaval 2012 com a sensação de que foi bem, mas que poderia ter feito ainda melhor

Imperatriz começa bem, mas problemas na evolução comprometem desfile da escola






A perfeição técnica, tão comum aos desfiles da Imperatriz Leopoldinense, não foi vista durante a passagem da escola pelo Sambódromo na noite deste domingo. Com problemas na entrada das alegorias 2 e 7 e na saída do abre-alas da pista de desfiles, a Rainha de Ramos terminou o seu desfile com 82 minutos cravados e muitos problemas em evolução. As alegorias, apesar de muito bem concebidas por Max Lopes, apresentaram alguns problemas de acabamento e isso deve render alguns décimos para a escola. O canto da Imperatriz foi bom, principalmente a partir do segundo setor, e os componentes evoluíram de maneira alegre e espontânea. A comissão de frente da escola se destacou mais uma vez e, como movimentos acrobatas, arrancou muitos aplausos da arquibancada. O enredo cumpriu àquilo que se propôs e mostrou uma explanação mais intimista da vida e da obra de Jorge Amado. 


Análise das cabines 1 e 4 

Grande destaque do desfile, a comissão de frente da Imperatriz Leopoldinense repetiu o bom desempenho e a criatividade do ano passado. Inspirada no livro Capitães de Areia, a comissão comandada pelo coreógrafo Alex Neoral apresentou movimentos acrobáticos e usou um tripé em formato de carrossel para que a performance ganhasse ainda mais brilho. O elemento girava e fazia com que os componentes rodassem juntos em alta velocidade e a alguns metros do chão. A coreografia fazia menções à cultura baiana. As apresentações nos dois módulos transcorreram sem problemas, para a felicidade do diretor de carnaval Wágner Aaraújo, que acompanhou tudo de perto e com um largo sorriso no rosto.



O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Imperatriz, Phelipe Lemos e Rafaela Teodoro, mostrou classe e elegância no bailado, mas não foi uma apresentação brilhante em nenhum dos dois módulos. Ocorreram alguns erros no momento de pausas para oferecimento do pavilhão ao corpo de julgadores no primeiro módulo. Já no quarto, a dupla mostrou-se claramente cansada, mas a dança fluiu melhor, sem maiores problemas. A fantasia de ambos esteve belíssima, representando a Rainha e o Rei do Ilê Ayê. No quarto módulo, os guardiões que cercavam Phelipe e Rafaela se posicionaram muito perto do local da dança.

Exceto no primeiro setor, quando praticamente todas as alas apresentaram mais do que a metade dos componentes sem cantar o samba, a Imperatriz cantou com força o seu bom samba-enredo e fez com que a obra rendesse durante todo o desfile. A interpretação de Dominguinhos e a afinação dos demais cantores e músicos do carro de som também rece destaque. No último módulo de julgadores, mesmo com os problemas enfrentados com a evolução, o ânimo não diminuiu.

A evolução foi o calcanhar de Aquiles do desfile da Imperatriz. O primeiro problema ocorreu durante a apresentação do primeiro casal no primeiro módulo. A ala da frente andou e um pequeno buraco foi formado. O maior problema, porém, ocorreu após a dificuldade das alegoriass 2 e 7 entrarem nan Avenida e a demora para o imenso abre-alas deixar a pista. Com isso, a Imperatriz ficou praticamente durante praticamente dezs minutos. Depois, como não poderia ser diferente, a escola foi obrigada a acelerar o seu ritmo de evolução, o que causou uma impressão geral bem irregular do quesito. No último módulo, diversas alas acabaram embolando umas nas outras.



As alegorias da Imperatriz impressionaram pela bela concepção. Max deixou um pouco de lado as críticas de desenvolver todos os anos alegorias bem parecidas, para apresentar um trabalho que evidenciou um sopro de rejuvenescimento nesse sentido. Pena que a realização não tenha sido tão eficiente em alguns deles. O abre-alas e a segunda alegoria apresentaram falhas no acabamento e ferros aparecendo nas saias. A quarta alegoria também seguiu o modelo e a escultura de um burro passou no quarto módulo bem torta. Destaque para o terceiro carro, que representava o País do Carnaval, muito claro e bem iluminado.

No quesito fantasia, a Imperatriz mostrou um conjunto bem interessante. A escola esteve bem vestida, mas a renovação vista nas alegorias não foi acompanhada pelas fantasias. Algumas delas parecem ter passado na Avenida na própria Imperatriz em outras ocasiões. Ourtro problema foi o excesso de legenda em algumas indumentárias. A fantasia do Cacau foi exemplo claro disso. Destaque para a fantasia da bateria, da ala das baianas e do setor dos orixás, que destoou do resto da escola, foi um setor mais luxuoso.

A bateria da Imperatriz, que teve a estreia de mestre Noca em seu comando, fez um bom desfile. Manteve o mesmo andamento e a afinação dos surdos esteve impecável. Os deslizes foram cometidos dentro dos recuos. No primeiro, a bateria apresentou falta de precisão na retomada de uma bossa feita na segunda parte do samba. O mesmo problema se repetiu aos 71 minutos de desfile, mas dentro do segundo recuo. Apesar de um naipe de caixas não muito coeso e um naipe de chocalhos com falha na execução do toque, o todo da bateria não foi prejudicado.

Cabine 2

Comissão de Frente maravilhosa. Recordaram personagens do livro Capitães de Areia, de Jorge Amado. Eles fizeram coreografia de capoeira e tinham um tripé em formato de carrossel. O público veio abaixo com a apresentação da Comissão de Frente da Imperatriz Leopoldinense.


O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira se apresentaram com perfeição na cabine 2. A bandeira sempre esticada e o Mestre-Sala sempre reverenciando a Porta-Bandeira defendendo muito bem o pavilhão.

A Bateria ficou muito tempo parada em frente da cabine 2. Devido ao tempo, ela fez duas bossas diante dos jurados.

As fantasias estavam bonitas, com leituras fáceis, porém, era perceptível ver pedaços de fantasias caindo no segundo módulo.

No quesito alegorias, destaque para o abre-alas muito grande. Todos os carros estavam bem acabados, porém, na segunda alegoria, o lado direito (Igreja) estava apagada. Na penúltima alegoria, o chafariz parou de funcionar a frente da cabine. A sétima e última alegoria entrou torta.

Devido aos problemas com as alegorias, a Imperatriz pecou na evolução ficando muito tempo parada diante da segunda cabine. A primeira metade da escola foi tímida e o restante cantou um pouco mais.

Cabine 3

A Comissão de Frente passou pelo módulo com 21 minutos. Eles dançavam capoeira e subiram num tripé e fizeram vários malabarismos. Único setor da escola que recebeu aplausos do público próximo da terceira cabine. Os passos eram densos e muito bem ensaiados. Movimentos rápidos e precisos. A escola apresentou quatro tripés, que possuíam quatro rodas, simulando barquinhos. Pelo roteiro, o elemento cenográfico era um tripé, mas no desfile apresentou quatro rodas. Personagens de Jorge Amado, Tieta, Dona Flor, Tereza e Gabriela.

No abre-alas, a caixa de luz estava descoberta. O carro era acoplado, com água. A coroa estava presente neste carro em movimentos giratórios. O carro 2, as luzes da igreja estavam apagadas. A escola ficou muito tempo para no terceiro módulo. O jurado de harmonia olhou diversas vezes para o relógio e o de evolução fotografou. O terceiro carro apresentou um componente com calçado rasgado. Aparentemente ele tentou consertar com uma fita.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira realizaram coreografia quase perfeita. Na saída da apresentação, a bandeira bateu na cabeça do Mestre-Sala. Destaque positivo para o figurino.

A Bateria parou na cabine 3 e executou bossas, mas não demorou.

No carro 4, as lâmpadas do destaque central estavam apagadas. No carro 5, a luz do destaque (Gabriela) apagada. Carro teatralizado, mas as luzes da lateral estavam apagadas.

Com 1 hora dois minutos a escola começou a correr. Atrás do quinto carro estavam as fantasias mais luxuosas do desfile. Houve um buraco na frente do carro 6. A ala da frente não esperou o carro. A alegoria apresentou vazamento de água e molhou a pista. As alas subsequentes vieram muito espaçadas, mas a escola parou novamente com 1 hora e seis minutos.

Carro 7, desfilou todo apagado. Acima dele o cantor e torcedor Elymar Santos. Atrás desse carro desfilou a Velha Guarda e a ala dos compositores. Houve buraco entre as duas alas. A Velha Guarda parou para reverenciar os jurados, enquanto os compositores continuaram com o desfile. Ao longo dessa ala estavam dois integrantes com a camisa da diretoria, que nada fizeram para controlar a situação.

Com uma hora e dezesseis minutos a escola passou totalmente pelo terceiro módulo. No geral, o enredo foi de fácil compreensão.
 

Portela faz desfile à altura de sua história e levanta a Sapucaí





A Portela precisava de um desfile como esse. O Carnaval carioca necessitava de uma apresentação tão emocionante como essa. Tecnicamente, talvez não tenha sido um show. Houve erros, sim, como falhas na iluminação e alegorias de desenvolvimento somente regular a partir do terceiro carro. Mas isso ficou em segundo plano se comparado com a euforia que o animado samba-enredo causou em todo o Sambódromo e a comoção dos componentes e torcedores após a lavagem que a Azul e Branco promoveu na MarqUês de Sapucaí.



O portelense está de alma lavada, literalmente. A Águia de Oswaldo Cruz e Madureira voou rasante pela Sapucaí neste domingo de Carnaval. Abordando o enredo "Bahia: é o povo na rua cantando... É feito uma reza, um ritual", a Portela levantou a Sapucaí desde o setor com seus três refrões - especialmente o principal, onde Madureira sobe o pelô para se render à batida do tambor e ao toque do Olodum.



A bateria do mestre Nilo Sérgio fez com que toda a empolgação fosse multiplicada. Com bossas criativas e dando um toque afro à apresentação, os ritmistas portelenses arrancaram aplausos em suas apresentações próximas às cabines dos jurados - tanto dos mesmos como também do público. Com isso, a evolução da escola não poderia deixar de ser perfeita. O sorriso e o canto forte dos componentes foram a principal marca do desfile - exemplificada pela última ala, com integrantes da torcida Guerreiros da Águia, pioneira no Sambódromo.

Visualmente, a Portela chamou a atenção especialmente na primeira metade da apresentação. Com um tripé que trazia Paulinho da Portela e Marisa Monte, além de sua imponente águia dourada se movimentava e soltava o seu tradicional ruído, a escola apresentou um abre-alas iluminado, com tons de branco e dourado e comandado por baianas que distribuíam fitinhas do Senhor do Bonfim para os espectadores. O segundo carro foi uma homenagem à "Deusa das Águas" e, além de muito bonito, se destacou por trazer a água para a Avenida e dar um banho em quem se encontrava por perto.

Posteriormente, vieram as alegorias "a casa do raio e do vento", "o canto da cidade" e "tudo é divino maravilhoso", que não repetiram o impacto. O sexto carro, em homenagem à festa de São João, apesar de bonito, teve problemas de iluminação. E o último, que trazia baluartes da escola sendo abençoados pelos orixás e Vanessa da Mata como destaque, também não brilhou muito. As fantasias foram de bom gosto, algumas luxuosas, outras simples, porém todas corretas.



Confira a análise do desfile cabine por cabine:

Cabine 1 - A comissão de frente empolgou o público. Ela consistia em um grupo de baianas caracterizadas, interagindo com um tripé que representava uma espécie de templo. Elas entravam neste elemento cenógrafico e saíam totalmente transformadas em guerreiras africanas, que usavam roupas coloridas e faziam movimentos fortes e imponentes. O ator Milton Gonçalves, babalorixá, foi um dos comandantes do "ritual" que abriu caminho para a escola passar.

Depois da comissão, vieram Rogerinho e Lucinha Nobre, que dispensam apresentações. A dupla deu um verdadeiro show em frente aos jurados. Desenvoltura, elegância, sutileza, irreverência, uma bela fantasia, coreografia bem desenvolvida e até mesmo um ou outro passinho de capoeira marcaram a performance da dupla, também muito aplaudida por torcedores e jurados.

Entre as alegorias, a que mais chamou a atenção foi o carro dois, com efeitos aquáticos. As baianas que passavam ao lado do Carro Abre-Alas, jogando fitinhas do Bonfim, também levantaram a plateia.

A bateria fez bossas e coreografias em frente à cabine, fazendo com que jurados e público aplaudissem o espetáculo de pé. A evolução foi tranquila e o samba-enredo cantado a plenos pulmões. Um início arrebatador.


Cabine 2 - A comissão de frente fez uma bonita apresentação para os jurados do setor. O ator Milton Gonçalves participou da apresentação, mas de forma bem discreta.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira tiveram uma performance impecável. A coreografia foi tão bem executada que o julgador do quesito se levantou para aplaudir os inúmeros giros de Lucinha e a bela dança de Rogerinho.

As alegorias, apesar da fácil leitura, tinha problemas com a iluminação em três delas, que passaram totalmente apagadas. Problemas também puderam ser vistos em algumas fantasias, que deixaram pedaços no chão em sua passagem diante da cabine.

A bateria do mestre Nilo Sérgio não parou em frente ao módulo, mas executou, muito bem, uma de suas bossas.

A evolução da escola começou muito bem diante da segunda cabine. No entanto, na segunda metade do desfile, o ritmo da passagem se alterou. Na harmonia, um canto muito forte, principalmente na primeira metade da escola, caindo de produção no fim, onde a maioria dos componentes só cantavam mesmo o refrão do samba.



Cabine 3 - Um "intruso" apareceu na apresentação da comissão de frente. No momento em que os dançarinos chegaram diante da cabine, o prefeito Eduardo Paes foi no meio da apresentação apenas para reverenciar o ator Milton Gonçalves. No entanto, a coreografia foi bem executada e a manobra de troca de roupas usando uma pequena alegoria foi bastante interessante.

Assim como no setor anterior, Lucinha Nobre e Rogerinho deram um show. Além da dança tradicional, o casal apresentou uma bela coreografia teatralizada.

No abre-alas, destaque para os componentes que distribuíam fitinhas do Senhor do Bonfim para o público das frisas. A alegria e emoção estava estambada nos componentes da escola. Alguns, inclusive, passavam pela cabine chorando de emoção.

Nas alegorias, problemas no quarto carro, onde vinha a cantora Daniela Mercury, que tinha uma escultura inclinada pra esquerda, e no sexto, que passou no módulo totalmente apagado. Quanto às fantasias, erros no acabamento dos esplendores da ala que vinha à frente da quinta alegoria e na segunda ala seguinte ao mesmo carro, que teve pedaços se soltando.

A bateria da escola parou diante da cabine e executou uma bossa que levou o público de arquibancadas e frisas próximas ao delírio. Outra observação: a ala atrás da bateria, que tinha outro nome, possuía fantasia idêntica a dos ritmistas.

Uma boa evolução pode ser vista. Sem buracos e em um bom ritmo na passagem pelo módulo, os componentes da escola passaram cantando bastante o samba.

Cabine 4 - Se o começo da escola foi empolgante, o fim teve sabor de "quero mais". Mesmo com o tempo de desfile se esgotando, os componentes mantiveram a alegria, o sorriso no rosto e o canto forte.

A bateria, novamente, deu show em frente à cabine de jurados e fez com que os torcedores fossem ao delírio.

Rogerinho e Lucinha, novamente, fizeram apresentação perfeita e a julgadora sorriu, aplaudiu de pé e comentou "Muito bom, muito bom".

Mas as alegorias acabaram deixando a desejar. O quarto e o quinto carros tiveram problemas em suas iluminações. O sexto veio totalmente apagado - além de trazer uma escultura com falhas de acabamento. Apesar disso, ficou a certeza do portelense de que a escola fez um bom desfile, não cometeu deslizes vistos em carnavais recentes e fez jus à tradição que tem no carnaval carioca.

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