“TUPINICÓPOLIS”
“E a oca virou taba
A taba virou metrópole
Eis aqui a grande Tupinicópolis...”
Dando continuidade à lembrança de enredos que marcaram época no carnaval do Rio, hoje visitamos “Tupinicópolis”, a metrópole indígena criada pelo genial Fernando Pinto para o desfile da Mocidade Independente, em 1987.
Dizia o enredo de Fernando que Tupinicópolis tinha sua origem na justa demarcação das terras indígenas, onde foram descobertas imensas riquezas naturais, que foram industrializadas e comercializadas pelos próprios índios. Assim, as ocas se multiplicaram e as tabas se agigantaram, nascendo Tupinicópolis, a grandiosa cidade índia do terceiro milênio.
Na manhã de terça-feira de carnaval, quando a Mocidade apareceu na cabeceira da pista com uma “Taba de Pedra” formando o seu abre-alas, o público já sabia que um grande desfile estava para acontecer. E assim o cotidiano da imaginária cidade futurista desfilou sob o encantamento dos espectadores, através de alas e carros que representaram o “Shopping Boitatá”, a “Farmácia Raoni”, a “Discoteca Saci”, o “Cassino Eldorado” e tantos outros atrativos tupinicopolitanos.
O desfile dos 5.000 componentes da Mocidade foi espetacular, mas o samba composto por Gibi, Chico Cabeleira, Nino Batera e J. Muinhos, não chegou a empolgar tanto quanto a criatividade de Fernando Pinto. Na tumultuada apuração do dia seguinte, a escola alcançou o vice-campeonato, mas seu desfile entrou para a história como um dos momentos mais brilhantes do carnaval carioca.
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